Cap 28

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Ucker narrando
Chegamos onde o Sinal de rastreio havia parado, descemos do carro e não tinha nada ali, era o final de uma estrada de chão que dava acesso a pista, o delegado ficou intrigado e eu estava desesperado, enquanto alguns ficaram para procurar o celular, nós seguimos pela estrada de chão onde o rastreador tinha passado anteriormente
No caminho, avistamos um carro com os pneus dianteiros baixos, a cada nova descoberta, eu ficava aflito, paramos e os policiais desceram armadas, não tinha ninguém, desci com o delegado e verificamos o local, havia balas de revólver perdidas, o policial colheu todas e arquivou

— Então temos aqui um carro no meio da estrada, com os pneus furados e balas perdidas ao chão, colham as digitais por dentro do veículo, precisamos identificar quem estava nesse carro... — Comandou o delegado aos seus homens

— O que acha que pode ter acontecido? — Indaguei

— Por enquanto não temos a certeza de nada Christopher, apenas algumas pistas que podem nos levar ao paradeiro da sua noiva — Afirmou e eu assenti

Depois de colhida as digitais, os homens empurram o carro para o acostamento e nós seguimos caminho, mas alguns metros à frente, tinha uma casa pequena com um quintal, só pode ser aqui — pensei, esperançoso
O delegado estacionou o carro e logo vimos um homem no chão ensanguentado, o policial reconheceu ser o Jair

— Está morto? — Questionei

— Sim! Um deles respondeu, ao conferir seu pulso
Enquanto eles colocavam ele no carro, eu e o delegado entramos na casa, ao chegarmos no quarto, vimos rastro de sangue e uma garrafa de vinho quebrada, além das correntes no pé da cama, meu coração disparou quando reconheci a calcinha de Dulce rasgada em cima do criado mudo

— Aquele monstro abusou dela, não pode ser ! — não contive o choro e o delegado me abraçou em forma de conforto

— Precisamos ir Christopher... Quanto mais rápido agirmos, rapidamente encontraremos ela — Ele disse, depois de colher uma pequena amostra de sangue para exames laboratoriais

— Acha que esse sangue pode ser dela ? — Indaguei

— Creio que seja dele, pelo cenário aqui presente, é provável que ela tenha tentado uma fuga, acertou-o com a garrafa de vinho para se livrar do pior — Suspirei pesadamente, com medo do que poderíamos encontrar dali em diante
Seguimos para fora do casebre, os homens já estavam à nossa espera com o corpo de Jair no carro, cerca de minutos depois, o delegado recebeu uma ligação de um dos policiais

Ligação on

— Chefe, encontramos os estilhaços do celular, pegamos o chip e o cartão de memória para as investigações ...

— Ótimo, bom trabalho meninos, guardem tudo, estamos saindo daqui ...

Ao encerrar a ligação, me comunicou o ocorrido e depois partimos para onde eles estavam

Dulce narrando
Depois dos últimos acontecimentos, desci o morro e segui pela beira mar já em terra plana, estava cansada, amedrontada, só sabia chorar...

Cerca de meia hora depois, um carro parou do meu lado e me ofereceu carona, era uma mulher no volante com duas crianças no banco de trás, estavam com roupa de praia...

— O que houve moça? Seus olhos estão inchados e sua roupa... Estava chorando ? — Indagou com o vidro aberto

— Eu... eu fui nadar e quase me afoguei — menti

— Mas com essa roupa? Cadê seu carro? Estava sozinha ? — Questionou

— Sim, eu estou sozinha, vim conhecer o lugar, não estava preparada com trajes de banho, mas fiquei com uma enorme vontade de mergulhar, então tinha tirado apenas a bota... Vim de Uber, e não pude chamá-lo de volta porque alguém roubou minhas coisas que deixei na areia ... Era uma mentira atrás da outra, não saberia até onde conseguiria chegar com aquilo

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