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Minatozaki Sana

Estava esperando na cozinha, andando de um lado para o outro, impaciente com meu vestido. Aquela droga não ficava boa independentemente do que eu fizesse, como se eu tivesse esquecido de como me vestir bem. Era quase como se estivesse nervosa.

Eu não tinha por que ficar nervosa — Tzuyu e eu iríamos, simplesmente, dizer algumas palavras, assinar uma folha de papel e acabar com a formalidade do casamento. Era outra camada de meus planos. Simples. Não significava nada.

Arranquei o pedaço de seda de novo.

Por que essa merda de vestido não ficava certo?

— Continue puxando assim e não sobrará mais tecido, Sana. O que esse vestido fez para você?

Olhei para cima, assustada. Tzuyu estava parada na porta, parecendo igualmente nervosa, no entanto, muito mais bonita.

— Uau!

Ela estava vestindo um simples vestido off-white que abraçava sua cintura estreita e ficava bufante nos joelhos. A parte de cima era rendada e mostrava seu pescoço e seus braços. Seu cabelo estava preso para trás, descendo de um lado em uma cascata. O tom champagne de seu vestido destacava sua cor. Olhei para baixo e sorri para seus sapatos — pequenos com um saltinho, eram perfeitos. Havia me acostumado na forma como eu ficava quase da mesma altura que ela e, agora, não queria que ficasse diferente.

Aproximei-me dela, erguendo sua mão e a beijando.

— Você está adorável.

Ela baixou os olhos, então endireitou os ombros.

— Obrigada.

— Não. Eu que agradeço.

— Pelo quê?

— Por onde quer que eu comece? Por concordar com este acordo em primeiro lugar. Por manter sua palavra, mesmo quando tinha todo o direito de me mandar para o inferno. — Erguendo a mão, torci uma mecha de seu cabelo no dedo, acariciando a textura macia dos fios, soltando-o, deixei se enrolar novamente. — Por ser uma pessoa melhor do que eu — complementei totalmente sincera.

Seus olhos se iluminaram.

— Essa é a coisa mais gentil que já me disse.

— Eu sei. Não tenho tentado não ser uma babaca, não é? — Encontrei seu olhar, recusando-me a desviar. — Vou tentar mais. — Ela mordeu a parte de dentro de sua bochecha firmemente. — Ei. Chega. — Dei risada, passando o dedo por sua face. — Sem sangue no dia do nosso casamento.

Os cantos de seus lábios se curvaram em um sorriso.

Inclinei-me e peguei o pequeno presente que comprara para ela, segurando o buquê de flores.

— Para você.

— Sana...

— Pensei que fosse gostar — Eu disse, sentindo-me constrangida.

Ela enterrou o nariz no pequeno buquê.

— Adorei. — Ela franziu o cenho. — E você?

— Não vou levar um buquê. — Sorri, querendo suavizar o tom sério que havia transformado.

Ela balançou a cabeça com um sorriso, e fui até a bainha do vestido, remexendo nela. Ela olhou para seu buquê e pegou uma das rosas, então a colocou cuidadosamente em meu penteado. Seus dedos se flexionaram e colocaram minha bainha no lugar. Ela deu um tapinha no tecido, parecendo feliz.

— Pronto. Agora você está pronta.

— Você está pronta? — perguntei, quase com medo de sua resposta.

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