Change || Larry Stylinson

09.

Harry.

Me encaro no espelho por mais alguns minutos, cogitando a possibilidade de trocar de roupa, sei que está básico, mas é apenas um jantar na casa do amigo dele, um jantar de desculpas. Acho que Zayn me convidou apenas porque viu Louis incomodado com aquela situação, não sei se ele realmente me quer lá, mas é uma oportunidade de conhecer o ambiente que é tão familiar para Louis.

Me sinto nervoso, meu estômago parece estar dando piruetas dentro de mim, meu coração acelera do nada... Me sinto um bobo por estar assim apenas porque Louis vai estar lá, mas que culpa eu tenho? Ele é lindo e completamente intimidante, me sinto pequeno e vulnerável quando estou perto dele, mas também me sinto seguro e confortável.

Suspiro novamente, me encarando dos pés a cabeça, repetidamente. Quero estar bonito para ele.

Minha camisa preta de manga longa fica um pouco folgada, mas nada exagerado, a calça skinny jeans, também preta, é justa e parece quase uma segunda pele, molda bem as minhas coxas e minha bunda, tem o cós um pouco baixo, mas a camisa cobre totalmente, para não aparecer minha pele da cintura ou o cós da cueca. O tênis branco faz um contraste legal no visual. Para finalizar, coloco dois anéis na mão esquerda e um na direita.

Pego meu celular e verifico as horas, no mesmo instante ouço um carro estacionar, ao olhar pela janela não demoro a reconhecer o carro de Louis. Ele insiste em vir com o carro até aqui, mesmo que a gente more a cerca de 100 metros um do outro.

Acho extremamente fofo.

Desço as escadas com cuidado, respirando profundamente ao abrir a porta e me deparar com Louis pronto para apertar a campainha. Sorrio, um pouco tímido, mas animado, e fecho a porta atrás de mim.

Louis me analisa dos pés à cabeça, passando seus olhos por todo meu corpo, e vejo a sombra de um sorriso em seu rosto. Meu corpo fica levemente quente ao encarar seu peitoral em uma camisa branca, um pouco justa, seus braços parecem quase rasgar o tecido, ele é tão bonito, meu deus.

Sua calça, diferente da minha, é bem mais folgada, cai um pouco no seu quadril, mas o deixa extremamente atraente. Louis sorri para mim e estende uma das suas mãos, segurando a minha e deixando um beijo rápido, enquanto mantém seus olhos nos meus.

Meu peito aquece com seu gesto.

— Boa noite, alfa. — deixo um beijo na sua bochecha e inspiro seu cheiro.

— Boa noite, ômega. Você está lindo. — Louis passa a ponta da língua sobre o lábio inferior ao descer os olhos pelo meu corpo novamente. — Vamos?

Ele põe uma mão na minha cintura e me guia até o carro. Sinto meu corpo formigar, e o local onde sua mão está, parece pegar fogo de dentro da fora, o seu aperto é firme, nada doloroso, mas ótimo de sentir.

— Fico feliz que tenha aceitado o convite. — ele diz ao abrir a porta para mim. — Jamal já estava me interrogando para saber se você iria.

— Ele é um ômega bem esperto, para tão pouca idade. E é adorável também. — digo, quando Louis entra no lado do motorista.

— Ele é sim. Não se espante se Jamal ficar um pouco grudento hoje. — Louis me olha por alguns segundos, e volta sua atenção para o trânsito. — Jamal é muito gentil e gosta de toque físico, por gostar de você, isso quer dizer que ele vai querer ficar perto, o máximo que ele puder.

— Não se preocupe, alfa. Sempre me dei bem com crianças, elas me amam. Toques físicos não são um problema, então... — dou de ombros, e vejo-o acenar em concordância.