CAPÍTULO XII. CONVERSAR É A MELHOR SOLUÇÃO

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CAPÍTULO XII. CONVERSAR É A MELHOR SOLUÇÃO

Caspian não teve tantas experiências românticas como muitos imaginam, ele já trocou alguns toques singelos de lábios com algumas mulheres ou homens que trabalhavam no castelo em Telmar já que não podia sair com frequência, nada que passou a ser próximo de relações mais quentes. Isso até chegar em Nárnia após ser preso por seu próprio tio e ter uma bela visão de Edmundo ao seu lado.

No início o príncipe pensava em Edmundo como um desafio a ser superado, ele é um homem bonito, sorrisos brilhantes e as íris tão lindas que o faziam ficar hipnotizado, Caspian não entendeu o porque aquele rei agiu de maneira tão fria com ele e até se sentiu mais motivado a tentar a cada momento que Edmundo o olhava mortalmente ou o atingia com palavras como ataque.

Mas naquele momento, enquanto Caspian estava sentado em uma cama de um quarto qualquer em Nárnia - ele tem certeza que é Nárnia - e foi pego de surpreso pelos lábios de Edmundo aos seus, foi como se tudo no mundo não importasse e a única coisa que ele deveria focar era em Edmundo, era naqueles lábios macios, naquele beijo discreto e inexperiente. Caspian esqueceu até mesmo do seu próprio nome, tudo que ele queria era mais e mais de Edmundo, dos beijos passou para alguns beijos no seu pescoço e seu próximo passo seria descer suas mãos por todo o corpo do rei.

Caspian terminou o beijo atordoado, animado, hipnotizado e sem saber onde estava; o que o manteve minimamente no mundo real era a forma como Edmundo estava após se separarem daquele beijo, o rei estava acompanhado de lábios vermelhos como morangos juntamente com suas bochechas, nariz e um pouco das orelhas, seus olhos estavam arregalados mas as íris cheias de um brilho como cristais, seus cabelos bagunçados mesmo que Caspian não se lembre do momento que chegou a tocar nos fios negros do rei, ele sequer percebeu o que fazia porque só seguiu em frente aproveitando a sensação avassaladora que foi aqueles lábios.

Eles ficaram alguns segundos se encarando em um silêncio confortável; Caspian admirava o quanto Edmundo está lindo e bem ali em sua frente depois de tanto tempo longe do seu amado, o príncipe chegou a pensar que fosse desenvolver alguma depressão pela saudade que estava dos comentários sarcásticos e olhares mortais do rei justo, foi um alívio e ao mesmo tempo uma diversão quando Caspian acordou vivo e ao seu lado estava Edmundo com olhares de preocupação.

Ele não estava preparado para aquele beijo, nem imaginava que algum dia isso fosse chegar porque Caspian estava tão cheio de determinação mas ainda inseguro.

O telmarino jurou que Edmundo o mataria algum dia, tanto pelo vermelho espalhado pelo seu rosto, seus cabelos e oh céus...Edmundo estava sentado no colo de Caspian, a sensação de excitação foi tão grande que o príncipe mal se lembrou que talvez estivesse machucado ou fraco por ficar sem comer bem por dias.

Edmundo Pevensie seria a culpa de sua morte e no fim Caspian morreria feliz mesmo que por um mísero toque de lábios.

Edmundo foi o primeiro a perceber que estavam tempo demais encarando um ao outro, foi o primeiro a desviar o olhar envergonhado enquanto Caspian o admirava em uma mistura de confusão e admiração. Na mente do príncipe rodava diversas questões incluindo as que ele se questionava se talvez conseguiu a confiança do rei, aquele beijo tem que significar algo, certo?

- Você vai ficar parado me olhando como se tivesse crescido um terceiro olho na minha testa? - Edmundo questionou apertando os olhos com aquela sua típica expressão irritada, seus olhos passavam uma mensagem de que bastava uma palavra errada e Caspian seria morto.

Seria estranho dizer que Caspian ficou excitado com tal imaginação? Ou também ficou excitado ao ouvir a voz de Edmundo o atacando com palavras? Como Caspian sentiu falta de ouvir essas ameaças e afronta do menor.

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