O clima de Los Angeles não estava normal, o costume era ser bastante ensolarado com um calor infernal, mesmo sendo australiano e acostumado com um clima relativamente parecido com o do inferno, Los Angeles costumava ser um segundo inferno e que eu pessoalmente odiava. O clima estava chuvoso, desde a hora que cheguei em casa até agora a chuva havia engrossado e a cada minuto era possível ver e ouvir raios e trovões, como mencionei antes, não era típico daqui.
Eu abro a porta para os dois policiais para que eles entrassem, vejo um deles entrar e analisar a casa inteira, o outro policial era alguns centímetros mais alto que eu pigarreava como se estivesse escolhendo quais palavras usar para iniciar o assunto, Oficial Martinez, como estava em seu distintivo anda em minha direção soltando um longo suspiro, enquanto suas mãos grossas e ásperas iam em direção aos meus ombros.
- Michael Clifford, correto? - o policial falava com sua voz tentando soar o mais calmo e transparente o possível. - S-Sim, sou eu algo de errado? - nesse ponto eu estava tremendo mais que vara verde, não sabia porque diabos eles estavam em minha casa e analisando tudo atentamente, eu estava nervoso e parecia que eles estavam enrolando de propósito. - Precisamos que o senhor nos acompanhe até o necrotério para identificar um corpo, julgamos ser parente próximo da suposta vítima, encontramos apenas uma foto que julgamos ser do senhor. - Dessa vez quem referiu a palavra para mim foi o xerife Montgomery, o homem mais velho e feições cansadas me entregou uma foto, era eu quando mais novo... Eu deixo um breve sorriso escapar por ter algumas memórias desse dia em específico, memórias boas e ruins... Eu viro a foto no verso e vejo uma caligrafia muito conhecida, estava toda borrada e com algumas manchas de sangue fresco o que me arrepiou por completo, dava para ler os seguintes dizeres: 'Uma foto de quando meu garotinho era normal, sinto saudades do meu bebê pequeno... Mikey por que você teve que se tornar uma aberração?'. Aquilo doeu muito, não só pelo teor da frase, mas por lembrar do dia em que eu me assumi para os meus pais.
Me lembro como se fosse ontem, ainda morávamos na Austrália na época, lembro que eu tinha recém feito 14 anos e eu queria contar aos meus pais, não aguentava mais guardar aquele segredo e aquilo me corroía muito. Estávamos todos jantando, meu pai reclamando sobre seu emprego, mamãe fofocando sobre a vizinhança e contando da suposta traição da Senhora Lovelis, quando eu finalmente decidi jogar a 'bomba' para cima deles.
Sou completamente retirado de meus pensamentos quando o oficial Montgomery pigarreia me chamando a atenção, eu dou um sorriso frouxo e amarelo enquanto eu o entregava a foto. - Como ia dizendo, queremos que o Senhor nos acompanhe até o necrotério, creio que não vá querer ir de... hm... babydoll Senhor Clifford. - eu estava com o meu moletom por cima, mas ainda dava para ver meu pijama, eu sinto meu rosto esquentar quando o oficial faz um breve comentário sobre minha vestimenta, enquanto o outro me encarava com olhos muito afomentados. - Hm, sim... Er... Eu vou me trocar, prometo ser o mais breve possível senhores. Fiquem a vontade. - Dou meia volta e subo as escadas indo para o meu quarto, eu me troco rapidamente enquanto tentava compreender o que se passava em minha mente, tentando compreender o que estava acontecendo.
Por fim, me visto o mais confortável o possível e volto para sala, vendo dois policiais completamente impacientes andando de um lado para o outro. Assim que eu chego eles me direcionam para a porta da casa me conduzindo até a viatura, antes de entrar na mesma eu tranco a porta e dou um longo suspiro. A chuva caia de forma violenta nos vidros da viatura e os trovões vinham de forma cada vez mais rápida, parecia um típico cenário de filme de terror.
Não sei dizer quanto tempo se passou até chegar ao necrotério, mas sei que em um piscar de olhos eu já estava naqueles corredores medonhos, sentindo aquele ar gélido e de morte, eu sentia cada vez mais arrepios a cada passo que eu dava, sentia como se estivesse a todo tempo sendo observado e acariciado, era uma sensação completamente desconfortável. Eu adentro uma das salas com os oficiais ao meu encalço, a legista Dra. Lavigne me olhava com pena, eu não entendia ao certo, mas acho que deveria me preocupar, a loira para ao meu lado segurando o meu queixo enquanto dava o seu melhor sorriso caridoso. - Está pronto? - ela me dizia na esperança de que eu não concordasse e que eu saísse o mais rápido dali o possível, mas para sua infelicidade eu aceno a cabeça em afirmação. - Pronto, pode abrir. - Assim que eu falo, Dra. Lavigne anda até uma das portas de gavetas e puxa uma esteira, lá dentro era possível ver o cadáver. Meu corpo congela e eu começo a entrar em desespero, aquilo não poderia ser real.
chapter dedicated to my friend @delpjm , if I didn't post it she would probably kidnap me and put me in captivity;-)
Espero que tenham gostado desse capítulo, era para eu ter postado mais cedo, mas acabei tendo alguns imprevistos como: ter uma crise existencial e fiquei deprimida para caralho. Mas como prometido, o capítulo está na mão! Em cada atualização vou colocar algumas perguntinhas, apenas para interação. Caso se sintam confortáveis em responder, vou ficar feliz em interagir com todes! A foto em questão do capítulo é a que está na mídia. Como não carregou a porra da mídia, essa aqui é a foto:
With Luv,Mxxx
Qual o nome de vocês? O meu é Milena.
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My heart so full of you, I can hardly call it mine.
FanfictionUm Astro do rock, um coração quebrado. Duas realidades completamente diferentes, o que pode acontecer?