𝐂𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐯𝐞𝐥 |𝐂𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨𝐬 𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝚎𝚗𝚝𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎s

🌿𝟎𝟏𝟗. 𝐀çõ𝐞𝐬.

Pov: Yago

Depois que Inês anunciou minha presença, todos ali presentes continuaram a me olhar confusos. E logo o homem ruivo que eles chamavam de tutu resolve perguntar.

- esse garoto não é um dos secundários? — Pergunta ele tentando forçar a sua memória com os braços cruzados.

- O que é que ele tá fazendo aqui. — questiona Manaus com a cara fechada.

- Vamos dizer que ele mudou de lado temporariamente. — Explica Inês com um sorriso de canto com seu tom de voz calmo.

O tal curupira se aproxima de mim desconfiado e para bem na minha frente se agachado um pouco e ficando  cara a cara comigo. E logo começar a falar em um tom ameaçador.

- Sabe quem muda de lado durante um conflito? Os traidores, merdinhas que fogem pra salvar seu próprio coro. toma cuidado garoto você não sabe aonde e nem com quem você tá de metendo.

- Eu não tenho o mínimo interesse em entrar pra essa aceita idiota. eu e a guardiã de vocês temos o mesmo interesse, E quando tudo isso acabar eu adoraria ver você ser o primeiro me agradecer por isso. — finalizo minha frase dando um sorriso maldoso.

- Você é realmente muito abusado garoto. — Fala Iberê irritado acendendo as chamas dos seus cabelos que queimam com intensidade.

- Iberê... — Inês chama a sua atenção.

Camila se aproxima ficando por trás do meu ombro, ao mesmo tempo o curupira revira os olhos para Camila e estala a língua saindo de perto de nós. A morena coloca a mão no meu ombro dando um sorriso seguido de poucas palavras.

- Fico feliz em te ver de novo... — Diz ela.

- Eu também... — Retribui o sorriso para a morena.

O saci e o boto permaneciam em silêncio somente observando. De repente a rachadura negra começa a se espalhar mais ainda bem no fundo do rio. deixando suas marcas mais visíveis debaixo d'água que secava aos poucos.

Logo uma energia dolorosa como se fosse um choque invade o corpo de todos ali presentes fazendo todos cairmos de joelhos no chão, Sentindo os nossos poderes serem drenados dos nossos corpos enquanto as árvores a nossa volta apodreçam lentamente.

𝑱𝒖𝒏𝒕𝒆𝒎 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒆𝒔...
é terão o resultado que deseja...

Uma voz calma e misteriosa fala dentro do meu consciente e logo trato de perguntar aos demais. Enquanto estamos nos esperneando de dor no chão.

- Vocês... Escutaram... — pergunto me contorcendo de dor.

- Escutamos... Mas como... Vamos fazer isso. — Camila responde também se contorcendo.

De repente me lembrei da conversa que escutei escondido da mariáh com o Chico pai.

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Nesse momento eu estava abaixado na janela da cabana do Chico pai, escutando a conversa de dois dias depois que a mariáh havia chegado com o Raoni do lado norte.

Chico pai: é como vocês fizeram com que aquela rachadura negra parasse de matar as plantas?

Mariá: Uma voz... "Liberem seus poderes é terão o resultado que deseja" foi isso que a voz disse. Então eu e o Raoni unimos os nossos pensamentos e os nossos desejos. e conseguimos selar aquela marca com um pedaço de Madeira graças a um poder extremamente grande que saia em forma de aura dos nossos corpos....