Minatozaki Sana
Ela ficou sem palavras. Seus lábios se moviam, mas não saía nada. Então ela fez a coisa mais esquisita. Ela riu. Gargalhou alto e de forma escandalosa. Colocou a mão sobre sua boca, mas não conseguia conter a crise de riso. Lágrimas escorriam por suas faces, e ela continuava rindo.
Era um som que nunca tinha ouvido dela e, enquanto tinha de admitir que sua risada era altamente viciante — eu não estava achando graça por ela estar rindo.
Endireitei-me, cruzando os braços.
— Não acho isso engraçado, srta. Chou.
Pensei que, ao ouvir me referir a ela formalmente, sua histeria iria acabar porque era isso que era, para mim. O único efeito que pareceu causar nela foi rir mais. Bati a mão no granito.
— Tzuyu!
Ela se apoiou no balcão, secando os olhos. Ela olhou para mim, e começou tudo de novo. Mais crise de riso. Saí da cadeira e segui direto para ela, sem saber o que fazer quando chegasse lá. Iria chacoalhá-la? Estapeá-la?
Segurei seus braços e, sem pensar, pressionei minha boca contra a dela, silenciando sua loucura de forma eficiente. Aquele calor estranho desceu por minhas costas conforme a apertei contra meu corpo e a beijei. Usei toda a frustração que ela me fez sentir para castiga-la em silêncio. Só que não pareceu uma punição. Foi prazeroso. Um prazer quente e inebriante. Com um gemido, recuei, com o peito arfando.
— Terminou? — resmunguei. Ela olhou para mim, finalmente em silêncio, e assentiu. — Antes que você comece de novo. Tzuyu, vai se casar comigo?
— Não.
Eu a balancei de leve.
— Você disse que casaria se precisasse.
Com um suspiro, ela me surpreendeu de novo. Segurou meu rosto, acariciando minhas bochechas com os dedos.
— Alguém já te disse como você é impetuosa, meu amor?
— A espontaneidade me faz bem.
— Eu chamaria de cabeça quente, mas você pode chamar de qualquer coisa que te deixe dormir à noite.
— Por que está dizendo não?
— Sana, pense. Pense nisso. Se sua suspeita estiver certa, e Lisa estiver desconfiando e você se casar agora, só vai deixá-la mais desconfiada.
Olhei em seus olhos, e suas palavras foram absorvidas por meu cérebro. Dei um passo para trás, as mãos dela deixaram meu rosto e eu percebi que ela tinha razão.
— É, caramba.
— Estou certa, sei que estou.
Eu detestava admitir, mas ela definitivamente tinha razão.
— Está, sim.
— Desculpe, o que disse? — ela zombou.
— Não abuse da sorte, Tzuyu. — Ela sorriu, e me ocorreu que ela não estava mais com medo de mim. Eu não sabia se isso era bom ou não. — Vamos adiar esta questão, Tzuyu.
Ela se desencostou do balcão, dando a volta em mim.
— Então conversamos depois. — Ela ergueu as revistas, colocando-as debaixo do braço. — Tenho algumas coisas para ler. Vou pegar algumas ideias para meu quarto.
Ela começou a andar, e eu ergui uma mão para impedi-la que saísse.
— Enquanto fizer isso, chame o zelador do prédio. Tem alguma coisa errada com a porta do meu quarto.
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O Contrato 🖇️ SaTzu
FanfictionMinatozaki Sana é uma riquinha e executiva tirana que trabalha para uma empresa que visa apenas lucros. Após ser passada para trás por um colega de trabalho, acabou não conseguindo fazer parte da sociedade que tanto queria. Assim, com um plano de se...