iv.

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 Seu cérebro explodia com nostalgia, e Maelie poderia acreditar ter voltado no tempo se o caminho que percorria em voltas estivesse ainda coberto por neve, em vez de uma grama em tom verde forte

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Seu cérebro explodia com nostalgia, e Maelie poderia acreditar ter voltado no tempo se o caminho que percorria em voltas estivesse ainda coberto por neve, em vez de uma grama em tom verde forte. Ela bufou quando começou a sentir seus pés doerem, ansiando que achassem logo o que procuravam e pudesse descansá-los. Olhando para os outros, ela reconheceu a mesma expressão impaciente, e sabia que ainda tinham muito o que percorrer.

— Não me lembro deste caminho. — disse Susan.

Peter zombou, revirando os olhos.

— Mulheres são assim, nunca conseguem guardar um mapa na cabeça.

Ele grunhiu quando recebeu um cutucão de Maelie em suas costas.

— É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas.

Os presentes, exceto Peter, riram da fala de Lucy, que carregava um sorriso orgulhoso na face. Maelie bagunçou zombeteiramente o cabelo do loiro ao seu lado, murmurando "Bem feito" e recebendo um resmungo aborrecido em resposta.

— Queria que ele tivesse ouvido NCA logo de cara. — disse Susan.

Os jovens que tomavam frente do grupo trocaram olhares curiosos, e Maelie virou-se para trás para notar Edmund parecendo tão confuso quanto ela mesma.

— NCA? — ele indagou.

— Nosso caro amiguinho! — Lucy explicou, sorridente.

Sua expressão feliz contrastava com a desanimada do anão narniano, que parecia mais próximo de explodir a cada segundo perto dos mais novos.

— Que apelido mais carinhoso, não é mesmo?

Maelie riu baixinho, tentando disfarçar para não tornar o humor do narniano mais desagradável, mas ela tinha quase certeza de que ele conseguira notar seus ombros balançando levemente de cima para baixo e o ar que saía de suas narinas.

— Eu não estou perdido. — Peter resmungou.

Maelie suspirou, balançando a cabeça e mirando o conjunto de rochas que os mostrava que não havia muitos outros caminhos para seguir de onde estavam. A garota delicadamente colocou a mão no braço do mais alto.

— Não minta para si mesmo, querido.

Rindo de sua expressão mal-humorada, ela afastou-se um pouco, virando-se para os demais que aproximavam-se do lugar onde estavam parados.

— Não está. — O anão murmurou zombeteiramente, fitando Peter. — Só está indo pelo lugar errado.

— Você viu Caspian no Bosque Trêmulo. — o antigo rei disse rispidamente. — E o melhor caminho é atravessar o Rio Veloz.

O homem mais velho parecia sem paciência, como se se questionasse o porquê de Aslan ter feito com que ele tivesse de passar pelo estresse pelo qual passava no momento com os jovens — mais especificamente, com Peter.

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