17: Me solta

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- O maluco me solta, por favor - falava enquanto me debatia. 

Ele parecia não me escutar, só olhava para frente, andando com raiva. Paro de me debater pois isso não irá funcionar. Seus feromônios estavam muito fortes, e estavam me deixando meio zonzo. 

Ele finalmente para de andar e me coloca deitado em algum lugar estranho, eu não consigo ver onde estamos, minha visão está turva. Só sei que o lugar era abafado e escuro. Logo sinto que ele deitou entre minhas pernas e colocou a cabeça na minha barriga. Os seus dois braços estavam por baixo das minhas coxas, fazendo as minhas pernas ficarem abertas. 

Eu estava meio confuso, mas logo voltei a mim mesmo. Eu estava de saia, e de pernas abertas. 

- Que porra é essa? - me apoio com os cotovelos no chão, e olho o ser deito sobre mim. 

- Deidara-senpai - uma voz fina fala, ela estava baixa e abafada. 

- Tá maluco? Que porra é essa? Do nada você saiu me carregando e deita sobre mim - ele olha para mim.

Aqueles olhos peculiares e estranhos, sua pupila estava dilatada. Ele parecia um pouco mais calmo. 

- Tem como você sair do meio das minhas pernas? Não sei se notou, mas eu estou de saia - ele me olha e logo olha para a saia. Depois disso ele só ignora e volta a deitar sobre minha barriga. 

Que filha da puta. 

- Maluco de merda, sai daí - ele levantou a cabeça novamente e me olhou com raiva - Que isso? Tá com raiva? Tranquilo, pode ficar aí, tá? 

Ele continuava me olhando. Estava com tanto ódio naquele olhar, que eu estava sentindo uma aura estranha em volta dele. 

- Fica calmo, pode ficar o quanto você quiser - falo rindo de nervoso e logo deitei no chão de novo. 

Ele não tem língua não? Não fala nada só fica me olhando. Acho melhor eu nem perguntar, se não, aí que eu morro mesmo.

Ele logo deitou novamente e abraçou a minha coxa e eu sinto um arrepio. Caralho, essa parte minha me deixa fraco. 

- Senpai, sabia que eu adoro suas meias? - me tremo todo ao ouvir aquela voz grossa e sentir a respiração quente em minha coxa. 

- M-minhas meias? - tento falar sem gaguejar mas acabo falhando miseravelmente.

- Sim. Elas o deixam ainda mais gostoso, sabia? - ele passa levemente os lábios pela parte interna da minha coxa. 

Acho que em vez de me matar, ele quer me comer. Desse jeito, isso aqui não irá dar certo.

- E-eu peço que se mantenha distante dessa parte do meu corpo, ela é sensível - falo todo arrepiado e corado. 

Ele se afasta um pouco e eu respiro fundo, até que sinto uma mordida forte no mesmo lugar que ele estava. Filha de uma puta.

Solto um suspiro que é mais parecido com um gemido. E ele me olha rapidamente, com um sorriso no rosto. 

Porra, agora sim ele me deixou fraco por completo. Ele no meio das minhas pernas, com esse rosto bonito e com um sorriso no rosto, no escuro e os olhos brilhando em vermelho. Se ele quiser me comer eu não vou reclamar. 

Ele veio engatinhando até ficar cara a cara comigo. 

E porra, que caralho de homem sexy é esse? 

- Gostei, senpai. É bom ver você assim. - o sorriso no seu rosto crescia ainda mais.

Eu tô fraco já com isso, o coração acelerado, tô sentindo até a visão turva já. Tremedeiras nas pernas e meu membro quase dando sinal de vida.

Ele se abaixou colocando a cabeça em meu pescoço, me fazendo levantar um pouco a cabeça. Ele cheira aquela parte, esfregando o rosto, e logo começa a beijar meu pescoço. 

Suas mãos começam a passear pelo meu corpo, adentrando minha blusa. Logo sinto um chupão sendo desferido em meu pescoço. 

Dou um gemido baixo, mas parece que isso o animou. Ele vai me comer aqui mesmo? 

Depois de ter dado vários chupões em meu pescoço e ter judiado o suficiente dos meus mamilos com seus dedos. Aquela parte era demais, ele estava tocando nos meu peitos.  Ele se afasta ficando novamente cara a cara comigo. 

- P-por que? - meu olho estava brilhando por causa das lágrimas, minha bochechas vermelhas e minha respiração descontrolada. 

Ele parecia gostar do que via. Me pergunto o porque estou deixando ele fazer isso. 

- Por que? Hum, acho que é porque eu te amo, senpai. - ele se aproximava da minha boca. 

Logo a porta é aberta com violência e a luz é acesa. Ele olha rapidamente para ali, soltando um rosnado de raiva, seus feromônios haviam voltado com tudo. 

- SOLTA O GAROTO AGORA OBITO - uma voz grita, mas me parecia longe. 

Obito? Quem é Obito? Seria esse moreno? Quem gritou? Por que está tudo girando? 

Seus feromônios podiam ser muito bons, mas me deixavam tonto e atordoado. 

Meus sentidos estavam confusos, mas eu conseguia sentir algumas coisas. Pelo que me parece, o tal de Obito me agarrou e se levantou. 

- SOLTA, COLOCA ELE NO CHÃO, AGORA OBITO UCHIHA - a voz cada vez mais distante. 

Escuto outro rosnado e um aperto forte pelo meu corpo, o que está acontecendo? 

Logo sou puxado dele e começa uma briga para ver quem conseguia ficar comigo nos braços. 

A tontura ficava cada vez mais forte, mais eu tinha que ignorar aquilo, porque se não eu irei ser repartido aqui. 

- PAREM COM ESSA MERDA, EU NÃO SOU UM OBJETO CARALHO - me debato e sou puxado para longe de Obito.

Olho para ele e o vejo estar sendo segurado por alguns guardas e paramédicos. Ele me olhava com raiva e se debatia para se soltar. 

Na verdade, ele não estava olhando para mim, olho para aonde ele olhava e vejo que era a mão do paramédico que estava me segurando. Ele está com raiva disso? 

- Obito seu animal, como pode fazer isso? Você quase matou o professor - um ômega de cabelos grandes fica de frente com Obito. 

Quem seria ele? 

- ME SOLTEM AGORA, EU VOU MATAR TODOS VOCÊS, PRINCIPALMENTE ELE - Obito olha em minha direção.

Ele se debatia cada vez mais, e parecia que ele realmente ia se soltar, eu e o médico estávamos dando passos para trás. 

Até que o ômega de cabelos longos pega uma seringa de dentro de sua bolsa, e tira a proteção. 

- NÃO COLOCA ISSO EM MIM NÃO, SEU VAGABUNDO - Obito parecia querer fugir daquilo. 

O que está acontecendo? Eu não estou entendendo nada. 

O ômega simplesmente enfia a agulha no pescoço de Obito, vejo ele começar a ficar sonolento. 

- E...u.. aind..a ir..ei t..e matar - ele fala com os dentes trincados, até cair completamente no sono. 

- Brutamontes de merda - o ômega moreno chuta Obito, que estava jogado em cima dos homens que estavam o segurando. 

Graças a ele ter dormido, os feromônios dele já não estavam tentando matar todos por ali. 

- Você está bem garoto? - o médico me pergunta e eu concordo. 

Olhei para ele seriamente, que pergunta em. 

- Olha... - tentei responder sem ignorância, mas não estava dando - Eu estou ótimo... Pergunta idiota, eu pareço estar bem? - o médico soltou uma risada nervosa.

- Desculpa moço, é que eu estou nervoso - falou ele me olhando com uma cara de nervosismo.

- Não me diga - falei ironicamente o olhando de cima a baixo.

Um Verdadeiro Inferno  - Tobidei -Onde histórias criam vida. Descubra agora