Forgive | JIKOOK

Capítulo 68

Movido pela pressa de encontrar o mais rápido possível o seu namorado, Jimin instruiu os seus seguranças a dirigir em direção a pista de pouso em que os aviões da sua família ficavam localizados. O príncipe também ordenou que a aeronave fosse preparada imediatamente já que ele não iria passar em lugar algum antes de ir ao encontro de Jungkook.

"Você quer ir comigo ou prefere que alguém te deixe em casa?" Jimin perguntou ao seu melhor que mexia em seu celular com uma expressão não muito boa por saber que algo estava muito errado com Jungkook assim como ele já vinha desconfiando.

Diferente de Jimin, Taehyung não vivia em uma caverna simbólica afastada do mundo. Ele sabia do passado de Jungkook, mas nunca deu muita atenção por saber por experiência própria o quão mentirosa e sensacionalista a imprensa pode ser quando quer. Contudo, ao estar naquele carro e ouvir as coisas que Jimin dizia para Yoongi através do celular, o Kim passou a acreditar que talvez a mídia não estivesse totalmente errada.

"Eu vou com você." Taehyung respondeu corriqueiro, continuando a olhar a lista de quem Jungkook seguia no Instagram até encontrar Kim Yugyeom.

O modelo sabia que o príncipe japonês havia voltado a se aproximar de Yugyeom e, apesar de Jungkook não ter postado nada em suas redes sociais nos últimos dias, o outro jovem japonês postava todos os dias. Assim, mesmo sem seguir Yugyeom, Taehyung abriu os stories alheios e assistiu todos até encontrar uma foto onde a mão de Jungoook segurando um copo de cerveja foi encontrado pelos seus olhos atentos.

"Chim." Taehyung chamou. "O Jungkook não está em casa." Revelou conforme virava o seu celular em direção ao príncipe que, ao encontrar a mão do seu namorado em volta de um copo cheio de álcool, suspirou pesado antes de pegar seu próprio celular de volta.

No outro lado do mar, na capital do Japão, o príncipe mais novo daquele país havia acabado de erguer a sua cabeça depois de inalar uma carreira bem alinhada do pó branco quando ele sentiu um movimento do na linha do destino preso ao seu pulso. Não havia sido forte o suficiente para que o seu braço fosse movido durante o processo, mas ainda foi perceptível o suficiente para que Jungkook sentasse com as suas costas apoiadas contra o encosto do sofá da boate lotada. Em seguida e preguiçosamente, o olhar do príncipe seguiu em direção a linha que brilhava em dourado e azul marinho.

Jungkook não sabia o que azul marinho significava e, no estado em que ele estava, mesmo que ele soubesse que aquela cor significava preocupação, ele ainda iria focar o seu olhar e atenção apenas no dourado. Tudo o que ele se importava naquele momento era em saber que a sua alma gêmea estava viva e o amava. Jimin estava vivo porque o fio havia se mexido, Jungkook sentiu o momento.

Assim, ele sorriu. Sorriu tão abertamente que, para comportar a sua felicidade, Jungkook passou a gargalhar. 

Finalmente, Jungkook pensou. Eu finalmente consegui encontrar alguém que me ama.

"O que é tão engraçado?" Uma das mulheres que foi convidada para a área VIP por um dos amigos do príncipe perguntou ao se sentar ao lado do moreno tatuado que deu de ombros e apenas continuou a rir até mesmo enquanto se movia para pegar o seu copo de cerveja brevemente esquecido.

"A vida." Jungkook respondeu sem ser muito objetivo, o que serviu para deixar a jovem de cabelo preto longo e artificialmente ondulado visivelmente confusa.

Ainda assim, a mulher riu e assentiu. Ela não se importava muito com o que saia da boca de Jungkook. Ele poderia falar qualquer porcaria sem sentido que ela ainda iria sorrir e o olhar com atenção. Afinal, ela estava encantada por estar na presença de um membro da família imperial de escalão tão alto.

Para aquela jovem mulher que cresceu em uma família de classe média, nunca esteve nos seus planos conhecer alguém da família imperial, muito menos o príncipe que ocupava o segundo lugar na sucessão ao trono. Portanto, para ela, aquele encontro era como algo feito pelo destino, um recado que o Universo queria entregar para ela e, acima de tudo: era uma chance única.