Cap 31

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Ucker narrando

12 dias depois...
Durante o período de Dulce na delegacia, eu e Dorinha estabelecemos uma conexão incrível, já via ela como uma filha e ela me via como um pai, estávamos um grude só, Dulce ficou encantada com a nossa proximidade, levei Dorinha pra ver a mãe todos os dias. 
O delegado viajou até a cidade onde tudo aconteceu, apurou alguns fatos, pegou algumas digitais e conseguiu resgatar o carro no mar, os destroços na verdade, deu pra conferir a placa e pegar algumas informações necessárias, não tinha vestígios do corpo de Pedro, o que era de se esperar, mas pôde ser encontrado alguns pertences dele, como um dos sapatos, dentre outros objetos...
Durante esses dias, a prisão de Dulce vazou na imprensa e foi o assunto mais comentado no mundo, ela ficou triste, mas não tinha o que fazer no mundo dos famosos, infelizmente essas coisas acontecem

— Meu amor! — Dulce se aproximou acompanhada de um dos policiais

— Minha vida, como você está? — Perguntei ao levantar do pequeno sofá da recepção

— Melhor agora, e confiante de que tudo vai se resolver — nos abraçamos

— Vai sim, o Advogado já está na sala de audiência — falei e ela suspirou aliviada

— Isso é ótimo, e a Dorinha?

— Com a sua mãe, não se preocupe

— Está bem, então vamos entrar que a audiência já vai começar — ela disse e nós entramos na sala, sentei no banco da platéia e ela sentou ao lado do Advogado
Em questão de minutos o julgamento começou, havia muitas pessoas ao lado de fora, uma comoção na verdade, todos torcendo por ela, no decorrer do processo, o Advogado falou em sua defesa enquanto ela relatava o caso, estava confiante de que tudo terminaria bem, mas não era tão simples como parecia, no intervalo para a próxima sessão, o Advogado conversou conosco

— E então, Paulo ? ( Nome do advogado) como estamos indo? — Dulce pediu

— É um pouco complexo, não vou negar, não há testemunhas do caso para te defender, e você ter omitido os fatos não ajudou em nada — explicou

— Eu sei, mas precisa ter um jeito — ela disse,  querendo chorar, me aproximei para abraçá-la

— Vai ficar tudo bem, nós vamos conseguir — beijei o topo da sua cabeça, segundos depois uma mulher se aproximou de nós, Dulce a reconheceu

— Você? O que está fazendo aqui? — indagou

— Vim testemunhar o seu caso, ainda dá tempo? — segurou as mãos de Dulce e eu e Paulo ficamos sem entender

— Como assim? O que você sabe do que aconteceu?

— Eu tava lá quando você atirou nele, na estrada de chão... — A mulher disse e Dulce se surpreendeu

— Mas eu te encontrei depois, você me seguiu?

— Sim, por isso te dei a carona até o aeroporto, você não quis usar o meu celular, só te encontrei porque o caso passou na televisão, quero te ajudar — Dulce sorriu emocionada

— Porque não me disse nada naquele dia?

— Você estava assustada, não queria te deixar com medo — afirmou e as duas se abraçaram

— Isso é ótimo, você vem comigo que vou comunicar ao Juiz, não temos muito tempo — Paulo disse, antes de conduzir a mulher até a sala

— Eu nem sei o que dizer, ela estava com duas crianças no carro, será que viram alguma coisa Ucker? — Me perguntou

— Não sei meu amor, depois você pode perguntar a ela, o importante é que essa mulher vai te salvar — sorri e ela me abraçou forte
Minutos depois, fomos chamados para dentro, nos posicionamos nos lugares e a mulher foi apresentada pelo Advogado de defesa. A audiência seguiu caminho, além de presenciar toda cena, a mulher tinha vídeos e fotos para comprovar o que tinha acontecido e como aconteceu, Dulce não escondeu a surpresa e também o choro ao precisar relembrar tudo outra vez, ao final do julgamento Dulce foi considerada inocente, agiu por legítima defesa, ela se emocionou, corri para abraçá-la, as pessoas ao lado de fora gritaram e aplaudiram quando nós saímos escoltados pelos seguranças, a mulher estava nos acompanhando, Dulce fez questão de convidá-la para ir na mansão Savinon

   Dulce narrando
Finalmente livre, foram dias difíceis, mas necessários para minha total liberdade.
Chegamos em casa e fomos recebidos com uma festa linda, toda minha família, a família do Ucker e amigos mais próximos, além dos meus companheiros RBD é claro, Dorinha correu para me abraçar

— Mamãe voltou filha — Chorei emocionada

— Promete que não vai me deixar sozinha de novo? — ela disse emocionada

— Prometo meu amor — Beijei seu rostinho, depois ela quis ir pro colo do Ucker

Apresentei a mulher para todos e fui cumprimentar cada um depois, eu fiquei extremamente feliz por ter conseguido a liberdade
Curtimos bastante a festa, depois que todos se foram, Ucker levou Dorinha para um passeio e eu fiquei a sós com a mulher na sala de estar

— Você me salvou, não sei nem o que dizer, o que posso fazer para retribuir esse gesto? — segurei as mãos dela, estávamos sentadas no sofá

— Nada meu bem, pode ficar sossegada, fiz de coração, sou uma mulher justa

Agora preciso voltar pra minha cidade natal, meus filhos me esperam — sorriu, antes de se levantar

— Não quer ficar para o jantar? — perguntei

— Não é necessário, muito obrigada! — me cumprimentou com um beijo no rosto

— Eu que agradeço, tenha uma boa viagem — desejei, antes de acompanhá-la até a porta

   Horas mais tarde...

Já era noite quando Ucker chegou em casa com Dorinha, eles estavam felizes, Ela segurava um urso de pelúcia gigante no colo dele, desceu e foi correndo me mostrar

— Olha mamãe, o que o papai me deu ! — Ela falou tão empolgada que nós ficamos surpresos por ela chamá-lo de pai, Ucker paralisou emocionado, ela me abraçou

— É muito lindo filha, quem foi que te deu? — fiz questão de repetir a pergunta

— O Papai Ucker — Não contive as lágrimas de emoção, Ucker se abaixou para abraçá-la

— Você me chamou de pai mesmo? — ele disse

— Sim, eu posso? — ela perguntou antes de encará-lo nos olhos

— É claro que pode, te amo muito, sabia? — Ele foi tão sincero que parecia ter um laço de sangue com ela

— Eu sabia — ela disse sorrindo

— E eu amo vocês — Falei emocionada

— A gente também te ama demais — Ucker disse, depois de me dar um selinho rápido, estávamos os três juntos outra vez.



Cap fofura 😍



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