11.

1.7K 179 116
                                        

Louis.

Me encosto no carro enquanto espero por Harry.

Toda a casa está escura, apenas um cômodo está iluminado e chuto que seja seu quarto. Estou alguns minutos adiantado, mas faço questão de esperar que o relógio marque oito em ponto.

Ajusto as mangas do paletó e me desencosto do carro, dou a volta até a porta do passageiro e pego o buquê de rosas-vermelhas que comprei para ele.

Uma vez, em uma das nossas muitas conversas, ele mencionou sobre como acha essas rosas lindas, principalmente as vermelhas e brancas, também soube que ele nunca havia recebido um buquê, apesar de já ter planos de dar flores a ele, coletar essas informações me fizeram ter certeza de que seria uma boa ideia presenteá-lo com elas.

Subo os poucos degraus da varanda e paro em frente a porta, não preciso bater porque no mesmo segundo ele passa por ela, estancando no lugar ao ver as rosas na minha mão. Choque e admiração passam por seus olhos, e um belo sorriso surge para me receber.

E ele está... Impecável. Usando um terno azul bebê, inteiramente nessa cor e sapatos sociais pretos. Seu cheiro, como sempre, está delicioso, seu cabelo perfeitamente arrumado, com cachos grossos na ponta. Seus lábios parecem brilhar e chuto que seja algum gloss labial. Harry é perfeito, cada pedacinho dele.

— Boa noite, ômega. — me aproximo e pego sua mão, deixando um rápido beijo sobre ela, ainda segurando-a eu estendo o buquê. — Você sempre é tão lindo. Elas são para você.

Harry ainda me olha surpreso, seus olhos brilham ao encarar as rosas e seu sorriso se alarga ao segurá-las. Ele me dá um doce beijo no canto dos lábios, se afasta para cheirá-las e por fim passa o braço livre sobre os meus ombros. Não passa despercebido por mim a sua tentativa sutil de inspirar o meu cheiro.

— Boa noite, alfa. — Harry desce seu olhar pelo meu corpo e pisca devagar. — Uau, você sempre está deslumbrante.

É apenas um sussurro, meio tímido, mas chega aos meus ouvidos.

Uso um terno preto, blusa social branca abotoada até pouco mais da metade, parte da minha tatuagem do peito fica visível, sapatos sociais e minha correntinha que não sai do meu pescoço e Harry parece analisar cada uma dessas coisas.

— Obrigado. — acaricio seu rosto e preciso me segurar muito para não beijá-lo. — Vamos?

— As rosas são lindas, muito obrigado, alfa. Eu adorei. — ele leva o buquê até o nariz e inspira o cheiro delas novamente. — Posso guardá-las antes de irmos?

— É claro, ômega. Eu aguardo. — o tranquilizo e ele me convida para acompanhá-lo.

Harry vai até a cozinha e procura por algo onde possa encher de água para guardá-las. Vejo-o abrir alguns armários até encontrar o que procurava, enquanto ele se ocupa com isso, dou uma olhada ao redor. A cozinha é aconchegante e de tamanho médio, nada muito grande, mas nada minúsculo. A cor nas paredes é clarinha e combina com ele.

Algo que não passa despercebido por mim é o frio que faz aqui dentro, a casa não parece estar tão aquecida. Claro que não se compara com o frio que faz lá fora, mas ainda assim não é uma temperatura tão agradável para o aconchego de um lar.

— Meu aquecedor tem dado problemas, já faz uns dias. — ele diz, se aproximando de mim, parecendo ver no meu rosto a minha percepção da temperatura daqui. — Não tem aquecido muito bem.

— Você consegue dormir com esse frio? — sinto preocupação aflorar em mim.

Não gosto de imaginar Harry tendo uma péssima noite de sono devido ao aquecedor, sentindo frio intenso a noite inteira sem poder fazer nada a respeito.

Change || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora