As cartas -Madden Mori - Devil's Night

39 - DEVIL'S NIGHT - 4

8 De Copas

15 Anos

Quando eu tinha 12 anos, sempre me consideravam excessivamente emocional. Foi por volta dessa época que minha mãe perdeu seu interesse por mim, por eu ser gentil demais e sorrir muito, algo que ela nunca dizia, mas outras pessoas sim

Ouros era o oposto completo; nossa mãe conseguiu extirpar dela qualquer traço emocional que possuísse. Ela se tornou fria e perfeccionista, racional onde eu era emocional 

"Seja como sua irmã", eles diziam, "ela sabe ser objetiva", meu pai comentou certa vez

E agora, aqui estou eu, infiltrando-me em uma igreja antiga no meio da noite, em um dia conhecido como Devil's Night, tudo porque decidi escutar minha irmã

"A racional", eles diziam

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Ivarsen Torrance

15 anos

- o Mads tá namorando aquela garota ? -perguntou Gunnar, embaralhei as cartas e as deixei de lado

- eu não faço a menor ideia, mas vou tentar encurralá-lo novamente - talvez quando ele volta-se, ou perguntaria a Copas...

é claro posso perguntar a ela, Mads passa metade do seu tempo com Ouros e Copas, ela com certeza deve saber de algo

- vou perguntar a Copas ou a Mads - levei o copo de suco até os lábios, Gunnar franziu o rosto enviando um punhado de amendoins na boca

- ei... - ele disse enquanto terminava de mastigar, se mamãe estivesse aqui ela o repreenderia - porque não pergunta a Ouros ? - cuspi o suco na mesma hora atraindo olhares de nossa família espalhada pela sala

fingi sorrir até que os olhares parassem

- tá brincado né ? - Gunnar recuou devido ao meu tom, o desgraçado não avia conhecido Ouros - ela é doida - eu disse de um jeito exagerado, mas bem não era um exagero - ela é como um rainha do gelo, sabe, fria e que gosta de roubar doces de crianças... mas que merda se eu perguntar a ela - só de pensar nisso sinto meu sangue gelar - ela vai arrancar meu coração do peito e aperta-lo lentamente

- tá brincando - zombou Gunnar

- espere até conhece-la, vai saber o que estou falando

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Ás de Espadas

15 Anos

Nós nos esgueiramos pela igreja até o altar, o padre estava lá tínhamos que atrai-lo para a passagem do túnel que tem na igreja, nós demos sorte de ele não estar no escritório e de essa igreja ser antiga o suficiente para ter uma passagem perto

- achamos ele, tudo livre - Ouros disse no rádio, Copas sussurrou um Ok antes de desligar, o homem continuava o que quer que estivesse fazendo e nós ainda escondido

eu beijei Ouros, isso foi o que ignorei nos últimos 9 minutos, eu avia beijado e ela não me matou ou recuou, ela retribuiu isso com certeza era o mais chocante, ela era ainda mais bonita agora e pensar assim faz com que eu me sinta como Ivar, uma paixão estupida que avia resultado em uma decisão idiota da qual eu não conseguia me arrepender pelo contrario, ela ainda me deve um segredo...