Capítulo 06

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Na manhã do dia seguinte não se falava em outra coisa, Sirius Black havia tentado invadir o salão comunal da Grifinória atrás de Harry Potter, e, quanto mais Anastasia ouvia as fofocas, mais ela se assegurava que aquilo não tinha nenhuma lógica, por mais que o Black fosse alguém altamente procurado.

A explicação mais simples era a confiança que sua tia Alexandra e seu pai August sempre demonstravam ter no homem, mesmo com as condenações e preso em Azkaban, eles deixavam bem claro o quanto Sirius havia sofrido uma injustiça e que havia alguém por trás disso. Anastasia lembra dos dizeres de sua tia falando que Sirius era muito amigo do Potters para traí-los e ser pego, principalmente do pequeno Harry. Anastasia nesses momentos achava que tinha os instintos de sua família por parte de pai, já que os Bellinis nunca se enganavam sobre alguma pessoa.

— Anastasia! — chamou Gina correndo até a amiga que lia sentada em um canto aproveitando o horário vago — O professor Lupin quer te ver.

— Agora?

— Sim.

Ela assentiu e foi até a sala do padrinho que foi somente botar os olhos em cima da afilhada para puxá-la dando um abraço.

— Você está bem? 

— Sim, e como você está?

— Bem, muito bem.

— Padrinho…

— Não se preocupe comigo, sabe que consigo lidar com essa questão há anos, antes mesmo de você nascer.

— Mesmo assim, não deixo de me preocupar com o senhor.

Lupin acariciou a cabeça da menina antes de dar um beijo na testa da mesma.

— Te chamei aqui por dois motivos.

— Quais?

— Primeiro, você está proibida até segunda ordem de usar a Sala Precisa para treinar.

— Mas…

— Já conversei com o Dumbledore, está muito perigoso com Sirius rondando Hogwarts e esses Dementadores atrás dele.

— Mas sei me proteger graças a você, a mamãe e ao papai que me ensinaram algumas magias avançadas desde criança.

— Eu sei pequena, mas não podemos arriscar, você entende?

Ela concordou com a cabeça sabendo que não adiantaria argumentar contra Lupin, ia ser perda de tempo e ela o respeitava como segundo pai.

— Agora, quero ver o seu patrono.

— Meu patrono?

— O corpóreo.

— Tudo bem.

Ela apontou a varinha para o alto pensando nas suas memórias mais felizes, e ao dizer o feitiço, um cisne saiu voando pela sala até sumir no ar.

— Brilhante! Meus parabéns por isso Ana.

— Obrigado.

— Eu li a sua redação, fantástica por sinal, e é uma pena que não tenha feito o feitiço na prática. 

— Eu ainda não estou pronta pra ver o meu medo, porque eu sei o que ele é e tenho consciência de que não conseguirei enfrentá-lo agora.

— Quando quiser enfrentá-lo, saiba que estarei ao seu lado.

— Obrigado de novo padrinho.

Os dois se abraçaram antes de Anastasia deixar a sala sabendo que na noite seguinte, os problemas de Lupin voltariam.

Unconditionally - Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora