Capítulo 2 Eu esperei por você

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A loba abriu os olhos devagar, tentando se acostumar com a claridade que atingia seu rosto.

Gracie colocou as mãos no rosto e tentou se sentar, seu corpo estava dolorido e seu estomago roncava.

Quando finalmente abriu os olhos, viu onde estava.

O quarto era amplo com paredes de pedra, havia castiçais nas paredes, e a janela estava aberta, por onde a luz solar entrava.

Ela estava sentada em uma cama enorme, com um dossel acima.

As cobertas eram brancas e vermelhas escuras, repleta de travesseiros.

Havia diversos moveis pelo quarto, uma pequena mesa em um canto com duas cadeiras de mogno, um sofá de couro no lado direito. Um baú e armários de madeira escura, uma estante de livros.

Tudo muito sofisticado e organizado.

A porta era larga e provavelmente estava trancada.

Ela piscou, tentando se lembrar o que acontecera e onde estava.

As lembranças do encontro na estrada vieram em ondas, e ela foi ficando furiosa à medida que começava a entender que havia sido sequestrada.

Gracie se levantou imediatamente, quando fez isso percebeu que não usava mais o vestido horroroso que da cerimônia de casamento que foi obrigada a usar.

Estava com uma camisola de linho branca.

Só esperava que uma serva tivesse feito a troca...

Ela correu até as gavetas do armário, depois foi até o baú.

Como imaginou, nada de facas ou armas.

Não havia nada.

Nem pensar que ficaria prisioneira do macho que a abandonou...

De repente a porta foi aberta, e uma fêmea de cabelos negros entrou.

Ela era bem mais baixa que Gracie, e seu olhar era indecifrável.

— Quem é você e onde estou?

A loba olhou no fundo de seus olhos, o que era incomum para servos.

— Eu sou Agatha e a senhora está na fortaleza Taylor, no Vale Vermelho. — respondeu a fêmea.

Gracie bufou.

— Miserável! — gritou.

Agatha se aproximou cautelosa.

— Quem senhora?

— Henry! Henry é um miserável intrometido! Como ele ousa! — esbravejou.

Agatha piscou várias vezes, parecendo nervosa com a quantidade de adjetivos negativos que Gracie disparava sobre Henry.

Em uma pausa entre eles, ela se apressou em dizer:

— Senhora, ele a espera para o desjejum, vim para ajudá-la a se vestir.

Gracie olhou para jovem, e respirou fundo.

Não ia adiantar de nada que continuasse gritando, ela aceitou a ajuda de Agatha.

*****

A fortaleza era muito grande, os corredores de pedra estavam iluminados com a luz solar, mas as partes que não havia janelas eram parcialmente iluminadas pelas tochas.

Havia poucos retratos nas paredes, alguns tapetes e servos transitando. Assim como guardas.

Nenhum deles pareceu estar a fim de olhar em seus olhos, mas ela podia ouvir enquanto sussurram sobre ela.

A redenção do Alfa. Ilha do corvo.Onde histórias criam vida. Descubra agora