05.

1.2K 158 67
                                    

Meu corpo está pegajoso, completamente suado. Minha cama está uma bagunça, assim como todo o quarto.

Retiro alguns cachos do meu rosto, minha respiração está pesada e mantenho as pernas bem pressionadas enquanto elas tremem fortemente. O efeito, do recém-orgasmo, ainda flutua no meu corpo, gozo está espalhado pela minha barriga e lubrificação pelas minhas pernas.

Pressiono o rosto contra o travesseiro, esperando até que meu corpo relaxe por completo.

O nome dele continua flutuando por toda minha mente, com memórias bem frescas de todas às vezes que gozei chamando por ele. De todas às vezes que fechei meus olhos e imaginei ele ali, me tocando, me beijando, me fazendo gozar.

Um grunhido insatisfeito sai pela minha garganta ao sentir a realidade caindo sobre minhas costas.

Passei o cio inteiro implorando por Louis.

— Não acredito nisso. — resmungo para mim mesmo.

Balanço a cabeça de um lado para o outro, como se esse fato fosse deixar de existir no próximo segundo. Como vou olhar para ele depois disso?

Sinto a vergonha se apossar de mim e devido à sensibilidade também sinto meus olhos ardendo.

Espero alguns minutos até que eu consiga ficar de pé e analiso bem todo o ambiente, pego uma bermuda e a visto, melhor limpar tudo antes de tomar banho. Começo pelo quarto, trocando os lençóis da cama, limpando tudo que está jogado no chão, levo cerca de meia hora para limpar tudo, desço até a cozinha e felizmente o restante da casa está em perfeito estado.

Massageio meu ombro ao subir de volta para o quarto, e vou direito para o banheiro. Lavo meu cabelo e todo meu corpo com muita calma, escovo os dentes e passo bons minutos me encarando no espelho.

Em tempo real, vejo minhas bochechas ficando rosadas ao lembrar de como implorei por Louis, por sete dias seguidos. Não sei como vou fingir que isso não aconteceu, não sei como vou ficar perto dele sem me sentir envergonhado por isso.

Esfrego as mãos no meu rosto, para tentar dissipar a vergonha. Volto para o quarto e sento na cama, meu celular apita com várias notificações e mensagens. Respondo algumas e pairo sobre o contato do Niall. 12 mensagens dele. Reviro os olhos já sabendo o que deve ter ali.

Inúmeras insinuações sobre eu estar com Louis no meu cio, as ignoro e apenas digo um "estou bem".

Disco o número da minha irmã e espero até que ela atenda, eu definitivamente preciso conversar com alguém.

— Dá para fechar a boca e parar de me encarar dessa forma? — o repreendo ao ver Niall na mesma posição por mais tempo do que deveria.

Termino de limpar o balcão e me ponho ao lado dele novamente, não está tão movimentado hoje, então felizmente consigo conversar com ele sem outras pessoas ouvindo.

— Você está ignorando ele? — Niall arqueia as sobrancelhas, e bufa baixinho quando desvio os olhos.

— Não ignorando... Apenas evitando estar nos mesmos lugares que ele. — justifico.

— Harry, você está dando a volta no quarteirão para poder chegar em casa, sem precisar passar pela casa dele? — ele soa chocado e eu apenas dou de ombros.

— Não me olhe dessa forma, ok? Eu não consigo olhar para ele, somos amigos, ele tem me acolhido, me ajudado, e é para ser só isso, amizade.

— Eu sou seu amigo, isso quer dizer que você geme meu nome também? — ele provoca.

Change || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora