Ato I: Arquivo de destroços.

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Oii, Rockers! De volta ao (re)começo de tudo! 

O primeiro capítulo é leve, apenas uma introdução, mas vou deixando já avisado que os capítulos serão pesados. A segunda temporada é voltada ao suspense e terror!! (escrevendo isso enquanto rio muito) hehehehehe. 

Não esqueçam dos votos e comentários, vou adorar saber o que vocês estão achando!

Boa leitura!

🦇

Agora me deito para dormir, rezo a Deus para guardar a minha alma. Se eu morrer antes de acordar, rezo a Deus para levar a minha alma.

Já notou que se você adentrar a uma sala de espelhos, eles se certificarão de expor todas as suas facetas? Seu perfil, seus braços – uma hora finos, outrora grossos, as vestes bem ajustadas no corpo. O avanço é rápido e então elas estão abarrotadas. A pele lisa, a pele marcada por pequenos detalhes que tornam você alguém único... Único para você.

Essa sala de espelhos expõe o óbvio, no entanto às vezes você está centrado demais em verificar a todo o momento quem você é ao invés de perceber que seu lugar pode estar sendo tomado pela cópia mais barata de si mesmo.

Como agora. Nesse século. Nesse segundo e realidade. Nessa existência.

DANDO START NO SEGUNDO ROUND.

Corea del Sud, due settimane dopo la laurea.

O vermelho estava desbotando na raiz e eu precisava retocá-la, mas encarar a imagem refletida no espelho não me encorajava a ir em frente com o que deveria fazer. Quer dizer, os fios estão ressecados e eu não entendo isso. Cuido tão bem. Ou acredito cuidar. Eu faço, sei lá, duas hidratações na semana, vou ao salão de beleza e Seokjin está sempre perto para me auxiliar com essa droga de cabelo, porém o vermelho parece não combinar mais com a minha aparência.

Talvez ele simplesmente nunca tenha combinado e eu o forcei a isso.

Ou talvez o meu cabelo seja insuportável para química.

Ou talvez eu seja um chato de galocha.

Solto um resigno e fecho a torneira que antes encharcava o mármore da pia, se eu permanecesse um tempinho a mais ali, começaria a pensar sobre a decoração requintada do reservado, seu piso escuro de madeira e os candelabros pendurados nos pequenos compartimentos grudados à parede. De lá eu retiro um e deixo o banheiro, poucos passos me levam ao cômodo do quarto, o abandono e caminho pelo corredor.

É um longo caminho, mas você pode se deleitar com os quadros excêntricos do gosto ainda mais excêntrico do clã Vitale à medida que faz o percurso até a escada. Eu não quero enrolar, todavia sinto-me cansado da noite anterior, que fora composta de bebedeira, isso virou pela madrugada e o que ela tinha nos reservado. Eu poderia dizer: loucura.

Que merda tem se tornado a minha vida? Puts... Isso eu não conseguia responder.

Meu corpo agora está composto por algumas tatuagens descoladas, minha orelha está fechada por piercings e eu tenho cogitado colocar um em meu lábio inferior. Minha boca carnuda aprova tal alto, meu namorado mafioso, então...

É ele quem eu encontro quando meus pés alcançam as escadas e descem os degraus e meus olhos fitam com ânimo o príncipe vampiro no hall, suas mãos estão guardadas nos bolsos da calça social, ele tem a cabeça tombada para o lado e um sorrisinho despojado que somente um cara como ele pode possuir e tirar vantagem por aí.

Ele... Ele é sensacional.

— Você cumpre tão bem os seus horários, eu fico surpreso. Se fosse o meu caso...

ROCK MÁFIA IIOnde histórias criam vida. Descubra agora