Yago/negrinho do pastoril
Horário 16:45Eu estava sentado nas escadas das ruínas do jardim. Pensando se o Jasper já havia dito alguma coisa pra a Tetê.
se meus poderes fossem um pouco mais fortes eu
poderia sair daqui sem dificuldade nenhuma. Essa é a desvantagem de ser o menos poderoso das entidades...Paro de pensar um pouco e continuo a observar atentamente o jardim quase vazio, até que inesperadamente a mulher alta de pele morena se senta ao meu lado me fazendo disfarçar o susto que tive.
- Desculpa, eu não queria te assustar. - diz ela com a voz mansa.
- me assustar. - bufei de um jeito debochado. - Quem disse que você me assustou?
- Não precisa ter vergonha. - Diz ela rindo da minha cara, apoiando o braço em um dos joelhos.
- O que você quer? - Pergunto seco olhando para a saída do jardim.
- só vim saber se você tá com fome. - afirma ela me olhando com gentileza me oferecendo um hambúrguer.
Já faz um tempo que eu não comia nada por estar tão preocupado com o corpo que eu havia escondido. Estava preocupado já que não era algo que eu costumava fazer.
Volto a minha atenção para a mulher e decido aceitar o lanche oferecido por ela.
- Porque está sendo tão gentil? - questiono abrindo o lanche olhando desconfiado pra ela.
- Você é só um garoto, porque eu teria que pegar pesado com você?
Mordi um pedaço do hambúrguer e engoli a comida, voltando o meu olhar para ela respondendo a sua pergunta.
- Porque você é uma primária?! E os primários não tem compaixão de ninguém?! - falo irônico.
ela respira fundo.
- Tá. vamos começar do início. eu sou a Camila.
A mesma estende a mão se apresentando.
- Yago.
Respondi de boca cheia ao mesmo tempo que limpo minha mão coberta de molho e retribuo seu aperto de mão por educação.
- pra mim também é confuso esse negócio de primários e secundários...
cita ela olhando para frente. Engoli novamente a comida que estava mastigando e tratei de responder a morena sobre isso.
- Não culpo você. A minha irmã sempre diz que precisamos ter cuidado, que devemos desconfiar de todos até das entidades mais boazinhas, Elas são as mais horríveis disfarçadas. - digo calmo olhando atentamente para o chão.
- Olha... Nem todos são assim. Eu sou prova disso. a cuca salvou e cuidou de cada uma daquelas pessoas que você viu, como se fossemos filhos dela. não dá pra dizer que ela é um ser tão horrível assim. - explica a moça com certeza na fala.
Ao escutar o seu pequeno discurso me levanto das escadas olhando entediadamente em seus olhos castanhos e questiono de um jeito frio.
- e a mariá? Quando acusaram ela de assassinato, o qui foi que a cuca fez?
Nada! Absolutamente nada! - começo a alterar a voz a medida que vou me lembrando do sofrimento da mariá. - Uma mãe não abandona um filho como ela abandonou a minha irmã! - Encerro o meu desabafo olhando com a cara fechada para a morena que me olha confusa enquanto pisca os olhos várias vezes confusa.Nossa conversa e cortada por uma voz tranquila que se manifesta vindo de trás de mim.
- Eu concordo com você, e entendo perfeitamente a sua raiva, nenhuma mãe abandonaria o seu próprio filho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐂𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐯𝐞𝐥 |𝐂𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨𝐬 𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝚎𝚗𝚝𝚒𝚍𝚊𝚍𝚎s
Hayran KurguAnos após todo o ocorrido que ouve no marangatu um sonho sem sentido vem até Luna trazendo uma nova preocupação de uma discussão entre entidades do passado que vem à tona fazendo com que a floresta se torne alvo de uma nova ameaça. enquanto do outro...