Capítulo 49

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Meta batida ❤️ eu só tô postando agora para que quem fosse fazer o Enem pudesse se concentrar sem a ansiedade de ler o capítulo novo, conforme avisei nos avisos do perfil.

Vamos agora a um dos capítulos favoritos de uma das minhas betas que nos últimos meses colocou uma das frases no status do WhatsApp (conto no final qual).

Lembra do voto e boa leitura.

06 de fevereiro de 1994

Karen Brown

Tinha sido uma semana infernal, Roger tinha me encontrado no meio da semana passada e nem ao menos pediu desculpas, só ficou puto por eu ter sumido num momento que precisava de mim. Respirei fundo tendo que me manter ao lado dele por enquanto, me desculpei e disse que tinha muito o que estudar e que meus professores estavam me sufocando nos trabalhos. Ele compreendeu por incrível que pareça e me deixou em paz desde então.

Acabei passando as noites depois que o salão se esvaziava ficando com o Marcus na comunal, nunca aconteceu nada além dele me segurar ocasionalmente, mas ficava ao seu lado o vendo organizar pilhas de documentos e fazer anotações, cheguei a ajudar um pouco arrumando-os por ordem cronológica. Ele me contou que o pai pretendia o treinar depois da escola então ele assumiria os negócios para que os pais pudessem viajar e curtir um tempo a sós numa boa vida de jovens aposentados.

Acabava adormecendo com a cabeça em seu colo e só me acordava para que eu fosse dormir na minha cama já que tinha terminado suas obrigações, ele jurava que eu não o atrapalhava e preferia fazer isso quando não tinha pessoas por perto o incomodando, mas minha presença não o afetava negativamente. Com o tempo comecei a lhe ajudar em suas lições eu era boa na escola, era a única coisa que realmente era boa, descobri que ele realmente não era burro, apenas a maioria dos conteudos não lhe chamavam atenção.

Ele me contou sobre sua família, seus sonhos, seus arrependimentos e sobre como se sentia bem como se finalmente tivesse achado seu lugar cada vez que seu pai lhe enviava uma nova leva de documentos e os organizava no seu sistema de cores, fazendo planilhas a mão. Parecia um garotinho feliz quando me mostrou a carta do seu pai que dizia estar orgulhoso do seu bom trabalho.

- Eu nunca comi aqui - olhei curiosa para a vista da torre de astronomia.

- Eu trouxe um dos meus casacos para você - ele colocou por cima dos meus ombros e esfregou meus braços para que eu me aquecesse - não é realmente proibido e ainda não é toque de recolher, se não sairmos tarde vai ficar tudo bem.

- Eu tenho que confessar que estou com fome - ele sorriu me levando para a toalha estendida no chão e colocou uma colcha em cima das minhas pernas, começou a puxar comida da cestinha que tinha trazido - não parece a comida dos elfos.

- Porque não é - pegou uma garrafa de vinho, velas e taças - eu te disse que te pagaria o jantar, pegar a comida nas cozinhas quebraria o sentido da coisa.

- Como você conseguiu? - Havia frutas, geleias, queijos, pães e folhados. Os produtos tinham embalagens douradas e bonitas como se fosse algo que você pagaria caro em alguma cafeteria chique.

- Pedi ajuda a minha mãe, eu vou te levar para jantar decentemente depois, mas nenhum bom prato ia ficar bom numa embalagem para viagem - franziu a testa com o pensamento enquanto abriu o vinho - ela disse que um tinto leve ia combinar com a refeição, mas nos mandou não beber muito porque estamos numa escola.

- Eu ainda não sou maior de idade - falei sem graça, eu em breve faria dezessete, mas por ter repetido um ano o Marcus beirava seus dezenove.

- Eu não conto se você não contar - me serviu um copo - porém essa vai ser sua única taça.

Yes, sir captain - Oliver Wood (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora