twenty nine

738 179 23
                                    

– Meu amor! Meu amor!

– Mãe! – Michael disse e Karen deu um longo e apertado abraço em seu filho.

– Me desculpe, eu tive que resolver alguns problemas, mas nem por um instante parei de pensar em você.

– Não se desculpe, eu sei disso e é por isso que eu a amo. – O garoto sorri e da um beijo na testa de sua mãe.

– Você está bem mesmo? Acha que vai demorar muito para voltar para casa? Eu fiquei com tanto medo de te perder. – Outro abraço.

– Está tudo bem, mãe. Eu estou bem, só estou com esse soro dentro de mim, fora isso. – Ele sorri.

Michael parou por um instante e seu sorriso se desfez.

– O que houve? Você está passando mal?

– Não, não, pode ficar calma. – Michael diz e Karen solta um suspiro. – Quando isso acabar... – Ele apontou para os aparelhos. – Vamos voltar para casa?

– Sim, meu amor. Isso não é ótimo?

– É, é ótimo.

Michael não conseguia entender porque estava triste, afinal ele voltaria para casa. Longe de aparelhos, agulhas, remédios com gostos ruins, poderia comer algo descente, e as coisas não iriam mais cheirar à álcool gel.

Algumas batidas na porta e segundos depois ela abre lentamente, um cabelo loiro surge entre a porta e a parede.

– Posso entrar?

– Luke! Entre, por favor. – Karen disse alegremente. Luke sorri e entra. – Michael, esse é o Luke, Luke Hemmings. – Karen sorri para si mesma. – Vocês já se conhecem?

– Sim. – Ambos respondem juntos.

– Luke conheceu você enquant-

– Enquanto você dormia.

Luke Hemmings.

Luke Hemmings.

Luke Hemmings.

O pensamento de Michael ecoava as mesmas palavras. E aos poucos fora descobrindo o porquê de não querer ir embora.

recovery ⇔ muke.Onde histórias criam vida. Descubra agora