[hiatos] 𝐨𝐬 𝐚𝐧𝐣𝐨𝐬 𝐜𝐚𝐧𝐭𝐚𝐦. - 𝐀𝐥𝐞𝐱 𝐅𝐞𝐫𝐫𝐚𝐫𝐢

009

No outro dia, eu e meus amigos saímos cedo, iríamos dar uma volta por aí.

Eu estava andando com Alex, o braço dele estava em volta dos meus ombros. Passamos na frente do Monter e adivinha quem estava lá arrumando os cartazes? Isso mesmo, o pessoal do lado Vila. Alex olha pra gente e começa a andar, praticamente me puxando para lá, ele tirou o braço dos meus ombros, mas segurava minha mão ainda.

— Não, não! Ô, Alex. — Nando reclama.

— Olha só, parece que encontraram os culpados. — Alex diz zoando eles.

— Ou melhor, os artistas. — Falo.

— Alex, Manu, deixem eles e vamos pra sorveteria. — Romeu diz.

— Ué? E perder a chance de zoar com a cara deles? Nunca. — Alex diz.

— Alex, não. — Romeu diz.

— Parece que o jogo virou, não é mesmo, né? — Alex diz sorrindo.

— Não enche o saco, Alex. Por favor. — Téo pede.

— Ninguém mandou mexer onde não devia. — Digo. Vejo Lívia ficar irritada.

— Manuella, por acaso alguém pediu sua opinião? — Patrick me pergunta.

— E alguém pediu pra colar esse cartaz aí? Pediu? — Alex pergunta.

— Da um tempo, por favor. — Lívia pede.

— Querem saber? Bem feito, pra todos vocês. — Alex diz e aperta minha mão de leve.

— Só vaza, vai embora. — Téo diz.

— A gente tá na rua. E até onde eu sei, a rua é publica. — Falo pra Téo.

— A gente pode ficar aqui o quanto quiser. — Alex diz.

— Deixa esses dois idiotas falando sozinhos, tá? — Lívia diz. — Eles só querem te provocar.

— E tão conseguindo. — Patrick diz.

— Ô, vamos lá! Fala alguma coisa! — Alex olha para Romeu e Nando, eu olho para Alex e... Nossa eu nunca tinha reparado que o Alex era tão bonito assim. — Os caras zoaram com o mercado da família de vocês. — Alex me puxa um pouco quando vai falar com Romeu então eu volto do meu "transe".

— Eu tô de boa. — Nando diz.

— Eles já sofreram as consequências. — Romeu diz. — Pra que agitar mais?

— É, e vai que eles reajam e queiram brigar? — Nando diz.

— É sério isso que eu tô ouvindo? — Alex pergunta. — Vocês vão perder essa oportunidade de pisar neles?

— Alex, você e a Manu já fizeram isso pela gente. — Romeu diz, me fazendo sorrir orgulhosa. — Agora vamos pra sorveteria. Romeu puxa Alex que automaticamente me puxa também, Nando vem atrás da gente.

Fomos para sorveteria, eu mandei mensagem pra Karen perguntando se ela viria, ela disse que sim. Karen diz que chegou, mas pergunta se eu posso ficar ali fora com ela um instante.

— Já volto. — Digo me levantando.

— Onde você vai? — Alex pergunta.

— Credo, tá com espírito de marido possessivo? — Digo rindo. — Eu vou ali com o Kaká, já volto.

POV ALEX

— Ro. — O chamo.

— Fala. — Ele diz, estávamos só nós dois, acho uma ótima hora para falar do querido assunto.

— Tô gostando da Manu. — Digo.

— Não brinca. — Ele diz sarcástico.

— 𝑬𝒖 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒆𝒊 𝒅𝒆𝒍𝒂, 𝒎𝒂𝒔 𝒆𝒍𝒂 𝒔𝒐 𝒕𝒆𝒎 𝒐𝒍𝒉𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒒𝒖𝒆𝒍𝒆 𝒊𝒅𝒊𝒐𝒕𝒂 𝒅𝒐 𝑻𝒆𝒐. — Digo cabisbaixo.

— Ela gosta de você sim. — Romeu diz e eu reviro os olhos. — Eu vi como ela te olhou hoje mais cedo.

— Como? — Pergunto animado.

— Ela te olhou como se você fosse um novo filme de Harry Potter. — Romeu diz me fazendo sorrir bobo.

POV MANU

— Oi, Kaká. O que ouve? — Pergunto ao ver ela mais triste que o normal.

— Eu fui tentar falar com a minha mãe sobre um assunto e ela não teve tempo para mim, como sempre. — Ela diz, eu me sento em um banco que tinha ali e puxo ela para se sentar também.

— Você pode falar para mim. Não tenho certeza que vou conseguir te ajudar, mas eu estou aqui para tudo. — Digo e vejo os olhinhos delas brilharem.

— Eu tô gostando de um garoto. — Karen diz sorrindo de lado.

— Romeu? — Pergunto e ela cora.

— Sim... Como você sabe? — Ela pergunta.

— Eu te conheço. — Digo sorrindo. — Mas olha, é o Romeu sabe, você é amiga dele e sabe como ele é... Todo complicado. — Digo tentando não dar esperanças para ela.

— Eu sei. Não vou me iludir com ele. — Karen diz e eu concordo. — Eu tenho que ir buscar a Ellen, até depois Manu.

— Até, Kaka. — Digo sorrindo, a garota me abraça e sai dali feliz.

Volto para dentro e vejo uma cena um tanto quanto engraçada, Alex olhava para o teto, meio que jogado na cadeira todo bobo, enquanto Romeu ria da cara dele. Quando chego vejo que Romeu chutou Alex por baixo da mesa, Alex me olha e sorri meio envergonhado voltando ao normal.

Ficamos mais um tempo lá, acabamos de tomar nossos sorvetes e depois cada um foi pra sua casa. Quando chego em casa vejo meu pai lá, passo reto por ele e vou direto para o meu quarto.