cartas de amor • jiara!

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ouço batidas na porta e sei que é o pai de jj, depois de uma semana pensando em como fazer isso da forma menos desconfortável, ele optou por chamar ele na sua casa!

- amor, tô nervoso.

- vai dar tudo certo j.

ele sorri de canto e seus olhos me fitam, me fazendo perder o rumo naquele azul celeste.
ele caminha até a porta e suspira fundo antes de abrir a mesma e encarar a figura do homem de terno e cabelo penteado para trás presente na sua frente.
dando espaço pra entrar, ele se aperta entre o jj e a parede, entra e se senta na cadeira.

- oi Kiara, não sabia que vc estaria aqui.

- oi senhor. - sorrio de nervosismo, esse cara tem uma energia de gente estranha.

maybank se senta só meu lado e encarar seu pai, esperando ele tomar a frente e começar a se explicar, mas nada acontece, ficamos ali pq parecia por uma eternidade naquele silêncio constrangedor.

- ok, jacob eu sinceramente preciso te dar desculpas, não sei o que posso fazer pra você me querer de volta na sua vida. o que eu fiz foi errado de todas as formas possíveis, mas na época eu estava abalado demais, estava entrando em depressão e a maneira que achei de me livrar desse sentimento de solidão que tinha dentro de mim era ir atrás do meu sonho. - ele sorri fraco e jj cruzamos braços. - quando eu finalmente conquistei o que queria, percebi que na verdade a solidão que apertava em meu peito era falta do amor do meu filho, vc estava distante e eu nunca conseguia te mostrar realmente o quanto te amava e o quanto vc era importante pra mim. seus sentimentos não eram mais os mesmos, vc nao saia de casa e eu nao sabia oq fazer pra mudar isso. então eu fugi, com medo, igual um babaca idiota egocêntrico, achando que eu encontraria a vida que tanto almejava longe de você.

jj estava com lágrimas nos olhos e tudo que eu queria era abraça - lo, então como forma de conforto coloquei minha mão sob sua perna acariciando e esperando que ele entendesse o que queria lhe falar.

- não sei em que momento a gente se perdeu filho, se foi por causa da situação que nós encontrávamos, se foi pelo meu ego estupido e enorme ou foi quando vc não falava mais comigo fazia dias, eu não sabia o que passava na sua cabeça, meu sentimento mais forte era que você me odiava.

- nunca te odiei. mesmo quando você fez por merecer.

- eu entendo, agora eu entendo completamente, voce estava perdido e eu também, precisava de alguém pra te consolar e eu também, acho que foi aí que esquecemos quem somos e fomos cada um pra um lado.

- pai, eu não sei o que falar. foram muitos anos longe, porque não voltou antes?

- eu não sabia se você ia me aceitar, na verdade sabia que ia me rejeitar, não queria ter esse sentimento de rejeição de alguém que eu amo tanto. sempre amei.

- não sei se confio em você.

- não precisa confiar, um dia você talvez entenda o meu lado também, quando acontecer isso promete me mandar mensagem. eu estarei te esperando. - o pai de jj se levanta da cadeira e entregue um envelope a jj, com um coração na frente e o nome de sua mãe escrito. - ela fez isso no último aniversário seu. disse pra te entregar quando perceber que era hora, não faço ideia do que tem aí, mas saiba que a gente te amava muito Jacob.

jj confirma com a cabeça e segura o envelope, percebo que está tremendo, não sei se é nervosismo ou medo do que encontrar ali. a porta se fechou e o silêncio pairou sobre nós de uma forma estranha.

- você não precisa abrir se não quiser.

- eu vou, é da minha mãe, só preciso de coragem.

- você é o homem mais precioso e incrível que eu já conheci amor. - ele sorri e me dá um selinho rápido, limpo suas lágrimas da sua bochecha e sorrio também.

ele enfim abre o envelope e nele tem uma carta com uns letra bem bonita, um colar de coração e um anel que provavelmente eram de sua mãe.

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