Capítulo 60

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— NÃO ME PEÇA CALMA, SIRIUS BLACK! A MINHA FILHA ESTÁ PRESA JÁ TEM UM MÊS! NÃO ME PEÇA CALMA!

O barulho no andar debaixo fez com que Louis olhasse para Lúcia e compreendessem em silêncio que a situação estava ficando cada vez mais complicada, uma vez que já havia um mês desde o rapto de Anastasia Bellini.

Com as investigações que Alexandra conseguiu fazer com a ajuda dos seus contatos, havia um boato de que o responsável pelo rapto da sobrinha havia sido o próprio Voldemort e assim, estando no quartel general que estava localizado na mansão da família Malfoy, o que deixava as coisas ainda mais complicadas.

— EU PEÇO CALMA PORQUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO INVADIR UM LUGAR E QUE PODE MORRER!

— VOCÊ FARIA O MESMO POR LOUIS!

— SIM! NÃO NEGO QUE EU FARIA, MAS VOCÊ PRECISA PLANEJAR PRIMEIRO ANTES DE SAIR EXPLODINDO AS COISAS!

— EU VOU EXPLODIR A SUA CARA SE VOCÊ TENTAR ME CONTER NOVAMENTE!

Lúcia e Louis, que estavam no topo da escada ouvindo a confusão, saíram calmamente até o quarto que estavam dividindo, não sem antes ativarem um feitiço para que não ouvissem o que iriam conversar.

— Eu estive pensando, e acho que podemos fazer uma missão de resgate — começou a Diggory — Ou pelo menos, eu seria uma espiã para ajudar e tentar passar o máximo de informações possíveis, não seria a primeira e única nesta guerra.

— Você pirou? Sabe o que aconteceria com você se te pegassem? — Louis perguntou retoricamente — Você morreria Lu, antes mesmo que pudesse piscar.

— Mas e você? Falou dois dias atrás que queria invadir lá, o risco de morte é o mesmo.

— Sim, pela minha família, e por você, não tenho medo de morrer — Louis agarrou a mão da namorada e observou suas irís que aparentavam estar mais para o verde do que para o castanho — Só que não quero ter o risco de perder você, ou então, repetir o que houve com o meu tio.

Lúcia franziu o cenho e questionou:

— Seu tio?

O silêncio do Bellini fez com que a garota começasse a ficar preocupada, e aguardando o que ele tinha para dizer, ela apenas segurou a sua mão.

— Meu pai e meu tio brigaram feio, tinham ideologias muito diferentes e tantas coisas que, quando eu soube, acabei condenando o meu tio antes mesmo de vir para a Inglaterra ou Hogwarts. Ouvia somente um lado da história, e condenava o outro sem pensar. Até que Monstro, quando me viu pela primeira vez, caiu em choro sem que eu falasse ou fizesse absolutamente nada.

— Um elfo chorando?

Louis concordou e continuou:

— Ele me falou que lembrava muito o seu antigo senhor, do qual tinha um grande apreço por ele e Monstro retribuía com grande imensidão. Até que, de noite, fiquei sabendo o que houve com o meu tio e que ninguém nunca me falou antes. Ou nunca souberam de fato.

Louis se levantou e pegou uma carta que estava escondida dentro do bolso descosturado da sua mochila, entregando para que Lúcia pudesse ler.

A lufana apenas olhou para o namorado, esperando um consentimento e em seguida, desdobrou o papel até deparar-se com uma letra cursiva.

— Minha doce Mi-Sun, espero que este não seja o nosso último bilhete mas se, caso for, espero que se lembre de mim por muitos e muitos anos. Saiba que meus anos em Hogwarts foram mais leves porque havia você do meu lado, assim como seu brilho. O Monstro irá lhe servir sempre que precisar, ele sabe disso. Se cuide. Com amor, RAB.

Unconditionally - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora