confissão

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No outro dia na faculdade, estou encostada no carro esperando Tey para irmos embora quando vejo Lya no estacionamento.

Fico hipnotizada. Ela parece desfilar com aqueles saltos altos. Usando uma roupa branca. Apesar de ser calça, a parte de cima fica bem a mostra.

- Seu irmão já vem com o Gab

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- Seu irmão já vem com o Gab. Ele vai nos dar uma carona. Meu carro tá na oficina.

- Como que a faculdade deixa você usar essas roupas? - a pergunta não era pra ser em voz alta e a entoação foi toda errada.

O questionamento era bem interno, porque tudo que ela veste é sexy pra carlho e é um pecado eu precisar conviver com isso.

Ela me olha de cara feia.

- Você me odeia, por acaso?

Fico chocada com a pergunta, mas antes de falar qualquer coisa começamos a ouvir gritos. Olho entre os carros e vejo um tumulto de gente mais a frente.

- Parece briga. - comento. - Onde você falou que meu irmão está?

Ela arregala os olhos e saímos correndo. Chego mais rápido que ela, pois estou usando tênis. Empurro as pessoas até chegar ao centro. Meu irmão está batendo em um outro cara.

Puta que pariu!!!

Entro no meio e puxo ele, enquanto vejo Gab segurando o outro.

- Me solta seu bicha! - o homem que brigava com meu irmão grita para o Gab.

Quase não consigo segurar Tey quando ele ouve a ofensa. Quase sinto vontade de solta-lo. Fico triste que as pessoas ainda agem assim, mas também sei que não vamos resolver nada na violência.

- Não vai adiantar bater nele. Você vai acabar sendo expulso e ele vai continuar sendo homofobico. - murmuro no ouvido do meu irmão, tentando acalma-lo.

O outro cara se levanta, furioso.

- Não se pode mais falar nada hoje em dia. - Reclama.

- Faz um favor para todos os seres humanos e fecha esse lixão que você chama de boca, Fister. - Lya grita.

- Deixa pra lá. - Gab puxa o braço dela.

- Ouve sua namoradinha.

Ela abre a boca para revidar, mas um professor chega. Rapidamente os alunos se dispersão. Puxo meu irmão, ele está com a boca cortada e vermelha. Carrego ele até o carro.

Tey está com a mandíbula travada de raiva. Tinha muito tempo que não o via com tanta raiva. Ele não diz nada até chegar ao carro, quando acerta um chute no pneu. O alarme toca e ele pega a chave.

- Ele sempre faz isso? Aquele tal de Fister? - fico seria.

Existe muitos tipos de manifestar preconceito, mas o jeito que o Fister faz é um dos piores. É agressivo, fisica e verbalmente. Conheço seu tipo de longe.

EU QUERO SER SUA | sáfico 👩‍❤️‍👩Onde histórias criam vida. Descubra agora