capítulo 1- A mais bela nativa

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Olá, meus diabinhos, como estão? Espero que mal. só pra lembrar que esse ano é 1670 ou por volta de algo, o período dos peregrinos, algumas palavras serão atualizadas, ok? Já que não sei como era o linguajar deles. Mas espero que gostem e desculpem os erros, boa leitura 😁

Pov Camila

"Não!! Papa!!" Senti braços ao meu redor, tentando me impedir de correr para ele, meu coração batia tão forte que chegava a doer, assim como minha garganta ardia por meus gritos desesperados e ensurdecedores.
"Me soltem!!" Tentei mais uma vez sair do aperto forte daqueles braços, o que só me apertou mais, minhas lágrimas agora correndo com mais intensidade. Senti minha alma despedaçar ao ver tudo desabar, o fogo mais voraz fazendo tudo cair com uma força absurda, levantando meu papa consigo e isso era tudo culpa minha. Minha e de mais ninguém... Era minha culpa, eu tinha matado meu pai! Diversas vozes estridentes e graves me diziam mais alto que era culpa minha. Senti os braços me soltarem aos poucos, meus joelhos falhando me fazendo ir ao encontro do chão, sentindo-os rasgarem com pedras e terra, eu não me importava mais, levei minhas mãos para meu cabelo em desespero, o apertando forte, me senti encolher, colocando minha cabeça em direção as coxas.

Eu estava sozinha agora... Porquê eu matei o meu papa. E de repente um filme passou por minha cabeça, em todas as vezes que senti seus lábios em minha bochecha, quando sua mão passeava em meu cabelo, me puxando contra seu peito com todo carinho do mundo, suas palavras carinhosas e positivas, seus abraços quentes e todos os "yo te amo, hija" que eu jamais sentiria e ouviria novamente. Senti meu peito queimar, levantando minha cabeça, eu dei o grito mais doloroso da minha vida, o grito que eu jamais esqueceria ser culpa minha. Senti novamente braços ao meu redor, dessa vez, me puxando para um abraço apertado.
É tudo culpa minha.

Meu corpo pulou do chão coberto por uma espécie de pano, meus olhos procuravam algo familiar para expulsar o pânico, pousando em Dinah em seu sono pesado, cobri seu corpo ao ver um leve arrepio correr por sua pele, levantando do chão, eu fui em direção a saída camuflada de folhas e galhos. as raízes da árvore que formavam uma espécie de caverna, estava agora sendo minha casa. Direcionei meu olhar para o céu ainda escuro, com diversas estrelas brilhantes, mas apenas a que mais brilha me chamou atenção.

– Eu sinto tanto sua falta, papa.– meu olhar triste olhava a bela estrela, sentido meus olhos molharem, meu coração apertar.
– É tão impossível te tirar da minha mente. Eu espero que esteja me ouvindo, papa, eu ainda amo tanto você...acho que vou sentir sua falta para sempre.– Lágrimas molharam meu rosto rapidamente, mas eu não me importei, eu sentia falta do meu pai. Senti um abraço suave por trás, Dinah apoio sua cabeça no meu ombro.
– teve mais um deles?– eu sabia que ela se referia aos pesadelos, então eu assenti em concordância, minha garganta com um nó.
– acho que nunca vou me livrar deles – minha voz me traiu, demostrando meu choro que antes eu tentava conter.
– A culpa não é sua, Mila. –me virei para ela, seus olhos castanhos e calmos que sempre me traziam paz, então eu a abracei e chorei outra vez, assim como as diversas vezes que isso se repetiu.

– nós temos que sair para procurar algo para comer agora.– me assustei com a voz repentina de Dinah, me levantando enquanto eu concordava.

–vamos. – eu disse enquanto pegava meu arco e flecha, entregando o seu arco e flecha, eu saia da "caverna" olhando ao redor com atenção. O dia estava claro, isso significava que os peregrinos estavam em seu tempo de caça, todo cuidado seria pouco. Caminhei um pouco com Dinah até ouvir sua voz novamente.
– Mila? Olhe isso. – fui em sua direção com curiosidade, seu dedo olhava para algumas maçãs.
– isso é uma coisa muito boa, DJ. – dei uma pequena risada e me abaixei para pegar algumas. Puxei rapidamente minha mão ao ver uma coisa rápida passar por mim em uma velocidade impressionante. Levantei rapidamente, armando meu arco em direção ao que me assustou, colocando meu corpo a frente do de Dinah, eu mirei em seu peito.
– hmm... Eu não esperava cair assim.– a mulher deu um grunhindo colocando sua mão na costela, obviamente o lugar que tinha machucado pela queda, pois sua mão agora estava vermelha com sangue.

one shots camrenOnde histórias criam vida. Descubra agora