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Eu espero que gostem. Desculpe por possíveis erros. Um beijo e um cheiro Clarenas.

Helena.

A cabeça de Helena latejava, e toda e qualquer luz que entrava pela fresta da cortina de seu quarto incomodava. Sua mão vagueou pela cama em busca do corpo de Clara. Mas não achou. Será que ela havia voltado pra casa ? Levantou com um pouco de esforço e encontrou no banheiro a camisola que havia emprestado pra ela na noite anterior, sorriu,  aquela roupa havia ficado justa demais em Clara moldando totalmente suas formas e Helena precisou ser muito forte pra não toca-la. Encostou o tecido no nariz e suspirou, o perfume de Clara marcara a roupa. Depois do banho demorado Helena sentiu-se um pouco melhor. Quando saiu do banheiro um copo de água e uma aspirina a esperavam ao lado da cama. Tomou imediatamente, então Clara ainda estava ali.

Quando entrou na sala sentiu um cheiro bom de café fresco. Clara se encontrava na pia cortando algo, Helena se encaixou em suas costa beijando de leve seu pescoço.
- Bom dia amor - Sussurrou .
- Bom dia.  - Clara sorriu - comprei umas coisas para nosso café. Você tá bem, como vai essa ressaca aí?

- Eu estou bem. É tão bom ter você aqui. E ainda cuidando de mim. - a personal falou recebendo um beijo breve nos lábios.

Depois do café Helena achou que era hora de conversar com Clara.

- Então sobre ontem...- começou.
- Nós precisamos mesmo? - Clara murmurou fazendo beicinho.
- Sim amor. Precisamos. - estendeu a mão pra segurar a de Clara. - Aquela sua madrinha. Por que não disse a ela que éramos namoradas?
- Helena, eu... Ainda estou me acostumando com isso, sabe?  Eu queria falar pra você que me sinto segura, com tudo isso, mas não. E, - suspirou - eu precisava de dinheiro, ela me emprestou.

Helena massageou de leve a tempora.

- Clara, que isso tudo é novo pra você, eu entendo, de verdade. Se isso foi por insegurança não iremos ignorar seus sentimentos. Mas se foi por dinheiro...

- Não foi. - Clara apertou a mão de Helena.
- minha madrinha, é alguém difícil. Chegou a normalizar pra mim as traições do Theo. E eu acho que ela não precisa necessariamente saber sobre nós. O Rafa é a pessoa mais importante da minha vida Helena. E ele sabe e acolhe você. Ele saber sobre o nosso relacionamento é importante.

- Tudo bem. - Helena concordou. - tenho outra questão.
- O que? - Clara perguntou e se mexeu desconfortável na cadeira. Helena pensou se Clara havia em algum momento estado com alguém que estivesse disposto a conversar sobre os desentendimentos, duvidava disso. Helena virou a cabeça de leve e apontou para marca no pescoço que já começava a se esvair.
- Você me deixou marcada. E isso me incomoda - olhou para Clara que baixou o olhar constrangida. Helena tocou de leve o queixo dela erguendo a cabeça. - eu não me importo com... - Abriu de leve a blusa e Clara prendeu a respiração. Apontou para a barriga onde haviam marcas quase imperceptíveis onde Clara tinha usado um pouco mais da força ao mordiscar ali. - marcas em outra parte do meu corpo, sei que acontece e que talvez você goste. Mas, eu só não quero que você me marque em locais que dê a oportunidade de me constranger no trabalho. Você entende?

- Entendo. Não tocar mais em você. - o rosto de Clara estava vermelho.

- Eu não disse isso. - Helena refutou tentando capturar o olhar de Clara que insistia em desviar dos seus.

- Eu acho que eu já vou e...

- Não, você não vai. Poxa Clara, estamos conversando, é importante. - as mãos moldaram-se ao rosto de Clara. - Eu só quero que a gente fique bem. Eu não quero marcas no meu corpo como o Theo fazia com você, você entende isso? - Os olhos de Clara cintilaram ameaçando derramar lágrimas, o que fez Helena se sentir mal. Não queria causar lágrimas aquela mulher, mas precisava ser sincera - eu não quero que você me trate como posse. Podemos pertencer uma a outra de maneira aprazível e não precisar reafirmar isso para outras pessoas além de nós.

- Tá bom. - Clara concordou.

- Bom. Agora, sua vez de me questionar. - Helena pegou uma uva que está ali perto e colocou na boca.

- Eu não tenho nada pra questionar. - Clara deu de ombros.

- Você tem. Estava visivelmente incomodada com Aline.

A dondoca suspirou.
- Eu fiquei enciumada. Não vou mentir. É difícil confiar totalmente em uma pessoa, eu vim de um relacionamento de vinte anos onde sempre fui traída. - comentou.

- Eu entendo. Você pode confiar em mim. Mas só o tempo vai fazer você ver isso. E eu acho que uma boa maneira de sanar essas dúvidas é você conhecer mais minhas amigas. Mas isso fica para outro momento. Você quer falar mais alguma coisa? - Helena questionou mas Clara negou com um acenar de cabeça. - Então agora...- aproximou seu rosto de Clara . - eu posso beijar minha namorada?
Clara estava sorrindo quando Helena a beijou. Helena puxou Clara para sentar no seu colo mas ela evitou.
- Na verdade eu tenho que ir embora... preciso. Er..
- O que ?- Helena questionou. - Clara você precisa ser mais sincera comigo. Eu sei que você não tem nada pra fazer agora.

- Certo Helena. É que eu não quero... Sabe agora fazer isso - gesticulou com as mãos apontando para os corpos de ambas. - acho que eu não estou me sentindo no clima agora. E na minha cabeça, eu tenho que evitar te tocar, e eu sei que não foi isso que disse. Mas eu queria mesmo te pedir um pouco mais de paciência.
- Tudo bem, você não precisa inventar uma desculpa e sair correndo se não quer ser tocada meu amor. É só me dizer que não é eu vou respeitar isso. Você tem que absorver as coisas no seu tempo, mas você não precisa ir. Hoje eu estou de folga e adoraria mesmo ter a sua companhia. - Helena disse puxando sua namorada devagar pela cintura . - o que você acha?
- Eu acho que seria ótimo. - sorriu e seu olhar para a personal era de encantamento . Permitiu que Helena a beijasse novamente sentando no seu colo dessa vez. Helena beijou o pescoço de Clara e sentiu a mão da mulher apertando seu braço como me para controlar seus impulsos.  Então Helena parou sorriu para ela. Que tinha o rosto corado.
- Você quer sair? Ir a algum lugar comigo. Podemos ir a praia se você quiser.

- Quero,  mas eu nem trouxe roupa pra isso.
- Clara afagou o rosto da mulher.

- A gente passa na sua casa pra pegar. - Helena disse.
- Nossa. - Clara sussurrou baixinho.
- O que? - franziu o cenho confusa.
- Nossa casa. Você deveria morar comigo. - Clara disse - Você quer? - os olhos de Clara em expectativa buscavam qualquer expressão da personal, mas Helena permanecia estática com a proposta inesperada.

Dream ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora