Amor à Vida | ~Filipe e Letícia

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Filipe Narrando

Deixei minhas duas mulheres dormindo na minha cama e me arrumei pra ir direto pra boca.

Coloquei meu fuzil nas costas, subi na moto e desci o morro em alta velocidade.

Chegando lá não tinha ninguém ainda, subi pra minha sala e suspeitei.

A porta estava aberta...Eu sempre a tranco com chave!

Peguei meu fuzil e o calibrei, chutei a porta com toda força possível.

Era apenas Karoline sentada na minha cadeira alisando sua barriga. Porra!

Que susto do caralho!

Filipe: Que porra tu tá fazendo aqui, Karoline? - a questionei.

Desarmei minha arma e coloquei encostada na cadeira.

Karol: Não gostou? - perguntou.- Uma surpresa, gatinho!

Filipe: Como tu tem a chave daqui?

Karol: Não interessa! - respirou fundo.- Voltamos pra estaca zero, não é Obala? Você me troca por aquela piranha de luxo, coloca ela pra dormir no seu colchão e depois volta pra mim denovo!

Filipe: Caralho! Eu tô tendo que escutar isso mermo? Filha, são oito da manhã! Pelo amor de Deus! Me deixa! - cruzei os braços revirando os olhos.

Karol: Certo! So que...Eu ja procurei um advogado aqui no morro e ele me disse para fazer um documento, para você assinar! - esticou um papel com uma caneta em minha direção.

Filipe: Se acha que eu vou, assinar um negócio desses, sem ler? - ri.- Coitada!

Karol: Como o senhor não tá com paciência nem tempo...É só um documento afirmando a pensão todo mês para o Rivaldo! - falou.

Rivaldo? Ela ia colocar o nome de meu pai em nosso filho?

Filipe: Rivaldo?

Karol: Rivaldo Junior Nunes!

Filipe: Porra! Isso é tão meloso, que chega a ser forçado! Mas tudo bem...- assinei o papel.- Se eu fiz eu vou pagar! Quantos por mês?

Karol: Nada demais...É apenas trinta por cento do seu salário!

Filipe: Jaé! - entreguei o papel.- Agora larga do meu pé!

Ela se levantou sorridente indo para fora da sala, mas antes dela sair, agarrei em seu braço.

Filipe: Se você tentar algo com Letícia e minha filha, te apresento o inferno! Moro? - falei.

Karol: Eu não tô nem aí pra aquela vadia! Quando você sentir a vontade bater, vai correndo pedindo para eu satisfazer, botando um par de chifres na pirua! - falou e se soltou.- Os exames do mês está encima da sua mesa!

Karol saiu andando e eu revirei os olhos. Eu não vou largar minha morena!

Fui até minha mesa e abri os exames que ela deixou, comecei a ler e eu não entendia porra nenhuma.

Comecei a trabalhar na moral mesmo, lendo alguns bagulho que eu ia assinar pro pessoal da comunidade, assinei alguns negócios da mercadoria que tava pra chegar da Colômbia.

Eu sou o único do Rio que consegui um contrato com a Colômbia, por isso tenho muitos clientes.

Gk foi o primeiro a chegar, dez minutos antes, ele foi até minha sala para me comprimentar.

Gk: Dia aí patrão! Firmeza? - me perguntou.

Filipe: Tudo firme na paz do Senhor! - respondi.- Tá afim de trocar um papo não?