Só havia dez minutos que a detenção havia começado, e Anastasia estava quase enfiando aquela pena que tinha em mãos no fundo do olho da Umbridge.
Ao contrário de Harry, que havia sido mandado para escrever "Eu não devo contar mentiras" em três pergaminhos e já estava fazendo o segundo, mesmo tendo sua mão cortada com alguns filetes de sangue escorrendo de algumas letras, Anastasia tinha que escrever cinco pergaminhos a frase “Eu não devo me vestir de modo indecente”. A cada palavra escrita, a corvina sentia o sangue sair pelo corte que era feito, em suas pernas.
Mas não bastava o corte e o sangue, os machucados ardiam como se estivesse aplicado várias doses de álcool sobre a pele.
— Algum problema, senhorita Bellini? Está tudo bem?
A voz da mulher fez com que a garota levantasse a cabeça. Dolores olhava os dois com um sorriso irônico, sabendo muito bem que nenhum dos alunos estava bem.
Harry olhou para as duas e viu a mancha de sangue nas roupas de Anastasia.
— Tudo certo, professora — a corvina respondeu a contragosto e sorrindo de forma falsa — Porque não haveria de estar? Estamos cumprindo uma detenção honesta com a senhora.
Dolores sorriu satisfeita enquanto Anastasia se segurava para não enfiar a pena na cara dela.
Quando chegou no último pergaminho, a Bellini ofegava de dor pelos machucados. O Potter já havia acabado há algum tempo, mas decidiu fazer companhia para a amiga que suava pelas têmporas.
— Ana, você está bem pálida.
— Eu tô bem Harry.
— Não a atrapalhe, senhor Potter — Dolores interviu — Ou serei forçada a dar mais um pergaminho para o senhor, e acho que não quer isso.
— Mas…
— Eu tô bem — Anastasia o interrompeu terminando de escrever as últimas frases no restante de papel que faltava — Terminei professora.
Dolores sorriu vendo que a menina estava fraca e o Potter com as mãos machucadas.
— Podem ir. Estão dispensados.
Harry se levantou na hora ajudando Anastasia, que praguejou de dor baixinho ao ficar de pé.
Parecia que era pior.
Em passos lentos, os dois saíram da sala da Umbridge e caminhavam lentamente pelos corredores de Hogwarts. A Bellini se sentia fraca, as pernas estavam dormentes e a visão começava a ficar turva.
Se eu ao menos conseguisse caminhar para a enfermaria, ela pensou com um pouco da lucidez que lhe restava.
— Harry, vamos a enfermaria — pediu quase que em sussurro.
— Você tem certeza? Consegue caminhar até lá?
Ela apenas assentiu.
— Harry! Anastasia! Que surpresa vê-los aqui — George apareceu no no corredor ao lado do irmão Fred — O que houve? Vocês estão péssimos.
— Não fale assim George, não se fala isso para alguém que está péssimo, mamãe disse que se fala que a pessoa parece mal ou indisposta — corrigiu Fred olhando para Anastasia quase desfalecida nos braços de Harry — E você está muito mal.
— Estávamos cumprindo detenção com a Dolores, vamos para a enfermaria — explicou Harry.
— Ela que fez isso com vocês? — George perguntou alarmado — Aquela mulher é louca.
— Nem me fala — Anastasia disse baixinho — Será que vocês poderiam…
Antes que a corvina terminasse a frase, ela desmaiou e George foi rápido o suficiente para não deixar que ela caísse com tudo no chão.
— Ana! Ana! — Harry a sacudia tentando acordá-la mas a garota estava pálida e fria — Melhor levarmos a enfermaria logo.
— Vamos — George pegou a garota no colo e se virou para o irmão gêmeo — Avise o Louis, diga onde estamos.
— Tá, vão logo com ela.
Sem perder tempo, os dois alunos saíram correndo em direção a enfermaria enquanto Fred ia na direção do salão comunal da Grifinória, sem perceber que Draco Malfoy havia ouvido toda a conversa.
— O que aconteceu? — o sonserino perguntou e somente Harry parou no meio do corredor, já que George estava mais focado em levar a garota em seus braços para a enfermaria.
— Não é da sua conta Malfoy.
— Tô perguntando por causa dela Potter, não me importo com você.
— Foi a Dolores. Ela deu uma detenção pesada porque a Ana deixou ela irritada de alguma forma.
Draco paralisou no lugar lembrando de quando Dolores havia flagrado a garota vestindo roupas curtas e quando Anastasia o puxou para um beijo, o seu primeiro beijo de forma nada romântica mas ainda sim especial para o loiro.
— Ela… ela está muito mal?
— Bom ela desmaiou, e está sangrando muito. Agora se me dá licença — o Potter saiu deixando o Malfoy para trás sozinho no corredor.
Draco se virou indo em direção às masmorras da Sonserina, ele iria escrever uma carta para a mãe de Anastasia contando o que havia acontecido com a filha e outra carta reclamando da professora para o seu pai.
Com toda a certeza, Lúcio Malfoy iria saber daquilo.
ೃ *ૢ✧
Notas da autora: Hey pessoal, como estão?
Alguém mais aí querendo matar a Umbridge? Comenta uma 🔪 só pra saber quantos somos...
Tivemos de tudo nesse capítulo né? Desde Anastasia sofrendo até o Potter e os gêmeos Weasley cuidando dela, até mesmo o Malfoy ficou todo preocupadinho, olha o poder dessa corvina.
Aliás, hoje (05/06) é aniversário do nosso loiro que fala que vai contar tudo pro papai... Feliz aniversário Malfoy 💚🐍
Me digam o que vocês estão achando, quero saber de tudo!
Até o próximo! ✨
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Unconditionally - Draco Malfoy
Fiksi PenggemarUɴᴄᴏɴᴅɪᴛɪᴏɴᴀʟʟʏ | Anastasia Bellini é uma puro sangue. Vinda de uma família de grande prestígio no mundo bruxo, a garota não ligava para essas "regras" e só queria terminar seus anos em Hogwarts com boas notas sendo a melhor aluna, ela só não c...