O Campo de Borboletas

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Eu só tinha certeza de uma coisa, eu estava completamente perdida no tempo.

Não consigo ter nenhuma noção de quantos dias se passaram, se meu aniversário estava perto ou já havia passado, meus pais não devem estar me procurando por conta da viagem ser realmente demorada.

Tinha poucos momentos que Douma me deixava sozinha, um deles era o banho.

- Tenho uma surpresa para você - Era Douma, agora nem o banho eu ficava sozinha. - Ora ora - Ele disse me olhando mais fixamente.

- Já estou acabando - Respondi - Pode me esperar lá fora? - Perguntei

- Ora ora borboleta, nada que eu já não tenha visto - Ele exclamou e não consegui esconder minha cara de surpreendida - Quem você acha que te limpou quando você chegou? - Ele perguntou rindo.

- Tudo bem - Respondi baixinho. Me levantei e uma brisa leve tocou no meu corpo.

Me sequei e ia colocar a mesma roupa de sempre, quando senti ele atrás de mim.

- Essa não, aqui coloque esta - A respiração dele estava no meu pescoço.

Ele jogou um kimono cheios de borboleta na minha frente. Antes que eu pudesse pega-lo, Douma passou a mão pela minha perna e subiu lentamente para o meu quadril, isso fez com que o meu corpo arrepiasse por completo.

Depois disso ele apenas ficou olhando eu me vestir e depois me entregou o meu prendedor de borboleta.

- Enquanto estiver aqui, vou deixar usar este, mas saiba que ele é meu - Ele disse e eu apenas concordei.

Pela primeira vez nós saímos de dentro do templo, estava nevando, isso fez minha mente explodir quanto tempo se passou?

Caminhamos até uma parte mais baixa até chegar ao que parecia uma estufa.

- Eu fiz isso para você - Ele disse tirando uma faixa vermelha - Tem o seu nome. - Ele apontou para uma parte encima da porta que estava escrita "Mitsuha Kocho"

Quando percebi ele já estava amarrando a faixa vermelha nos meus olhos, e me conduzindo ao que parecia para dentro da estufa.

Era quente, não muito também um clima bem estável.

Assim que ele tirou a faixa eu entrei em transe, era um campo de flores balão na cor púrpura.

Ele passou a mão sobre as flores e saíram milhares de borboletas, eu estava encantada, nunca tinha visto nada tão magnífico na minha vida.

- Douma, eu estou sem palavras - Exclamei sorridente - Ninguém nunca fez nada assim para mim.

- Não há nada neste mundo, que eu não faria por você - Ele disse e eu o olhei.

Não, eu não poderia estar cogitando isso, jamais isso não pode acontecer.

Eu queria ficar com ele, aqui neste templo, cuidar deste campo de borboletas, viver está vida tranquila.

Eu não percebi que ele havia chegado bem perto, ele me pegou no colo e me disse.

- Não existe uma beleza maior que a sua, me deixa frustado achar você mais bonita que eu, eu quero te lá, quero imortalizar a sua beleza aqui.

Ele me beijou, não foi um selinho como da outra vez, mas sim um beijo. Eu não lutei e nem tentei parar, apenas deixei acontecer, infelizmente Douma me passava confiança e fazia eu me sentir em casa, minha vida parecia estar tomando um caminho certo.

Ele me segurava com um braço e com o outro ele puxou o kimono do meu corpo me deixando completamente nua.

- Vou lhe ensinar os prazeres carnais - Ele disse me levando para o centro do campo, onde havia vários panos no chão com algumas almofadas.

Me colocou deitada e com aquela mesma faixa vermelha amarrou minhas mãos e com outra a minha boca.

Ele distribuiu beijos sobre meu corpo e foi descendo até minhas pernas.

Eu estava ofegante, nunca tinha ouvido falar nos prazeres da carne, minha vida se baseava em treinar para me tornar tão boa quanto meu pai. Mesmo usando uma técnica diferente da dele.

Mas isto que Douma estava fazendo comigo, parecia ser o ato mais magnífico do mundo.

Douma passou a mão por cima das minhas coxas, subiu até a minha cintura, e voltou pelo mesmo trajeto. Pensei que ele repetiria o ato mais uma vez, mas então suas duas mãos foram de encontro à minha intimidade. Ofeguei ainda mais alto, mas era abafado por conta da mordaça. Seu dedo polegar esticou-se e encostou em meu clitóris. Olhei para o seu rosto e vi ele concentrado. Seu dedo começou a fazer círculos, me estimulando. Quis gemer, mas me segurei. Sua outra mão encostou-se em minha barriga, empurrando-me para trás. Olhei para cima e não pude acreditar que estava nevando, uma leve nevasca.

Ele começou a acelerar os movimentos, fazendo círculos e indo para cima e para baixo. Eu estava extasiada, morrendo de vontade de senti-lo dentro de mim. Não sabia porque tinha tanto desejo por ele assim, ou até mesmo porque eu estava me libertando tanto agora, mas eu tinha certeza da vontade que eu sentia dele. Minutos depois, ele parou o trabalho que fazia.

Ficou me olhando, eu conhecia aquele olhar, já havia visto em um demônio cheio de fome pronto para comer uma pessoa sem pensar duas vezes.

Agora seu dedão voltou para o meu clitóris, tão voraz quanto antes. Porém, agora era melhor. Eu sentia seu dedo diretamente em mim, e isso me entregava uma dose três vezes mais prazerosa do que antes.

Deixei escapar um suspiro quase que inaudível por conta da mordaça. Ele se acomodou entre as minhas pernas e abaixou a cabeça, beijando a parte interna de minhas coxas.

Depois, beijou abaixo de minha barriga. E, lentamente, esboçou um beijinho bem abaixo de onde o seu dedo estava. Gemi.

Senti a sua risada contra a minha pele.

- Você gosta disso, Borboleta? - Ele perguntou com a
voz abafada.

Eu apenas balancei a minha cabeça positivamente.

Ele colocou a língua para fora. Eu a senti úmida e quente. Sua língua começou a movimentar-se pelo meu clitóris, beijando-o de cima à baixo. Ela fazia movimentos circulares e de vai-e-vem, umedecendo toda a minha região ou apenas umedecendo mais do que já estava, não sei.

Abri os olhos apenas para vislumbrar a cena. E lá estava ele, com a língua para fora, remexendo-se em minha intimidade, e os olhos pregados em meu rosto. Eu podia ver o brilho crescer em seu olhar enquanto observava a minha cara de puro prazer.

Sua língua começou a agitar-se cada vez mais e eu senti uma explosão dentro de mim, me contorci prendendo a cabeça dele com a minhas pernas.

Senti algo saindo de mim e ele sugou tudo.

Se levantou ainda me olhando, ele estava salivando parecia que queria mais.

Então ele me soltou e se deitou do meu lado.

- Está cansada? - Me perguntou

- Sim, estou relaxada e satisfeita, mas sim estou cansada. - Respondi meio ofegante.

- Humanos - Ele debochou - Se você fosse como eu, poderíamos fazer isso por dias sem nos cansarmos.

Essas palavras ficaram na minha mente, não consegui responder, estava cansada e precisava de outro banho.

Voltamos para o templo, ele estava preparando o meu banho quando voltou a falar comigo.

- Tenho uma reunião importante, descanse Borboleta, voltarei quando menos esperar - Ele disse e saiu do quarto.

Escutei a porta sendo trancada e suspirei, voltei minha atenção para a banheira.

A Primeira Borboleta | DOUMA Onde histórias criam vida. Descubra agora