CAPÍTULO III. EU AINDA IREI TE CONQUISTAR

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CAPÍTULO III. EU AINDA IREI TE CONQUISTAR

Na manhã seguinte Edmundo tentava entender o porque o tempo não parecia mais tão fresco como deixou antes, também tentava entender o porque de seu corpo está trêmulo e muito mais gélido que o normal, seus poderes agora estando fora de controle e nem mesmo ele entende o que está acontecendo.

- Ed, talvez seja melhor você não tocar em mais nada - Pedro disse ao seu lado na cama, Edmundo reconheceu a voz preocupada do irmão - Talvez...seja alguma gripe, ou febre.

- Mas faz anos que Edmundo não fica doente - Susana interviu, a voz igualmente preocupada como a de Pedro - Se ao menos tivéssemos uma chance de entender o porque disso.

- Você vai ficar bem - Lúcia sussurrou se aproximando para tentar tocá-lo, Edmundo se afastou trêmulo até se sentar na sua cama.

- Não se aproximem muito, posso te congelar por acidente - Edmundo murmurou assustado.

Edmundo constantemente mostra sua pose séria e arrogante, por mais que ele não se considere alguém deste tipo, apenas gosta de se mostrar assim porque as pessoas se intimidam fácil, costuma ter mais facilidade em uma conversa. Os adultos tendem a pensar que alguém de sua idade não tem competência o suficiente para governar um Reino, Edmundo discorda totalmente, ele sofria constantemente quando tentava falar e sempre tinha alguém o interrompendo ou indo contra sua opinião apenas porque consideravam a idéia de que uma criança não tem conhecimentos, com o tempo Edmundo começou a ficar impaciente, a sua pose arrogante e olhares mortais foram as maneiras de como ele aprendeu a evitar esse tipo de falta de respeito, as pessoas o respeitavam por mais que seja por medo e não respeito, Edmundo não considera esse o melhor tipo mas foi o único jeito, intimidá-los, ou era fazer isso ou não ser ouvido, foi fácil de escolher.

Ninguém entende o que aconteceu em tão poucas horas. Edmundo saiu bem do jantar, ele conversou com Caspian normalmente e até mesmo se sentiu um pouco culpado por ser tão rude com o príncipe, a maneira como ele abaixou os olhos e pareceu tão intimidado fez sua mente pesar em culpa, mas ele não admite que estava errado porque Edmundo nunca está; Caspian deveria estar cortejando Susana e não ficar tentando amizade com ele sem necessidade, as vezes até notava alguns olhares e sorrisos maliciosos dados em sua direção, óbvio que ele achou isso uma tremenda falta de respeito. Caspian como príncipe herdeiro e provável prometido para uma Rainha de Nárnia deveria agir com mais respeito e dedicação, aquele homem atrevido e sem vergonha alguma.

Mas o foco não é Caspian, o foco é que após se afastar Edmundo sentiu dor em todo o seu corpo, durou pouco, apenas alguns segundos e se curou rápido, o problema maior aconteceu depois quando ele tentou tocar na porta do seu quarto e ela simplesmente se transformou em gelo transparente na sua frente, o ar frio emanando dos cristais e do próprio Edmundo que foi tão forte a ponto de congelar uma pequena parte do chão onde o narniano estava. Edmundo precisou chamar seus irmãos que abriram a porta e o colocaram para dentro com extremo cuidado e sem tocá-lo.

Ele também tentou beber um copo de água mas o corpo congelou, a água dentro se transformou em pedra, tudo que recebia seu toque se transformava em gelo como se fosse um maldito conto grego antigo.

Esse descontrole não foi plenejado e seus irmãos estavam em desespero por não ter respostas, porém Edmundo teve uma pequena teoria da qual nunca compartilhou com eles e espera que não seja esta a oportunidade para revela-lá.

Edmundo com o título de rei dos céus tem maior facilidade com coisas relacionadas a sua parte; as nuvens, estrelas, a lua, a neve, a chuva e qualquer coisa que envolvesse o céu e o ar podiam ser dobradas e feitas por ele, não é normal que saiam do controle como está acontecendo.

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