Narração Dulce
Depois daquele dia, daquela conversa, não consegui dormir direito, sempre pensando nele, Cristhoper Ucker, seus olhos, seu carinho e sua determinação quando me disse a semanas atrás que não vai desistir da gente, mas aí quando lembro da tal ligação com aquela mulher, no dia que contei toda verdade pra ele, percebi que não posso interferir na sua vida pessoal, sem contar que pode estar envolvido com ela.
Meus pensamentos foram interrompidos por Ana.
— Bom dia Senhora! Disse, animada.
— Bom dia Ana, e a Dorinha?
— Ainda está dormindo.
— Como é bom ser criança. Sorri.
— Com toda certeza, foi entregue essa carta, endereçada a senhora, hoje mais cedo. — Estendeu sua mão e eu peguei o envelope.
— Que estranho, quem usa cartas hoje em dia? Perguntei a mim mesma.
— Pois é. — Deu de ombros.
— Obrigada, assim que minha filha acordar, avise-me.
— Como quiser, licença. — Se virou e eu aproveitei pra abrir a carta.Carta do Christopher.
Olá minha amada Dulce, desde a nossa última conversa que não nos falando direito, mas não deixei de pensar em você por nenhum segundo, escrevo essa carta para que nada possa ser descoberto sobre sua questão particular, tenho um plano em mente que vai te ajudar a se separar e continuar com sua filha, por isso, preciso que me encontre neste endereço: ( Casa de um amigo do Christopher que está viajando, mas deixou a chave com a empregada) esteja lá às 19hs, não se preocupe com paparazzis, um motorista Uber da minha confiança vai te buscar aí no hotel as 18:30. Por favor, peço que venha, só assim poderei te proteger.
Beijo, até a noite.A carta tinha o cheiro dele, um sorriso se formou em meus lábios, mas logo o medo tomou conta de mim novamente, Pedro poderia descobrir algo e acabar comigo, por outro lado, essa era a minha chance de vencer meus traumas e me separar dele de uma vez.
Ana veio com a Dorinha até mim, escondi a carta rapidamente e abracei minha filha, em seguida, brinquei um pouco com ela e depois chamei Ana para uma conversa particular.
— Algum problema Senhora?
— Ana, você é a única pessoa que eu confio. — Segurei firme suas mãos.
— Claro, mas o que houve?
— A correspondência que você pegou é do Christopher... Há uns dias atrás, conversamos e eu contei a verdade pra ele sobre o Pedro
— Mas a senhora confia nele ? — Perguntou com medo.
— Sim, muito. Essa noite vamos nos encontrar, ele disse que tem um plano pra me ajudar, vou deixar meu celular com você. Temo que possa ser rastreado caso leve comigo, se alguém ligar, qualquer pessoa, você diz que não sabe onde estou. Tudo bem?
— Tudo bem. — Assentiu e eu fiquei agradecida.Narração Christopher
Passei o dia ansioso pelo encontro com Dulce, além do plano, terei uma conversa com ela sobre nós dois. Ajeitei algumas coisas e preparei um jantar, vai ficar receosa eu sei, mas acabará sendo convencida pelo cheiro maravilhoso da lasanha e o Bife a parmegiana, minhas especialidades na cozinha. Trouxe um vinho e arrumei a mesa, agora só falta ela chegar.Narrador observador.
Dulce se aprontava em frente ao espelho, colocou um vestido preto, uma sandália rosa, se perfurou e Respirou fundo antes de sair, entrou no Uber que já esperava ao lado de fora e foi.Narração Christopher
Quando a campainha tocou, meu coração acelerou, era estranho, parecia que íamos ter um primeiro encontro, quando na verdade apenas falaremos sobre o caso dela.
Fui até a porta e abri.
— Boa noite Dul, entre! — Falei empolgado.
— Boa noite Chris! obrigada. — Ela parecia com medo.
— Fique à vontade — Fechei a porta e ela se sentou no sofá.
— Não sabia que tinha um amigo por aqui...
— Pois é, nos conhecemos há uns 5 anos, viramos bons amigos. — Sorri.
— Que bom. — Sorriu sem jeito.
— Bom... — Não sei o porquê, mas estava muito nervoso. — O que acha de jantarmos antes de falar sobre o assunto?
— Jantar? — Pareceu surpresa — Não tinha pensado nisso, você...
— Sim, eu preparei um jantar pra gente, pelo horário, imaginei que não fosse comer algo antes de vir.
