𝐖𝐎𝐍𝐃𝐄𝐑𝐋𝐀𝐍𝐃 ▬▬ 𝗞𝗛𝗝

𝐈𝐈𝐈 ┆ Goddess of the sea.

⠀⠀⠀⠀QUANDO UMA MÃO tocou seu ombro levemente, os olhos brilhantes e cansados dela se abriram. Mina sentiu suas vistas embaçadas por um tempo, porém logo prestou atenção no homem que a acordara.

As bochechas rosadas e os olhos redondinhos e fofos do garoto faziam ela questionar do porque alguém tão aparentemente ingênuo poderia estar em um navio pirata. Porém ela não fazia a mínima idéia de que Choi Jongho não era tão indefeso quanto aparentava.

— Deixe a menina aí, precisamos trabalhar. – Jeong Yunho mandou, puxando o mais novo pelo braço.

— Ela vive conosco agora e também precisa trabalhar! – o moreno reclamou. — Você está bem, garota?

Jongho prestava toda a sua atenção na expressão cansada e extremamente exausta da Song. A mais velha parecia estar triste enquanto se sentava em sua cama com a cabeça baixa.

Claro que Mina não estava bem. Ela sentia tanta falta de sua vida antiga que poderia matar e morrer para tê-la de volta, mas apenas se tivesse a coragem. Mingi era outro que fazia extrema falta na vida de sua irmã mais velha.

A loira se levantou e foi até o banheiro do navio, logo trocando suas vestes por outras que Wooyoung havia deixado em cima de sua cama. Hongjoong havia roupas para ela em seu navio desde que teve a idéia de sequestra-la, ou seja, já um ano antes da chegada da menina ao Halateez.

Mina logo saiu do cômodo arrumada. Ela havia prendido os cabelos em um rabo de cavalo e usava um vestido longo de cor branca. A menina não gostava de vestidos, porém era a única peça que poderia usar já que só havia aquilo ou as roupas dos homens.

Ao chegar no convés, ela encontrou com todos os tripulantes do navio trabalhando juntos, com sorrisos largos no rosto e alguns com copos de bebidas alcoólicas nas mãos.

— Já estamos chegando em Geumsan-gum. – avisou Choi San, observando o mapa enquanto Kang Yeosang cuidava do timão. — Qual a distância até Taepyeong-dong, Song?

— São vinte e quatro quilômetros. – a menina falou, pegando o mapa das mãos do moreno.

— Como pode dizer isso com tanta certeza sem nem mesmo consultar o mapa? – Yeosang riu.

O loiro foi ignorado. Mina estranhava o jeito como todos ali falavam com ela tão casualmente, até parecia que ela os conhecia há anos, mas não, eles não a conheciam e ela definitivamente não gostava deles.

O bom era que ela poderia ganhar confiança facilmente, não do capitão, mas sim de sua tripulação.

O plano era simples: chegar em Taepyeong-dong e simplesmente fugir do navio. O único porém era ter que esperar até que Mingi finalmente fosse até lá.

Ela sabia que um dos destinos de seu irmão era Daejeon, porém o problema é que o mais novo da família não era tão bom em planejamento de rotas.

As idéias de Mina eram muito arriscadas, porém raramente suas missões eram falhas. Enquanto ela ainda observava o mapa, percebeu Hongjoong ao seu lado, analisando todos os movimentos que ela fazia.

— Qual o problema, capitão Kim? – ela questionou, escondendo seu sarcasmo ao olhar nos olhos do homem.

— Preciso que encontre uma rota de Daejeon até Seoul. – ele disse enquanto passava o braço por trás dela e apoiava na mesa. — É o nosso próximo destino.

— Mas são pelo menos cento e trinta quilômetros até lá... – Mina ponderou frustrada, sabendo que aquilo iria arruinar seu plano. — E precisaremos seguir por terra para chegar.

— Não seja por isso... – Hongjoong aproximou seus lábios do ouvido dela e sussurrou. — Nada que a deusa dos mares não resolva.

O corpo dela estremeceu pela proximidade, porém ela bufou e revirou os olhos quando finalmente o homem se afastou. A Song continuou estudando o mapa enquanto pensava nas possibilidades, porém seus ouvidos estavam atentos a um barulho alto que escutava longe dali.

Ela estava se sentindo estranha ao sentir um calafrio, e quando olhou para o sul, um navio com uma Jolly Rogers conhecida já estava se aproximando. Mina olhou para Hongjoong e ficou aliviada quando percebeu que ele já estava preparando os ataques.

Quando o navio inimigo já estava próximo, os canhões do Kim já estavam atacando. Todos os tripulantes do Halateez, inclusive a menina, já usavam as cordas presas ao topo do mastro para invadir o outro navio.