58: Azul com amarelo

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Dentro de casa, Madara olhava para a bagunça que estava ali. Em um suspiro fundo, mexeu a cabeça em negação.

- Amor, azul com amarelo da o que? - Hashirama apareceu de repente na sala.

- Que porra de pergunta é essa? - perguntou com raiva após ter se assustado.

- Responde amor, eu tô em dúvida - falou olhando para Madara.

- Azul com amarelo da verde, Hashirama - disse olhando para o alfa, com um olhar julgador.

- Então por que tá preto? - perguntou mostrando as mãos.

Madara olhou para as mãos do alfa e as viu suja de algo, pensou na pergunta que ele tinha feito antes e logo soube o que era aquilo. Tinta, mas da onde essa tinta veio? Madara tinha certeza que eles não tinham tinta em casa, e ainda mais naquelas cores.

- Da onde você achou isso, Hashirama? - disse se segurando para não gritar.

- Nosso vizinho, ele me deu algumas tintas, é tão divertido amor - disse como um criança.

- Hashirama, você roubou a criança? - disse indignado.

- O QUE? CLAR... - foi interrompido por um tapa.

- Fala baixo seu arrombado, tá falando com seus amigos por acaso? - disse o olhando sério.

- Doeu - choramingou se afastando do ômega.

- Olha Hashirama, eu tenho certeza que você não vai querer manchar essa casa. Porque se eu ver pelo menos uma vírgula de tinta, apenas uma vírgula. Eu faço você limpar com a língua - ameaçou o alfa, falando de dentes cerrados.

- Limpar com a língua? - perguntou tombando a cabeça para o lado.

- Quer testar? - cerrou os olhos para o alfa.

Hashirama olhou para suas mãos sujas e depois olhou para o ômega, fez isso algumas vezes e então se abaixou. Como estava de frente ao ômega, ficou com o rosto perto das coxas de seu marido.

Madara olhou confuso para baixo, vendo Hashirama o olhando com um sorriso.

Então, Hashirama abaixou as calças do ômega e tocou em suas nádegas, as sujando assim como sua calça.

- QUE PORRA VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO? - gritou vermelho de vergonha e raiva.

- Vamos, agora me deixe limpar - disse tentando virar o ômega de costas para si.

- Seu idiota - com dificuldade por causa da calça, chutou o alfa.

Com vergonha e raiva, levantou as calças, xingando todas as passadas e futuras gerações de Hashirama.

- Por que você é tão mal? Disse que tudo que eu sujasse eu tinha que limpar, por que não está deixando? - falou fazendo birra no chão.

- Toma vergonha na sua cara, seu arrom... - foi interrompido pela campainha - Reze que não seja a criança na qual você roubou essa tinta, Hashirama. E é melhor você ir limpar essas mãos agora. Parece que depois das viagens virou vagabundo, não vi mais você trabalhando - reclamou se virando e indo em direção a porta.

- Você é mal - Hashirama disse se levantando do chão.

- Depois de todos esses anos, só agora que chegou a essa conclusão? - murmurou debochado.

Respirou fundo, irritado já que a pessoa não parava de tocar a campainha e então abriu a porta.

- Quem perturba tanto? - perguntou se paciência.

Olhou para o senhor loiro a sua frente com uma das sombrancelhas levantada. Ele parecia estranhamente ansioso e nervoso, poderia se dizer que se ansiedade fosse uma pessoa, seria o loiro a sua frente naquele exato momento. Revirou os olhos e deu um suspiro.

Um Verdadeiro Inferno  - Tobidei -Onde histórias criam vida. Descubra agora