𝐤𝐢𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐚𝐫𝐫𝐞𝐫𝐚 é uma artista que admira quem escreve sobre seus sentimentos.
𝐣𝐚𝐦𝐞𝐬 𝐣𝐚𝐜𝐨𝐛, mais conhecido por jj, é um ótimo jogador de futebol e é caidinho na melhor amiga da sua irmã.
Será que bilhetes com letras em caixa alta...
- obrigada pela carona jacob, me fez economizar uma grana. - olhei em sua direção e tirei o cinto, seus olhos vieram até mim e me olharam.
- posso fazer uma pergunta?
- pode, mas não garanto que eu vá responder. - falei e ele riu.
- a sarah falou que vc gosta de cartas e presentes, essas coisas, porque? tipo, vc teve alguém que fazia isso por você?
- a sarah é uma bela fofoqueira, nunca vi.
- se não quiser responder tudo bem estrelinha, só tava curioso. - ele sorri de canto, ainda me olhando.
- eu expliquei que gosto mt de livros e...
- não, quero a versão real disso tudo, sei que gosta de ler livros, mas pq vc gosta disso realmente? - respirei fundo e contei a ele o que nem a sarah sabe direito.
- meu vô faleceu a uns cinco anos atrás, ele era técnico de futebol, escrevia cartas na adolescência pra minha vó, foi assim que ele conquistou ela, e desde que ele me contou isso eu queria alguém que fizesse isso por mim, eu sempre fui fã de comédias românticas onde o homem era mega apaixonado pela mulher e faria de tudo por ela, mas todo mundo sabe que isso não existe, mas eu imagino ainda... eu ainda imagino que talvez alguém escreva cartas pra mim, pra me conquistar, assim cm meu vô fazia para minha vó. - olhei para o meu tênis que estava meio sujo do dia que tinha enfrentado, virei meu rosto e a ficha caiu que talvez eu tenha falado demais, talvez eu tenha assustado Jacob com toda essa história idiota do meu avô e de cartas idiotas de amor. - merda, eu falei demais, sei que pareço uma garotinha de 9 anos, que acredita no amor como algo que salva e que tudo é mágico e acaba feliz pra sempre.
- não. - sua voz invadiu o carro, ele levou sua mão até a minha, pousou suavemente e me olhou novamente. - não é idiota, se importa pra você não é idiota, kiara, acho lindo você acreditar nisso tudo, o amor é realmente algo lindo. - ele suspirou fundo como se algo estivesse preso na garganta. - eu faria isso por você, você é uma mulher incrível.
e foi exatamente ali que james jacob me matou, como assim ele faria aquilo por mim, ele nem lê livros, muito menos tem cara que faz essas coisas de comédia romântica, mas ele faria por mim?
- eu preciso entrar. - falei logo após encarar seus olhos azuis cor oceano e ficar totalmente sem ter o que falar.
- tá bom. - ele soltou minha mão e sorriu pra mim. quando fechei a porta, ele abaixou o vidro e gritou. - hey, estrelinha, eu não falei nada de errado né?
- não, tá tudo certo loirinho, fica tranquilo, inclusive obrigada por se importar e pela carona.
- as ordens patroa, se precisar de ajuda com a mudança, só me chamar. - sorri e entrei dentro de casa, sem olhar agora trás, mas soube exatamente quando ele saiu da vaga, assim que fechei a porta da frente o motor do seu carro ligou e foi sumindo no meio da noite. o que exatamente tinha acontecido?
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