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 O grande grupo, formado pelos jovens ingleses, Caspian e várias criaturas narnianas, que cochichavam sobre a presença dos governantes da Era de Ouro e, de vez em quando, levantavam suas vozes para fazer alguma pergunta sobre seu passado ou sua ch...

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O grande grupo, formado pelos jovens ingleses, Caspian e várias criaturas narnianas, que cochichavam sobre a presença dos governantes da Era de Ouro e, de vez em quando, levantavam suas vozes para fazer alguma pergunta sobre seu passado ou sua chegada ao lugar.

Maelie caminhava entre Caspian e Peter, guiando todos pelos bosques narnianos. O silêncio entre o trio sufocava a garota, mas ela não sentia vontade de escutar as vozes ríspidas dos jovens respondendo um ao outro, levando em conta a precoce antipatia gerada entre os dois. Por isso, permanecia quieta tanto quanto podia, desejando secretamente que qualquer um lhe dirigisse a palavra e a livrasse do clima pesado e tenso.

— Maelie, certo?

Ela levantou os olhos das pedrinhas que chutava pelo caminho, virando o rosto para encontrar o do príncipe de Telmar, que parecia muito mais suave do que quando fitava o garoto louro que andava quieto ao lado da morena.

Maelie sorriu um sorriso simpático, balançando a cabeça e assentindo, mesmo sabendo que tratava-se de uma pergunta retórica. E ele também sabia que ela o sabia.

Era claro que Caspian a conhecia. Professor Cornelius sempre tivera uma curiosa fixação pela história narniana, e o nome da famigerada Guia com um passado profundo e uma coragem e determinação selvagens não passou batido. Na verdade, o garoto fazia questão de prestar mais atenção sempre que o velhote mencionasse algo sobre a história de Maelie, desejando a mesma força para deixar suas raízes e os erros dos seus de lado para lutar contra as injustiças e atos vis do mundo ao seu redor.

— Caspian, então?

Ele cantarolou, juntando-se à Maelie na brincadeira com os cascalhos pela trilha.

— Caspian X. — a jovem notou os ombros do garoto tensionando-se inconscientemente, e seu sotaque mediterrâneo tornou-se mais presente em sua fala. — Meu pai era Caspian IX.

— Imaginei que não fosse sua mãe. — Maelie brincou, recebendo uma risada quase inaudível de Caspian, o que entregou seu pequeno desconforto.

Fazendo uma nota mental para tomar cuidado ao mencionar os pais do príncipe, ela continuou: — Fico surpresa em ver que conseguiu reunir todos esses narnianos para o ajudar, muito bom para um telmarino.

Maelie empurrou seu ombro, divertida, vendo como Caspian retraía um sorriso brincalhão. Ela não falhava em fazer as pessoa soltarem-se.

— Eu lhe chamaria a atenção por xenofobia, mas não acredito que tenha muita moral para isso, com base no contexto atual.

— Com certeza, não. — sorriu. — Ah, já ia me esquecendo! Desculpe-me se o assustei com minha flecha mais cedo. — Maelie lembrou, com um sorriso tímido. — Se lhe conforta, não era minha intenção acertá-lo.

Caspian balançou a cabeça.

— Não me assustou. — confortou. — Bem, só um pouco.

Os dois sorriram amigavelmente um para o outro, rindo mais um pouco.

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