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Minatozaki Sana

Na manhã seguinte, eu tive uma ideia, mas não tinha certeza de como executá-la. Se Lalisa Manoban queria uma mulher de família, ela teria uma. Eu só tinha de descobrir como concluir esse pequeno detalhe. Eu conseguiria — era minha área de atuação, afinal —, era uma mulher de ideias.

Meu maior problema era o tipo de mulher com quem eu normalmente saía. Mulheres parecidas comigo. Lindas de olhar, mas frias, calculistas e desinteressadas em tudo, menos no que eu poderia lhes dar: jantares chiques, presentes caros e, se durasse tempo suficiente, uma viagem para algum lugar antes de eu dar o fora nelas. Porque era o que eu sempre fazia. Só me importava com o que elas poderiam me dar também. Tudo o que eu queria era algo bonito para onde olhar e um corpo quente para me aquecer no fim da noite. Algumas horas de prazer negligente até a realidade fria e dura da minha vida voltar à tona. Nenhuma delas seria o tipo de pessoa em que Lalisa iria acreditar que eu passaria o resto da minha vida. Às vezes, eu mal conseguia passar uma noite inteira com elas.

A srta. Chou bateu timidamente, esperando até eu ordenar para que ela entrasse. Ela entrou, carregando com cuidado meu café, depois colocando-o na minha mesa.

— A sra. Kim marcou uma reunião com funcionários na sala de reunião em dez minutos.

— Cadê meu croissant?

— Pensei que fosse preferir comer depois da reunião, já que estaria com pressa. Você odeia comer rápido. Te dá queimação.

Olhei furiosa para ela, detestando o fato de ela ter razão.

— Pare de pensar, srta. Chou. Já disse que você se engana mais do que acerta.

Ela olhou para seu relógio de pulso — um simples preto sem nada, sem dúvida comprado no Walmart ou alguma loja comum.

— Tem sete minutos até a reunião. Quer que eu vá comprar seu croissant? Até ser preparado, você terá dois minutos para engoli-lo.

Eu me levantei, pegando minha caneca.

— Não. Graças a você, ficarei com fome durante a reunião. Se eu cometer um erro, a culpa será sua.

Saí brava do escritório.

X

Taeyeon tamborilou o tampo de vidro da mesa.

— Peço atenção de vocês. Tenho algumas notícias boas e outras ruins. Vou começar com as boas. Estou feliz em anunciar a indicação de Kai como sócio.

Controlei minha expressão, mantendo-a neutra. Podia sentir os olhares de canto de olho, e me recusava a deixar qualquer um saber o quanto estava irritada com a situação. Em vez disso, para confundi-los, bati no vidro com os nós dos meus dedos.

— Bom para você, Kai. Muita sorte para você.

A sala ficou em silêncio. Internamente, eu sorria. Conseguia agir como uma pessoa decente. Não mudava o fato de eu detestar aquele desgraçado desprezível ou ter ficado ofendida com Taeyeon por fazer isso comigo.

Taeyeon limpou a garganta.

— Então, as más notícias. A partir de hoje, Kang Daniel não trabalha mais na empresa.

Minhas sobrancelhas se ergueram de forma repentina. Daniel era um dos melhores na Kim Inc.

Não consegui ficar de boca fechada.

— Por quê?

Taeyeon me lançou um olhar.

— Me desculpe?

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