Prólogo

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Lembra do voto, boa leitura e se possível comentem bastante.


21 de agosto de 1992

Moon Elizabeth Mungus

Meu ano tinha que ser perfeito.

E eu não estou fantasiando como as adolescentes da minha idade que querem arrumar um namorado bonito e ter saídas escondidas para armários de vassouras por pura adrenalina.

Eu precisava que academicamente falando, meu ano fosse perfeito. Eu já havia atingido meus dezesseis e logo faria dezessete, em um ano seria maior de idade e o pânico da vida adulta me batia com força. Se eu falhasse em um único exame sequer ia arruinar todo o meu futuro e não conseguiria ser uma medibruxa e logo estaria morando na rua tendo um melhor amigo chamado Floyd, que só para contextualizar seria meu tênis direito furado e encardido.

E especificamente o direito, não falamos sobre o esquerdo. Ele nos abandonou na primeira oportunidade.

O pior é que eu prometi a mim mesma ter um bom descanso depois dos NOM's, férias relaxantes trancada no meu quarto lendo algo que não fizesse parte da grade curricular para me preparar psicologicamente para o ano que estava por vir. Havia comprado um dos livros trouxa de romance que minha mãe gostava, tinha tudo planejado.

E na primeira semana havia falhado miseravelmente com essa promessa, minha moral comigo mesma era zero, na verdade zero era um número muito alto se fosse analisar bem. Me confortei que era tarde demais para voltar atrás quando Meg, minha amiga e colega de quarto, me mandou um um berrador ameaçando mandar mais dez se eu não fosse com ela a festa na casa de um tal de Andrew Cleveley.

Aparentemente eles dois estavam ficando e ela não queria ir só. Fui pedir permissão aos meus pais torcendo para que eles negassem, mas era um evento raro eu querer sair e minha mãe animadamente me arrastou para fazer compras. Eu quase sentia pena dela por não ter uma filha feminina o suficiente para ter como passatempo sair para fazer compras com ela.

Mamãe era uma beldade, quase uma deusa Africana enquanto eu era só... eu. Não via sentido em me arrumar, não ia melhorar nada. Respirei aliviada por ser uma loja trouxa e não ia encontrar ninguém da escola vendo minha mãe me oferecer vestidos minúsculos que obviamente não combinavam com meu peso extra.

- Ele vai ficar perfeito, todos vão olhar para você - eu não conseguia a impedir, parecia tão feliz que não quis partir seu coração - vá provando e já te levo mais alguns.

- Certo - murmurei derrotada, determinada a achar o menos pior e sair dali o mais rápido possível. Passei a mão por alguns cabides e travei quando ouvi a voz anasalada irritantemente familiar. Fugi para o primeiro provador que achei.

Entrei de costas vendo pela fresta, era a Karen Brown, da sonserina. Uma das poucas nascidas trouxas daquele lugar e a mais insuportável que conhecia. Se não ficasse atenta ela colocaria chicletes no seu cabelo e o pé para tropeçar, isso num dia em que estivesse de bom humor.

- De quem estamos nos escondendo? - ouvi uma voz masculina e quase gritei assustada me lembrando no último segundo que que estava escondida.

- Você quase me matou do coração - recuperei o fôlego, elevei o olhar e era um garoto da minha idade com um sorriso de canto e uma sobrancelha arqueada. Pude observar um pouco do seu rosto já que seu peito nu chamou minha atenção. Tapei os olhos, constrangida - desculpe, não sabia que estava ocupado.

- Sem problemas - ficou em silêncio por alguns segundos e depois prosseguiu - eu devia continuar me trocando ou...?

- Certo, desculpe, estou indo - quase corri para fora do lugar, me esquecendo totalmente porque havia entrado ali. Infelizmente foi tarde demais quando lembrei, dando de cara com a Srta. Brown.

- Eu tenho que ver essa sua cara feia até aqui - emitiu um som de nojo e quis lhe azarar.

- Ei baby, que tal ficou? - o garoto de antes saiu do provador chamando a atenção para si dando uma voltinha com a blusa preta com enormes flores rosas que estranhamente combinavam com ele.

- Vocês se conhecem? - Karen nos olhou surpresa.

- Olá Karen, sempre um desprazer te ver - falou secamente para a garota - e não me mande mais cartas, como pode ver estou ocupado.

- Seu... - virou chocada demais para um bom xingamento pisando duro para fora da loja.

- Você acabou de foder a minha vida, ela vai me infernizar - absorvi a informação que ele era de hogwarts tentando me lembrar se já o tinha visto antes.

- Não se preocupe, logo ela esquece - deu de ombros - e você não disse se estou bem.

- Use uma calça clara com essa blusa e vai combinar melhor - analisei seu jeans surrado - eu tenho que ir.

- Nos vemos por aí - acenou sem me impedir de me afastar com o mesmo sorriso de canto nos lábios, ele era bonito então entendia a Karen - a propósito, meu nome é Oliver. Oliver Wood.

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🌑 Nós vemos no próximo capítulo 🌑

Yes, sir captain - Oliver Wood (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora