Forgive | JIKOOK

Capítulo 26

Quando os raios de luz natural invadiram o quarto do príncipe japonês mais novo naquela manhã, a cama que tinha sua cabeceira posicionada contra uma das paredes foi iluminada aos poucos até revelar Jimin e Jungkook dormindo em meio aos lençóis escuros que forravam a cama e os cobriam.

Jimin nunca foi uma pessoa de dormir vestido e, quando o fazia, ele constantemente acordava no meio da noite para retirar ao menos a sua blusa que sempre o sufocava. No entanto, por ter dormido na mesma cama que Jungkook, o Park se esforçou para dormir com a blusa que o foi emprestada pelo japonês na noite anterior e que era bastante confortável por ser larga e cheirosa.

Ainda assim, o príncipe coreano acordou naquela manhã sem a sua blusa que provavelmente havia sido retirada e jogada longe durante a noite, com ele pouco consciente. Pelo menos essa era a única explicação plausível para a blusa que estava sendo usada por Jimin estar caída no chão de madeira polida do quarto.

Abrindo os olhos de maneira preguiçosa, o brilho do sol incomodou as vistas do príncipe coreano que grunhiu baixo e se virou na cama até ter as suas costas contra o colchão confortável. Ter sua coluna apoiada sobre uma superfície confortável e reta o suficiente para alinhar a sua espinha dorsal fez Jimin grunhir baixo em satisfação e em seguida ele se espreguiçou.

Talvez fosse pelo cansaço, mas há muito tempo Jimin não dormia tão profundamente e bem como havia feito na noite passada.

Quando os olhos do príncipe coreano já estavam mais acostumados com a luz natural que invadia todo ambiente através das janelas, Jimin finalmente relembrou o local onde ele estava e, consequentemente, tudo o que havia acontecido no dia anterior entre ele e o dono daquele quarto veio à sua mente como uma forte onda.

Eu beijei o Jungkook, Jimin pensou enquanto mirava o teto alto e branco. Puta merda, eu beijei várias vezes o Jungkook e eu dormi no palácio da família imperial japonesa. Que droga eu estava pensando?!

E então Jimin entrou em um quase pânico. Não por ter beijado Jungkook, mas sim por ter dormido no lar da família imperial japonesa, onde a sua segurança não poderia ser garantida mesmo com os seus seguranças parados na porta do lado de fora.

Jimin definitivamente havia feito uma grande besteira. Ele deveria ter sido forte e parado de conversar e beijar Jungkook para voltar para o apartamento de Namjoon, onde era bem mais seguro. Ele deveria ter negado quando Jungkook pediu para que ele ficasse, mas no momento em que o pedido foi feito, ele realmente não queria deixar Jungkook. Não depois dos dois terem se lembrado de suas vidas passadas. Ir embora depois do momento que eles tiveram não seria justo com o mais novo que estava visivelmente mais afetado que Jimin em relação à lembrança das suas vidas anteriores. Além disso, também não seria justo com o Park que, honestamente, desejava profundamente poder ficar mais um tempo com Jungkook.

Desta forma, na noite anterior, ficar com o japonês pareceu para Jimin como a decisão certa a se tomar. Contudo, agora que ele estava sóbrio tanto do álcool quanto do sentimento nostálgico e dos beijos de Jungkook, o Park sabia que havia feito besteira. Abaixar a guarda era sempre uma grande falha que não deveria ocorrer, principalmente quando se trata de um príncipe herdeiro.

Jimin estava seriamente cogitando a possibilidade de acordar Jungkook para se despedir e se retirar daquele lugar com a ajuda de Namjoon que provavelmente ainda estava no palácio até que, de repente, o colchão ao seu lado afundou. A movimentação era delicada e silenciosa, mas não o suficiente para não obter a atenção de Jimin.

Pego desprevenido e entrando em estado de alerta, o coreano olhou na direção da movimentação pronto para se defender. Porém, quando seus olhos rápidos encontraram seu alvo, quem se revelou como recém chegado foi Darwin, o gato companheiro de Jungkook.