A Primeira Borboleta | DOUMA

Até a proxima

Nada me tirava da cabeça o que aquele Oni havia falado, Douma estava fascinado por mim? E sobre o estilo de vida dele? Ah que confusão.

Algo dentro de mim dizia para contar ao Douma a visita que recebi naquele outro dia e como sempre a outra parte gritava para eu ir embora.

Quanto tempo eu estou fora? Acho que já está na hora, preciso ir pra casa.

Eu estava decidida, já havia ficado tempo de mais, mesmo que eu tenha um estranho sentimento por ele mas não posso alimentar mais isso. Eu sou uma caçadora de Oni, não cruzarei mais o caminho dele.

- Por que está me olhando assim? - Douma perguntou.

Me faltava o ar toda vez que ele falava comigo, um lado já havia me acostumado com isso. Talvez seja o fato de ele ser uma lua superior, assim por um lado já sei identifica-los.

- Eu não sou sua prisioneira ? - Perguntei

- Lógico que não Borboleta, você é a deusa deste templo. - Ele respondeu sorridente - O coração deste templo bate por você.

Respirei fundo e tomei coragem.

- Eu quero ir embora - Exclamei rápido.

Ele me olhou mas não nervoso, ele parecia estar com medo.

- Você quer me abandonar? Me deixar aqui sozinho? - Ele me perguntou com uma voz de choro.

- Douma você não está sozinho, tem todos os seus seguidores.... - Ele me cortou

- Tudo que eu fiz por você foi pouco Borboleta? Eu faço mais, eu te dou o mundo inteiro aos seus pés.... - Desta vez eu o cortei

- Pare com isso. Você é incrível, eu nunca fiz nada na minha vida que não fosse treinar. Eu nasci para ser uma Espadachim e não pra ter uma vida confortável.  - Respirei fundo e me virei, quando senti ele agarrar e me segurar, ele estava de joelhos me abraçando pela cintura.

- Por favor não vá Borboleta...... - Ele parecia estar chorando. - Sua beleza não pode ser interrompida, eu a amo!

- Não, você não me ama, você está fascinado por mim - Eu virei para ele - Até a próxima garota que você ajudar e for mais bela, ou até mesmo uma seguidora sua.... - Ele me cortou.

- Ninguém jamais chegará aos seus pés, você não entende, você é uma joia rara e eu não posso perder está joia, eu tenho muitos anos vividos como Oni e eu jamais vi uma beleza que se compare a minha, até você chegar e superar tudo. Sua beleza é um presente dos deuses e eu não vou perde lá. Eu a amo e farei de tudo para imortaliza-la.

- Mas.... - Olhei para ele novamente.

Ele estava se rebaixando tanto, estava de joelhos.

Ele é solitário, vive aqui preso nessa maldição que é ser um Oni, mesmo usando isso a favor de ajudar as pessoas, deve ser a pior situação do mundo. Ele precisava de mim, eu precisava ajudá-lo, talvez eu até pudesse cura-lo.

Me ajoelhei para ficar perto dele, seus olhos me transmitiam confiança, segurei seu rosto e o beijei.

- Eu fico, mas preciso de uma condição.

- Diga me, e eu farei qualquer coisa - Ele respondeu me olhando.

- Me ajuda a achar a cura, eu vou lhe curar.

Assim que disse isso, Douma abriu um sorriso enorme que me assustou um pouco, ele parecia ter achado uma mina de ouro.

- Já ouviu falar do Lírio da aranha azul? - Ele me perguntou, ele parecia outra pessoa.

Acho que esta ideia deu um brilho na alma perdida de Douma, ele me olhava esperando a resposta com muita esperança.

- Eu conheço o Lírio da aranha vermelha - Respondi. - Mas já ouvi falar nesta qualidade rara.

- Outros demônios cochicham e dizem que este Lírio é capaz de nos fazer andar sob o sol - Ele explicou - E depois com o tempo é claro podemos voltar ao normal. Vou te fornecer todo material que precisar.

Eu sorri para ele, finalmente achei algo que posso me dedicar, até porque os demônios não são todos iguais.