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Minatozaki Sana

Olhei para Eubin com a testa enrugada. Eu estava empolgada que o mesmo trio de jazz que vimos antes estava fazendo uma apresentação extra naquela noite, mas ela ficou fora a noite inteira. Mais de uma vez, ela ergueu a mão, secando uma lágrima que rolava pela sua face. Quando, preocupada, perguntei se estava tudo bem, ela abanou a mão impaciente.

— Estou bem.

Porém, ela parecia tudo menos bem.

Eu a levei de volta para seu quarto, torcendo para que a surpresa que eu estava guardando animasse seu espírito. Tzuyu mencionou que Eubin não estava comendo bem nos últimos dias e parecia cansada. Naquela noite, sua cuidadora me disse que ela mal tocou no jantar e que só almoçou porque Tzuyu lhe deu na boca.

Eu sabia que Tzuyu estava preocupada. Ela pensou em cancelar a aula de ioga, mas a encorajei a ir. Eu a lembrei que só faltavam duas aulas, então ela poderia se juntar a nós toda terça. Eu perderia meu tempo com Eubin, mas as aulas recomeçavam um mês depois, então voltaríamos a ser só nós duas.

Minha parte favorita da noite era escutar as histórias sobre Tzuyu. Havia tantas — algumas que ela se esqueceu completamente. Sempre tinham momentos engraçados e embaraçosos que me faziam rir.

Sentei-me ao lado de Eubin, pegando uma caixa de pizza com um sorriso.

— Voilà, Eubin-san!

Quando descobri que, depois de tokkebi, pizza era sua comida preferida, comecei a trazer para ela com regularidade. Estava autorizada pelo asilo e eu me certificava de ter para todos os funcionários.

Um dia, trouxe pizza suficiente para cada morador que quisesse comer. Fui uma heroína aquele dia.

Hoje, no entanto, era apenas para Eubin.

Ela pegou uma fatia, mas não mexeu um dedo para comer. Com um suspiro, peguei sua fatia de volta e devolvi a caixa. Envolvi minha mão em seu punho frágil, acariciando a pele delicada da palma de sua mão.

— Eubin, o que foi? O que há de errado?

Ela exalou forte, o som drenado e resignado.

— Estou cansada.

— Quer que eu chame Jiwoo? Ela pode te preparar para dormir. — SuA não estava naquela noite, mas ela gostava de Jiwoo.

— Não. Não quero dormir.

— Não entendo.

Tirando sua mão, ela esfregou seu rosto de uma maneira exausta.

— Estou cansada de tudo isso.

— Seu quarto? — Se ela quisesse um diferente, eu pagaria para ela.

— De ficar aqui. Nesta... vida, se é que pode se chamar disso.

Eu nunca a tinha ouvido falar desse jeito.

— Eubin…

Ela esticou o braço e me deu a mão.

— Eu esqueço as coisas, Sana. O tempo passa e não sei se é o mesmo dia que foi há um minuto. Tzuyu vem me visitar e não consigo me lembrar se ela esteve aqui há horas, dias, ou se acabou de sair. Alguns dias, não reconheço nada, e fico com medo. Sei que há dias que não a reconheço. — Sua voz tremeu, seus olhos brilharam com lágrimas. — Não reconheço a mim mesma na maioria dos dias.

— Ela está aqui. Ela vem te ver todos os dias e, mesmo que você se esqueça dela, ela conhece você. Ela fica e senta com você.

— Sou um fardo para ela.

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