13: Eu só o amo

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Chegando em casa logo Robert vai guardando as coisas que comprei. Nós estávamos na cozinha, eu sentado em um banco comendo doces, e ele guardando as coisas.

- Senhor, um menino chegou aqui falando que você contratou ele como o novo porteiro, como eu não sabia de nada e também o senhor não atendia. Eu o mandei esperar - ele diz me olhando - Ele veio de manhã, eu falei que o senhor não estava e que iria demorar para chegar, mas ele disse que não se importava de esperar o senhor.

- Onde ele está Robert? - pergunto comendo um doce.

- Está na sala de estar senhor - ele fala e eu logo me levanto.

Vou indo até a sala com Robert me seguindo. Assim que entro vejo Yumi sentado parecendo uma criança esperando a mãe.

- Olá Yumi - falo sorrindo.

Ele se levanta rapidamente e se curva. Deu para ver que ele estava corado.

- S-senhor Deidara, olá - ele logo arruma a postura e me olha.

- Desculpe a demora, eu havia esquecido que você vinha hoje - finjo estar envergonhado.

- N-não senhor Deidara, não precisa pedir desculpas - ele mexe as mãos desesperado.

- Hum, então tá bom. Como já sei como você é, já está contratado. Se puder comece hoje, Robert te entregará o uniforme ele também irá te entregar o seu horário - ele concorda sorrindo.

- Eu só queria saber se aqui tem alimentação inclusa - ele me olha com dúvida.

- Tem sim, no horário que Robert te entregar, vai falar a hora que a refeição será servida - eu falo olhando para ele.

- Ok senhor - ele sorri e eu vou até ele.

- Espero que eu não esteja errado nessa contratação - falo sério.

- N-não está não senhor - mexo em seus cabelos e o vejo ficar ainda mais corado, logo dou um sorriso e me viro saindo dali.

Eu estava cansado, fiz muita coisa hoje. Entro no meu quarto e já vou indo para preparar a banheira.

Aquele cara... Nunca o tinha visto na faculdade, ou já vi e não lembro. Não, eu lembraria de uma pessoa tão alta quanto aquele cara.

Eu vi... Os olhos dele brilharam quando ele olhou para mim, olhos bonitos inclusive.

Um cara alto, com cabelo preto e uma cicatriz no rosto. Os olhos dele, por incrível que pareça, eram totalmente pretos, tão lindos. Eles tinham um brilho imensurável.

Ele é da minha sala? Ah, falando em sala, eu tenho que ir à escola amanhã. Só de pensar fico mais desanimado ainda.

Depois de preparar a banheira, logo tiro minhas roupas e entro.

Pelo que eu sei, aquele idiota entrou no meu apartamento. Eu não quero ele preso, então não o denunciei. Preciso dele solto.

A zero vontade de ver ele, está grande.

Pelo menos nessa volta no tempo, eu tô fazendo coisas que eu devia ter feito.

Escuto batidas na porta e logo permito a entrada. Vejo Robert entrando no banheiro e logo o olho.

- Sim, Robert - ele estava com uma papelada em mãos.

- Eu vim aqui para o senhor olhar os currículos dos novos empregados, mais acho que está ocupado - ele já vai se virando para sair.

- Pode me falar, senta ali - Aponto para o banco que tinha no enorme banheiro.

- Está bem - ele se senta.

- Pode começar a ler o currículo deles - ele concorda e começa a falar.

Depois de um tempo ele já tinha lido tudo e eu já havia falado quem eu queria contratar ele saiu, eu já tinha saído do banheiro, agora eu estava sentado penteando meu cabelo.

- Que tristeza, terei que ir para a aula amanhã - falo sozinho e coloco a escova na mesa à minha frente.

Pego um cigarro e acendo ele, logo começando a fumar.

Queria que eu já tivesse passado de ano, mais pelo lado bom. Eu vou ver aquele garoto novamente. Mas por que eu quero ver tanto ele? Não iria agregar em nada na minha vida? Por que estou ansioso para o ver de novo?

Será que seria essa coisa de maior a primeira vista? Ah, não. Foi a mesma coisa com aquele merda, não pode ser.

Eu me nego a ser isso.

Apago o cigarro jogando no lixo e vou me deitar na cama, negando toda vez que penso naquele cara.

...

Minha mãe me olhava incrédulo, ele estava ficando com raiva de mim. Não sei porquê.

Ele estava sentado no sofá e eu deitado em suas pernas, já havia tomado banho e comido.

- Mãe, ele era perfeito, o senhor tinha que ver. Aqueles olhinhos azuis e grandes me olhando, ele piscava lentamente ou era eu que estava hipnotizado? Ah, tanto faz. Ele estava tão lindo, com aquele cabelo enorme solto, parecia fios de ouro. Aquele vestido que ele vestia combinava com a minha roupa, aí ele é perfeito para mim. Ele falou comigo, ele falou comigo - eu falava abobalhado.

- Eu já entendi, garo..... - interrompo ele.

- Eu toquei nele mãe, eu fiz carinho na bochecha dele. A pele dele é tão macia, tão linda, tão branquinha. Mãe o senhor tinha que ver como ele tava uma delícia, aquele vestido valorizava todo o corpo dele. A como eu queria com...... - minha mãe tampa a minha boca e eu olho para ele indignado.

- Eu não preciso saber o que você queria fazer com ele não, vai para o seu quarto arrumar as coisas agora, os móveis já foram colocados - ele aponta para a escada e eu subo resmungando.

Abro a porta que já havia sido colocada e olho para aquele tanto de coisa para arrumar, pelo menos amanhã eu poderei ver meu senpai, eu acho.

Começo a arrumar minhas coisas e encontro a caixa onde contém coisas do senpai.

Abro a caixa e observo as coisas que estão ali dentro.

Tinha uma saia do senpai, eu peguei ela quando ele sujou ela de corretivo e decidiu que iria jogar ela fora. Ele fez um escândalo para deixarem ele ir para casa mas não adiantou, o Robert teve que trazer outra saia para ele. E quando eu vi a saia em cima de uma cadeira de um vestiário, eu a peguei e saí dali rapidamente.

Tinha também um lápis do senpai que ele acabou perdendo e eu achei, eu até queria devolver, mas eu fiquei com vergonha.

Tinha uma pelúcia pequena que o senpai levava na mochila como enfeite, mas ele acabou perdendo e eu achei e então peguei para mim, já que eu não teria coragem para devolver.

Tinha várias coisas ali que ele tinha perdido e eu peguei, também tinha um pirulito que no ano passado o senpai foi obrigado a se vestir de coelhinho e entregar isso para todo mundo na entrada da escola.

Ele ficou tão fofinho, eu tive que correr para o banheiro para não notarem minha ereção.

Fecho a caixa, sorrindo. A guardo dentro do armário, eu não tinha necessidade de esconder ela, mamãe sabe que eu tenho isso. Por causa disso ele passou horas me chamando de estranho e psicopata. Não entendi muito bem, eu não posso guardar algo de uma pessoa que amo?

Ele disse que aquilo era estranho porque eu praticamente tinha uma mecha de cabelo do senpai. Para mim não é estranho não, só estou guardando uma coisa para lembrar dele.

Só de lembrar que eu toquei naquela pele macia me deixa tão feliz, se só de tocar na bochecha é bom. Imagina quando eu apertar aquelas coxas ou até aquela bunda.

Iria ser um prazer fazer o senpai chorar e pedir por mais.

Quando menos percebi, eu já estava duro. Me levantei indo em direção ao banheiro, tinha que me aliviar.

Um Verdadeiro Inferno  - Tobidei -Onde histórias criam vida. Descubra agora