Os leques

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Todas as manhãs Douma vinha me acordar e me fazer sentir segundo ele os prazeres da carne.

Nossos dias eram quase os mesmo, de manhã ele explorava meu corpo, de tarde ficávamos na estufa e de noite eu ficava no quarto esperando o culto acabar.

Quando o culto terminava ele sempre vinha com uma surpresa diferente para mim, isso fazia com que eu esperasse ansiosamente pela noite.

Eu estava caminhando pelos corredores, quando vi uma porta entre aberta, tinha uma plaquinha escrita "Douma" supôs que era seu quarto então eu entrei.

Era como os outros porém bem mais gelado.

Tinha um pedestal de pedra, encima havia dois leques um estava aberto e o outro fechado.

Fui chegando perto para tocar quando senti uma grande pressão sob meu corpo e cai na cama que estava lá.

Me sentei rapidamente, era Douma ele correu até mim.

- Você está bem? - Ele perguntou.

- O que aconteceu? Por que fez isto? - Perguntei

- É perigoso tocar nisto Borboleta, é uma arma que eu uso para lutar contra outros demônios que veem aqui atrás de comida e também dos humanos que maltratam as suas mulheres. - Ele respondeu.

- Desculpe - Eu disse rapidamente mas as próximas palavras foram extraídas do meu corpo e não da minha mente - Meu pai é um Hashira. O pilar da água, minha mãe quase se tornou a Hashira da flor.

- Aonde quer chegar com isso? - Douma perguntou um pouco mais frio.

- Eu sei sobre demônios, sei que você é diferente por que se não eu estaria morta agora. Mas seus olhos, você é um dos doze Kizukis não é? - Falei rápido de mais que imaginei que ele não entenderia.

Isso ficou só na imaginação mesmo pois ele respondeu.

- Não vou mentir para você Borboleta - Sua voz estava mais doce - Sou a Lua superior dois.

Minha mente estalou, já fazia um tempo que isso não acontecia, seria meu corpo e minha mente entrando em um consenso?

- Como você se tornou uma lua superior ? - Perguntei com medo.

- Eu preciso me alimentar de alguma forma, existem muitos homens maus neste mundo, minha jovem borboleta. Eu me alimentei deles e por ter feito isso me tornei quem sou hoje - Ele explicava com muita naturalidade.

  - Desculpe invadir seu quarto - Respondi tentando fugir do assunto que eu mesma entrei.

- Ora ora borboleta, não tem o que se desculpar, meu templo é o seu templo. Só não mexa nos leques, são muito perigosos. - Ele disse sorrindo novamente - Posso te fazer uma pergunta ? - Ele perguntou, sabia que não deixaria sair fácil assim daquele assunto.

- Claro! - Respondi engolindo seco.

- Qual respiração você usa? - Ele perguntou, estava mesmo interessado nisto.

- A respiração da Flor. Meu pai insiste que eu domine a técnica da água, mas quero seguir os passos de minha mãe - Novamente minha mente estalou.

Minha mãe. Como ela deve estar? O que eu estou fazendo aqui?

- Magnífico. Borboleta tenho outra surpresa para você.

- Assim ficarei mau acostumada - Respondi fugindo dos meus pensamentos.

- Bom, hoje não terá o culto, mas terei outra reunião, assim que eu chegar vou compensar você por todo o stress - Ele disse e me deu um selinho.

- Está bem, já deve estar escurecendo, vou para o meu quarto. - Respondi levantando da cama.

- Pode ficar aqui. - Ele disse me puxando de volta. - Me espere aqui

Ele levantou e saiu e novamente trancou a porta do quarto.

Toda vez que Douma ia para suas reuniões, ele me trancava no quarto.

Era diferente quando tinha culto, eu apenas escolhia ficar no quarto.

Algo me deixou mais cansada, parecia que eu não dormia a dias, me deitei novamente na cama de Douma e acabei desmaiando de tanto sono.

***

Acordei assustada, havia um Oni encima de mim e não, não era o Douma.

Ele tinha listras por todo o corpo, também havia escrita em seus olhos, eu estava com tanto medo, minhas mãos estavam presas e ele estava tampando a minha boca com a mão.

- Não vou lhe fazer mau - Ele disse mas mesmo assim eu estava em pânico. - Só vim conferir o que estava tirando tanto a atenção do Douma assim.

Minha respiração estava ofegante, eu queria gritar e pedir por ajuda mas não conseguia.

- Da pra entender porque Douma está fascinado por você, sua beleza realmente é digna de uma deusa - Ele disse me analisando - Posso ser totalmente contra o estilo de vida do Douma e posso até odia-lo mas eu não me meto em suas questões. - O que? Como assim? Do que ele está falando? - Acho melhor voltar a dormir .

Ele bateu levemente seus dedos na minha testa e em menos de segundos eu estava novamente perdida dentro dos meus sonhos.

A Primeira Borboleta | DOUMA Onde histórias criam vida. Descubra agora