— Tá, tudo bem então, mas é só porque você quem preparou. — Sorriu, o que me deixou mais aliviado, estendi minha mão e ela se levantou para me acompanhar até a cozinha, colocamos a mesa e nos sentamos para jantar.
— Está bom? Perguntei enquanto servia uma taça de vinho pra ela.
— Uma delícia. Sorriu.
— Fico feliz em saber que gostou. Sorri de volta.
Nosso momento foi agradável, entre uma troca de olhares aqui e outra ali, não houve qualquer constrangimento, voltamos pra sala de visitar e sentamos no sofá, um ao lado do outro.
— Então... Você disse na carta que tem um plano. — Ela deu início a conversa.
— Sim, e vai dar certo. — Segurei firmemente suas mão. — Parece com medo... — Indaguei
— Um pouco... Até deixei meu celular no apartamento, não queria correr o risco de ser descoberta aqui com você.
— Eu imagino, fica tranquila, ninguém sabe que estamos aqui, o plano é o seguinte — Afastamos nossas mãos e eu continuei a falar — comprei uma mini câmera em um local seguro, você vai instalar no cômodo da casa que "vai acontecer" a briga, vou estar no hotel com as imagens em tempo real, assim como a polícia que será avisada — Sua expressão era de medo — Calma — Tentei tranquilizá-la — você não estará sozinha.
— Mas como vou fazer isso sem que ele perceba? — Estava aflita.
— No momento que tiver uma brecha, a instalação é muito fácil, vou colocar uma aqui depois pra você ver como faz, a Ana pode te ajudar com isso.
— E se não der certo? Se ele descobrir? — Levantou–se, se sentiu perdida, era notável seu desespero.
— Dul, não tenha medo, vou estar do seu lado, mesmo que num quarto de hotel, estaremos juntos, e se ele tentar qualquer coisa, não vai conseguir, não vou deixar que nada te aconteça. Acredita em mim ? — Toquei seu ombro e ela se virou pra mim, com os olhos marejados, apenas me abraçou, como se sua vida dependesse disso.
— Eu acredito em você! — Falou, com dificuldade.
— Confia em mim, nada vai dar errado, ele vai ser preso e você vai se ver livre e claro, poder ficar com a sua filha. — Acariciei seus cabelos, ficamos alguns segundos assim, depois fui até a cozinha pegar um copo de água com açúcar pra ela tomar. Enquanto tomava, pensei bem e achei melhor não tocar sobre o nosso assunto, embora esteja morrendo de vontade de me declarar pra ela, esse, definitivamente não era o momento certo.
— No que está pensando ? — Fui pego de surpresa, ela estava mais calma.
— Em te proteger de tudo isso, você não merece nada do que está passando.
— Obrigada por tudo Chris.
— Não tem o que agradecer. — Peguei o copo de suas mãos e coloquei na mesinha de centro.
— Agora vamos à prática, vou instalar uma das câmeras pra você ver como é.
— tá. — Estava insegura, mas sabia que não teria outras alternativas.
Após o exemplo de como fazer a instalação, ela me agradeceu novamente e disse que precisava ir.
— Tudo bem, vou ligar pro motorista para te buscar.
— Você vai dormir aqui ? Achei a pergunta curiosa.
— Vou sim, já estou aqui, porque não ? Sorri.
— Verdade — Sorriu. Eu... — Deu uma pausa.
— Você... Continuei
— Não é nada. — Disfarçou.
— Pode falar Dul. — Estávamos próximos a lareira, um ao lado do outro.
— É que eu vi uma mulher conversando com você no ensaio passado e ....
— Alícia, uma amiga. —Justifiquei.
— Hum. Pareceu não acreditar muito, mas eu estava adorando esse "certo" ciúme da parte dela.
Quando íamos continuar a conversa, o celular vibrou, era o Uber.
— O Uber chegou — Falei.
— Claro, já vou indo, boa noite.
— Boa noite Dul, a propósito — Respirei profundamente antes de falar — Você está linda !
— Obrigada. Sorriu sem jeito, dei um beijo no rosto dela e nos abraçamos outra vez.
— Até mais, Chris!
— Até mais.
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Destinados a ficarem juntos.
FanfictionO ano é 2023, a banda RBD resolveu se reunir e fazer a tão esperada Turnê, os fãs estão ansiosos, muitos anos se passaram desde a novela Rebelde, os atores seguiram outros rumos, casamentos, filhos, namoros... Mas será que agora algumas coisas vão m...