3

257 18 0
                                    

Copaz

Minha irmã sempre teve dificuldade de expressar seus sentimentos lembro que na nossa infância Ouros costumava se encolher quando a abraçávamos ou quando as pessoas falavam coisas bonitas para ela lembro de uma vez devíamos ter 11 anos estávamos jantado com nossos pais e os amigos deles a filha mais nova acho que o nome era Victoria se aproximou de fininho por trás de Ouros e a abraçou Ouros se assustou a empurrou no chão e a garota caiu de bunda no chão ela começou a chorar Ouros não conseguiu entender o porque dela está chorando nas palavras dela isso não ia fazer a dor sumir é completamente inútil

os pais dela ficaram furiosos depois que eles foram embora fui trancada no meu quarto lembro de tentar ouvir pela porta mais não escutava nada nem mesmo uma palavra fiquei sem ver Ouros por 3 dias mais não me preocupei eu sabia exatamente onde ela estava

Fechei o zíper da mala de mão rosa claro olhei ao redor essa era a nossa casa pensei que dessa vez seria diferente tola quase pude ouvir a voz de minha irmã em minha cabeça,nossa mãe era dona de uma butique de luxo bolsas sapatos e vestidos uma empresa milionária mamãe não precisava estar lá ela só ia algumas vezes e fazia reuniões pela internet ou viajava até a França foi por isso que nós mudamos para cá e por isso pensei que iríamos morar aqui
Coloquei a mala no chão nossas coisas já aviam sido levadas nós deixando apenas com malas de mão as rodinhas escorregaram pelo piso de madeira escura
O tempo estava frio a neve cobria as estradas e fazia fumaça sair de nossas bocas todos nós estávamos de calça e casacos minha irmã usava botas que iam até os seus joelhos pretas , calça preta e um casaco preto de frio que ia até a sua cintura o casaco estava aberto por baixo usava uma blusa justa preta cachecol , touca e luvas pretas

- porque está vestida como se fôssemos a um funeral - questionei levando minha mala até a sua perto da porta de nossa casa - acha que eles vão demorar ? - perguntei

Ouros se virou levando seu cigarro até os lábios  com suas mãos enveludadas a fumaça saiu de seus lábios ela não a soprava apenas abria os lábios levemente como em um suspiro deixando a fumaça sair pelos lábios eram apenas 5 da manhã

- você não deveria fumar , sabe o que mamãe diz sobre isso - ela apenas sorriu levando mais uma vez o cigarro para os lábios pintados de vermelho escuro : vinho, combinava perfeitamente com sua pele pálida e olhos azuis os mesmos de nosso pai

- não deixe os jornalistas verem - a falsa doçura em sua voz costumava me dar nos nervos nunca sabia se ela estava brincando ou não - relaxa é apenas um ,e sobre mamãe e papai é capaz de irem sem a gente

- eles não fariam isso - murmurei Ouros olhou para mim eu sabia o que aquele olhar significava , Ouros sempre disse o quanto eu era inocente o quanto confiava nas pessoas e por isso sempre me decepcionada o triste era admitir que ela estava certa eu realmente não deveria confiar nos nossos pais

Ouros jogou a cigarro no chão pisando nele nossos pais aviam chegado o carro parou na frente de casa caminhamos até lá depois de Alexandre abrir a porta para nós ele colocou nossas malas no porta malas

- mãe pai ... - eu disse quando me sentei eles estavam no banco de frente para o nosso na limusine

- agora não , vocês já nos atrasaram o suficiente- ela olhou seu relógio dourado no pulso o vestido preto tinha mangas longas e cola alta a maquiagem pesada como a rainha má de branca de neve Ouros gargalharia com minha falha tentativa de insulto ela suspirou irritada - veja só 6:20 quando deveríamos ter saído as 6:00 - Ouros travou sua mandíbula essa não

- estamos esperando no frio a meia hora - ela rosnou mamãe que se olhava no espelho do seu pó compacto o fechou com brutalidade

- o que você disse ? - ela perguntou como se o simples fato de Ouros a questionar fosse um insulto

- querida , por favor temos que ir não vamos discutir agora - papai tentou tranquilizar mamãe fazendo um leve carinho na sua bochecha

- tudo bem - ela relaxou no banco enquanto Ouros revirava os olhos pude ver ela colocar a mão enveludada no bolso de seu casaco tirando uma caixinha de tampos de ouvidos eles bloqueavam o som ela sempre usava eles quando andávamos no carro sempre encarava a janela me pergunto o que ela pensava quando olhava para lá
Desejei ter levado um par também mamãe e papai passaram o caminha inteiro falando de coisas futios e ridículas como o fato de não  poderem viajar uma semana atrás porque o jatinho estava sem gasolina

Deus acho que entendo Ouros vou roubar um par desse fones de Ouros assim que chegarmos assim que chegarmos

————————————————————————
Ouros

Meia hora eu passei meia hora naquele frio e ela ainda tem a ousadia de dizer que me atrasei mamãe era ridícula se existiu alguém na terra tão mesquinha e mimada eu não sabia
Entramos no jatinho fui para o banco mais distante lembro que quando erramos crianças Copas queria se sentar ao meu lado nas viajes mais eu nunca permiti

- porque não quer se sentar do meu lado ?

- porque você está invadindo meu espaço ninguém gosta de garotas que vivem coladas na família eu não preciso de você

As lágrimas se acumularam nos olhos dela ela se magoou com minhas palavras mais diferentes do que outras pessoas pensavam é melhor chorar por palavras dolorosas do que por um tapa ela não podia se sentar ao meu lado assim como eu não podia me sentar as lado da mamãe 2 anos antes por isso ela não insistiu em perguntar a mamãe o porque não podia se sentar as lado dela e por isso as palavras foram a única coisa que a feriram

Ela pode me odiar mais não vou deixar que se machuque

Continua...

As cartas -Madden Mori - Devil's NightOnde histórias criam vida. Descubra agora