5. Desconhecido

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Naquele lugar a vida de Harry Potter não era nem um pouco ruim, James e Lily Potter haviam lhe criado com muito amor, carinho e faziam sempre de tudo para apoiar o filho em suas escolhas. 

A família Potter era dona de uma marca de cosméticos para cabelos famosa na região e recentemente havia sido inaugurado um café no centro do condado. Harry sabia que precisaria se esforçar para dar conta de todos os negócios da família, porém, não via isso como obrigação. Seus pais sempre deixaram claro que poderia seguir um caminho completamente diferente, mas Harry conseguia ver a satisfação nos olhos deles quando ele se mostrava cada vez mais interessado em aprender sobre os negócios.

Aquele dia Harry havia acordado cedo, vestiu sua roupa favorita olhando-se no espelho, e ao contrário das pessoas que compravam os produtos dos Potter’s para baixar e controlar os cabelos volumosos, ele gostava deles sendo um completo caos.

Depois de um café da manhã com seus pais e irmã, ele estava pronto para mais um dia na faculdade. Estudava administração e fazia cursos específicos para ser útil ao trabalho da família.

Hope, irmã mais nova de Harry Potter, o acompanhava caminhando até certo ponto e estava prestes a seguir seu caminho sozinha quando os amigos de seu irmão, Hermione, Rony e Pansy chegaram e iniciaram uma conversa sobre o quanto a faculdade estava sendo exaustiva e todos já não aguentavam mais.

Draco seguiu todas as instruções que o policial tinha lhe passado. Para sua sorte, sua memória não era ruim e conseguia lembrar de cada palavra enquanto caminhava por aquela cidade desconhecida. As ruas não eram tão diferentes das que Draco conhecia em Londres Bruxa, porém as pessoas eram bem diferentes. Nenhuma delas vestia-se com roupas coloridas, chapéus compridos ou possuíam varinhas em suas mãos. Todos pareciam trouxas, o que deixava Draco cada vez mais confuso e onde poderia estar e completamente revoltado.

Quando chegou na rua que o homem tinha repetido o nome diversas vezes para que decorasse, não demorou até avistar Harry Potter de longe. Os cabelos estavam horríveis como sempre e as roupas também não eram as melhores, principalmente pelo fato de carregar nas costas uma mochila que Draco julgou ser horrenda por sua aparência velha e acabada.

Acelerando os passos, Draco também pôde reconhecer o ruivo de sempre, a outra companheira de Harry e uma desconhecida com traços que lembravam muito os Potter. Mas o que lhe surpreendeu foi ver que Pansy Parkinson conversava com o trio, dando risadas sinceras e toques desnecessários em Harry Potter.

— Harry Potter!! – Draco rugiu com revolta, sacando sua varinha e mirando em direção ao rapaz que já lhe olhava de olhos completamente arregalados.

Todos olhavam para Draco completamente assustados, sem saber quem era, pois nunca o haviam visto pela cidade. 

— Ei! – Rony exclamou ao mesmo tempo em que tentou tirar seu amigo de perto do outro que parecia descontrolado e não parava de se aproximar.

Draco não deixou que Harry fosse afastado, empurrou as mãos de Rony e em seguida segurou Harry pela blusa xadrez que usava como jaqueta, o trazendo para perto de seu rosto. 

— Você é um completo idiota, Potter! Dê um jeito e me leve de volta para Hogwarts, agora!! – Draco falou colocando a ponta de sua varinha encostada na garganta do outro.

— Hog… o quê? – foi tudo que Harry conseguiu falar naquele momento, mantendo os olhos grudados no do outro e as mão elevadas como se estivesse sendo vítima de um assalto.

— Não se faça de mais burro! Você sabe muito bem o que fez. Eu preciso da chave que abre o portal e que me leve de volta para casa.

— … Portal? – Harry falou se sentindo cada vez mais confuso e com medo do que aquele outro poderia fazer tendo um pedaço de madeira apontando para seu pescoço.

Paradoxo - ᴅʀᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora