36: Caos

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- Seu filho da puta - Deidara me xinga, me olhando com ódio - reze para eu não ficar com uma cicatriz.

- Você levou uma facada e está preocupado com uma cicatriz? Você é louco? Cadê a pessoa que tava chorando agorinha feito um bebê? - falei confuso.

Escutei passos atrás de mim e congelei, minha pressão até caiu. Que aura assustadora que esse cara tem.

- Eu falei - só senti um puxão de cabelo e logo um soco na minha cara.

Tudo ficou rodando, meu corpo parecia que ia apagar. Como a faca ainda estava na minha mão, eu só meti ela em sua barriga e o fiz me soltar. Me levantei rapidamente, ainda tonto.

- Acha que isso vai me parar? - escuto o moreno falar me olhando com ódio, logo ele começa a rir que nem um maluco.

Se não fosse pelas circunstâncias, eu super pegaria ele.

- Você é maluco? - perguntei com dúvida, mas logo soltei um grito agudo ao ver ele começar a correr atrás de mim.

Fui para uma ponta do enorme balcão enquanto ele estava na outra. Ele estava muito nervoso.

Olhei para onde Deidara devia estar e ele não estava ali. Logo senti uma coisa dura bater na minha cabeça. Quase desmaio com aquilo, mas tentei ficar de pé.

Olhei para trás e pude ver cinco Deidara, com uma frigideira na mão. Sinto algo escorrer de minha cabeça e levo uma de minhas mãos até lá, tentei saber o que era, mas estava tudo rodando demais.

- Filhos da puta - xinguei os seres que seguravam a frigideira.

Depois disso, só senti mais um soco em meu rosto.

- Michael Jackson? - olhei para o ser que eu via.

Simplesmente desmaiei depois daquilo.

...

Eu olhava para o Obito batendo sem parar no Hiki, vai ser igual da outra vez.

- O-obito, para - tentei o tirar de cima do outro mas ele me empurrou para longe.

Com isso eu acabei me lembrando que levei uma facada e soltei um grito pela dor. Caralho, essa porra doía muito.

Obito me olhou, ele me encarava profundamente, até descer o olhar para a ferida que não parava de sair sangue. Ele se levantou desesperadamente, vindo até mim. Me encostei na parede, deslizando até o chão.

- Senpai - no caminho até mim ele pegou um pano.

Assim que chegou, ele o colocou em cima da ferida, tentando para a hemorragia. Começo a tossir, fazendo minha barriga doer mais ainda.

- Você também foi esfaqueado, bobão - coloquei a mão por cima da dele que apertava o pano.

- você é mais importante, irei chamar uma ambulância e a polícia, enquanto isso você aperta esse pan... - interrompo ele.

- Obito, você pode ser grande mas não é imortal, isso daí tá saindo muito sangue, ou você para esse sangramento, ou eu tiro esse pano daqui - falo sério o olhando.

Ele parou e suspirou pegando um pano e o colocando em sua ferida. Andou até um telefone que estava em cima da bancada. Logo o desbloqueando e digitando o número da ambulância.

- Como você sabe minha senha? - perguntei confuso.

- Uh? - ele me olhou mais confuso ainda - Sua senha é a mesma desde que ganhou seu primeiro celular, não a mudou por achar difícil fazer outra.

- Entendi, não sei nem para que eu perguntei - abaixei minha cabeça olhando para minha barriga.

Não sei porque, mas meu coração ficou quentinho com isso. Saber que uma pessoa sabe o que você gosta e não gosta é tão bom.

Um Verdadeiro Inferno  - Tobidei -Onde histórias criam vida. Descubra agora