Assim que Ellen desceu para tomar café da manhã, pode ouvir os gritos do seu pai com Peter através da porta do escritório quando passou pelo corredor. A loira não resistiu sentindo que deveria ficar ali, não sabia o porquê, mas seu gêmeo podia precisar de alguma ajuda. Com o ouvido colado perto da brecha da porta, ela começou a ouvir a conversa com mais atenção.
— VOCÊ QUER O QUE?
— Eu quero entrar em um time de quadribol profissional assim que acabar a escola — disse Peter confiante embora seu olhar passasse receio por dizer aquilo em voz alta — Eu não quero ficar em um escritório no Ministério, isso não é para mim.
— É claro que é pra você rapaz! — gritou o homem — Eu já tracei toda a sua vida e a de sua irmã, não tem que opinar. Já basta o desgosto que deu a família indo para a Lufa-Lufa e não para a Sonserina
— Como assim traçou? Pai, é a nossa vida. Eu tenho a certeza que Ellen não quer isso, não quer viver a vida inteira no Ministério bajulando aqueles homens dia após dia.
— Não fale por sua irmã — o senhor Leblanc apontou o dedo na cara do filho.
— Tudo bem, não falo por ela mas falo por mim. E me ouça bem pai — ele falou olhando o mais velho — Eu gostei de ir para a Lufa Lufa. Eu amo jogar pela minha casa. Eu não vou ser como o senhor. Eu vou ser um jogador de quadribol.
Ellen arregalou os olhos quando viu a bengala do pai atingir o rosto do irmão, e de supetão, entrou no escritório escancarando a porta em um estrondo e indo na direção do pai tentando segurá-lo antes que ele batesse no garoto novamente.
— O que está fazendo Ellen?
— Não vai bater mais nele — disse determinada.
— Não se meta, não é assunto seu.
— Você está batendo no meu irmão porque ele quer seguir o sonho dele, então vou me meter sim pai.
O homem olhou furioso para os filhos, Ellen estava abaixada ao lado de Peter usando o corpo inteiro quase que de escudo.
— Mas o que é isso? Um complô? Ellen saia daí, estou dando uma lição no seu irmão.
— Não saio.
— Ellen Leblanc, saia antes que eu te dê uma surra também.
— Não saio — a loira disse dessa vez de levantando — E já que estamos falando as verdades, eu vou dizendo logo. Não vou me aliar a essa família contra aquele monstro.
— Monstro?
— Lorde Voldemort.
O senhor Leblanc não se aguentou e segurou o braço da garota com força que, mesmo por cima da blusa manga longa, podia sentir a pressão dos dedos do homem.
— Não chame o Lorde assim, você não entende ele.
— Não entendo ele? Faça me rir pai, ele é um louco doente e os seguidores dele são iguais a ele. Eu sei que se aliou a ele antes, e vai se aliar agora que ele voltou.
O escritório mergulhou em um silêncio mortal. Peter se levantou com a sobrancelha machucada escorrendo um filete de sangue, e Ellen acabou colocando-o para atrás de si como forma de proteção, mesmo que ela tivesse a mesma altura que ele.
— E quem disse que ele voltou? Foi aquele garoto Potter?
— Sim, Harry Potter afirmou e foi ele quem fez aquilo com Cedrico.
— Quem garante que aquele garoto não está mentindo? Ele quer chamar a atenção mais do que o necessário, pode muito bem ter feito isso com seu namoradinho lufano.
— Harry Potter não faria isso com ele pai, eu garanto isso.
O homem olhou com desgosto para os filhos e negou com a cabeça.
— Vocês são uma vergonha para os Leblanc. Meus herdeiros são dois fracos, saiam da minha vista que não quero mais vê-los.
— Não vai ser necessário nos ver — a loira saiu do escritório de mãos dadas com o irmão.
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— Para onde vamos? — Peter perguntou vendo a irmã arrumar uma mochila com roupas e o que mais precisava — Não temos muitas opções.
Ellen colocou o dedo na frente da própria boca, um sinal de silêncio, e murmurou um Abaffiato. O feitiço tomou todo o cômodo, e somente quando ele estava completo, ela olhou para o irmão sinalizando que agora poderiam falar melhor.
— Eu sei para onde ir, eu quero saber se aceita ir comigo porque provavelmente vamos ser deserdados e queimados da tapeçaria.
— É claro. E eu odeio aquela tapeçaria.
Ellen sorriu para o irmão pegando um pequeno saquinho que tinha debaixo do colchão para emergências como a que estavam enfrentando no momento, e caminhando para a lareira que havia no próprio quarto.
— Tranca — apontou para a porta e Peter atendeu prontamente — Pegou tudo o que precisa? Não vamos pisar aqui tão cedo.
— Peguei.
A loira concordou e caminhou de mãos dadas com o irmão até a lareira, na oposta cada um segurava um punhado de Pó de Flúor.
— Fale sobre o endereço da casa dos Black, Sirius vai nos acolher lá.
— Certeza que ele está lá?
— Absoluta. No três. Um...dois...três!
— Largo Grimmauld número 12 — disseram em uníssono jogando o pó no chão e se deixando ser levados pela chama esverdeada.
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Sirius estava na sala de estar de sua casa vendo Monstro resmungar sobre a família Black ter sido melhor na época dos seus outros senhores, quando a lareira se iluminou e dali, saiu dois adolescentes que ele conhecia muito bem mesmo tendo-os visto anos atrás.
— Ellen? Peter? O que estão fazendo aqui?
A loira logo partiu para abraçar o Black e Peter fez o mesmo após a irmã.
— Precisamos da sua ajuda, provavelmente é a única pessoa que pode fazer isso por nós nesse momento — disse Ellen — Precisamos de um lugar para ficar.
— Como assim? — Sirius olhou para os dois — Foram expulsos?
— Não, fugimos antes do veredito final — brincou Peter.
— E eu vou querer saber como machucou o rosto? — Sirius apontou para o curativo na sobrancelha no rosto de Peter.
— Não aceitam que eu quero ser um jogador de quadribol profissional, e muito menos que estou na Lufa Lufa.
Sirius se calou porque entendia o que o garoto estava passando, até porque ele mesmo sofreu preconceito da própria família quando foi colocado na Grifinória em vez da tradicional Sonserina.
— Vou arrumar dois quartos para vocês ou podem dividir um só? Em breve vou receber alguns convidados.
— Dividimos — Ellen disse e Peter concordou.
— Muito obrigado Sirius, você é o melhor — agradeceu Peter.
— Não há de que crianças, vamos, vou acomodar vocês direito.
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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Ellen e Peter meteram o pé para fora de casa e foram pedir ajuda pra Sirius, quem amou? Logo logo a casa dos Blacks vai virar um lugar cheio de gente.
Me digam o que acharam, quero saber de tudo!
Até o próximo ✨
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Unconditionally - Draco Malfoy
FanficUɴᴄᴏɴᴅɪᴛɪᴏɴᴀʟʟʏ | Anastasia Bellini é uma puro sangue. Vinda de uma família de grande prestígio no mundo bruxo, a garota não ligava para essas "regras" e só queria terminar seus anos em Hogwarts com boas notas sendo a melhor aluna, ela só não c...