Unconditionally - Draco Malfoy

Capítulo 14

Olhando a paisagem noturna da Torre de Astronomia, Anastasia segurava a caixinha de música que sua tia havia dado no seu aniversário anterior enquanto a melodia soava. A menina começou a olhar as estrelas antes de dar um suspiro longo tentando conter as lágrimas.

— Oi pai — iniciou olhando para os pequenos pontos brilhantes no céu — Como você está? Daqui a algumas horas é o meu aniversário de quinze anos, e eu lembro que você me disse que quando ele chegasse, iria me dar o maior abraço que conseguisse por carta, já que eu estaria em Hogwarts — falou tentando ignorar o nó na garganta e os arrepios com a brisa noturna — Mas quando eu voltasse para casa no Natal, íamos nos abraçar pessoalmente enquanto ficássemos na frente da lareira. Eu sinto tanto a sua falta.

A Bellini fechou os olhos deixando as lágrimas caírem assim como os soluços que escapavam de sua garganta até sentir uma mão em seu ombro, fazendo-a se virar alarmada.

— Que susto Malfoy! — as bochechas da garota começaram a ficar rosadas, quais as chances dele ter estado ali ouvindo tudo?

— Você está chorando?

— Não — ela secou as lágrimas e fechou a caixinha de música guardando no bolso da capa negra do uniforme — Eu só estou…

— Chorando — constatou o loiro — E falando sozinha, de novo.

— Eu não estava falando sozinha, e sim com meu pai, lembrando de algo que ele me disse que faria em vida quando completasse quinze anos.

— Você faz quinze anos amanhã? Não é possível, entrou no mesmo ano de Hogwarts que eu.

— É quando você só pode entrar em Hogwarts com onze anos completos, e não quando ainda vai fazer onze anos. Por isso entrei "atrasada" — fez aspas no ar — Então sim, eu sou mais velha que você.

— Por um ano.

— Ainda mais velha.

O loiro ficou ao lado dela olhando para a noite com as mãos apoiadas na grade de proteção.

— Como você está?

— O que quer dizer?

— Soube do episódio que você virou uma doninha no pátio por causa do professor — explicou — E que saiu correndo.

O garoto riu amargurado.

— Vai rir de mim também?

— Não — ela fechou o rosto — Por que eu faria isso?

— Porque foi o que todos fizeram, e acho que mereço.

— Não é porque os outros fazem, que eu tenho que fazer. Sou muito mais original que isso Malfoy.

— E vai fazer o que?

— Algo que ninguém deve ter feito quando você passou por essa situação.

Antes que ele perguntasse, Anastasia deu um abraço rápido no loiro passando os braços pelo pescoço dele e ficando na ponta dos pés para alcançá-lo. O gesto de afeto foi tão rápido que Draco não fez nada, sua mente ainda estava processando que Anastasia Bellini estava ali lhe abraçando.

Até sentir um impacto seguido por uma dor latejante no ombro.

— Ai! Você me bateu?

— Sim.

— Por que?

— Primeiro, o abraço porque você não merecia passar por isso por causa de um professor, e o murro para aprender a não fazer os outros passarem por isso.

— Os outros?

— O bullying que você faz com meus amigos não é legal, e eu não gosto. Você experimentou por instantes o que é ter os outros rindo de você, agora imagina isso todos os dias? Não é nem um pouco legal.

— E o que eu faço?

— Mude. Nunca é tarde para mudanças e amadurecimento.

Anastasia olhou uma última vez para Draco e saiu da torre deixando o loiro sozinho.

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— E olha a aniversariante chegando! — Louis disse assim que viu a prima assim que apareceu na porta do Salão Principal — Feliz aniversário para a minha prima favorita.

— Obrigado Louis — falou sem entusiasmo na voz, embora tivesse um sorriso no rosto.

— Essa carinha e os olhos inchados, passou a noite chorando, acertei?

— É que me lembrei dele, e do que ele falava que faríamos quando fizesse quinze anos — disse com os olhos marejados e tentando segurar o choro.

— Vem cá.

Louis puxou a prima para um abraço deixando-a chorar o quanto precisasse.

— Eu não imagino sua dor de perder um pai, porque o meu é bastante ausente e os sentimentos são outros, mas no que depender de mim Ana, você não está sozinha. Nunca.

— Obrigado Louis.

— Agora, seque essas lágrimas — ele se afastou e acariciou os cabelos da menina — Porque hoje não é dia de ficar triste, é seu aniversário e você passará com a melhor pessoa do mundo que, por ironia do destino, sou eu mesmo.

— Convencido.

— Realista — retrucou — Agora vamos, porque hoje vai ser um dia excelente.

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Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

O capítulo de hoje foi curtinho, apenas para mostrar o aniversário da Anastasia e um pouco da história dela com o pai (em breve vou mostrar mais ainda sobre o que houve), antes de começarmos os capítulos mais focados no Torneio Tribruxo.

Não sei se todo mundo curte, mas estou escrevendo uma fic no universo dos Vingadores com o Homem Aranha e quem quiser dar uma lida/uma forcinha pra essa autora aqui, eu seria feliz, é só procurarem por Power.

Até o próximo!