Capítulo 6: você prendeu / minhas pernas / no chão / com seus pés

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🚫ESSA FANFIC NÃO É MINHA, SÓ ESTOU TRADUZINDO PARA O PORTUGUÊS🚫

Alicent poderia jurar que Rhaenyra tinha vindo até ela. Ela teve uma impressão vaga, mas certa, da voz da princesa e de uma auréola de cabelos claros. Mas, novamente, talvez fosse apenas o trabalho das drogas. Por que Rhaenyra falaria com ela com uma voz suave ou a acariciaria gentilmente? E por que haveria duas cabeleiras? Rhaenyra a odiava sem reservas, Alicent sabia, e todo o resto provavelmente era resultado do leite da papoula.

Ainda assim, teria sido agradável contar com a amizade deles. Especialmente porque tanto em sua vida era incerto agora. Seu pai havia... informado a ela que ela não iria mais se casar com o rei. Esse destino agora pertencia a Lady Laena Velaryon. A maneira como ele olhou para ela quando disse isso a deixou arrepiada. Ela tinha certeza de que ele poderia ter tentado terminar o que ela havia começado. As coisas só pioraram quando ele lhe contou a outra notícia – era improvável que ela tivesse filhos.

Normalmente, isso a teria devastado. Alicent sempre quis ser mãe. A ideia de ajudar alguém a aprender e crescer sempre foi uma missão sagrada para ela. Mas isso foi antes de ela perder a fé, antes de ser leiloada para o rei como um cavalo premiado.

Não, de certa forma foi libertador. Isso a afastou de Viserys e a manteria longe de qualquer partida semelhante. Ela agora era totalmente supérflua no que diz respeito às mulheres jovens. Nenhum homem a desejaria sem um útero em funcionamento.

A ideia de Otto mandar matá-la passou por sua cabeça, mas era tarde demais para isso. O Rei sabia que ela vivia, assim como o Meistre. Seu pai não podia alegar que ela havia morrido de uma doença. Sempre havia a possibilidade de mandá-la de volta para a Torre Alta, mas isso trazia muita vergonha. Devolvê-la à Cidade Velha ao anonimato e à obscuridade seria admitir a derrota. Seu pai tinha uma opinião muito elevada de si mesmo para isso.

Não, Alicent tinha certeza de que, por enquanto, ela seria deixada sozinha para afundar ou nadar. Isso combinava bem com ela, por mais estranho que fosse. Ela agora seria uma completa não-entidade na corte, praticamente um fantasma.

O Meistre veio e se foi, sem nenhum sinal de seu pai. Ele a encorajou a se levantar e andar pelos aposentos, talvez até tomar um pouco de ar fresco lá fora, se ela quisesse. O sol faria bem a ela, disse ele. Em um ato de bondade, talvez percebendo as inadequações de seu pai, ele colocou o roupão dela no pé da cama e pegou um par de chinelos resistentes.

Sozinho de novo, Alicent não tinha muita vontade de sair. Seu coração ainda estava dominado por aquele entorpecimento sobrenatural, e ela não queria nem olhar para mais ninguém, muito menos falar com eles. Sentando-se, Alicent se viu em seu grande espelho. Ela estava assustada com seu próprio reflexo. Seu cabelo curto não a perturbava; foi a leveza que o acompanhava que surpreendeu. Ela nunca tinha pensado em como seus cachos eram grossos e pesados. Sentiu um novo calafrio na nuca que era perturbador.

Alicent precisou de todas as forças para atravessar a sala e cobrir o espelho com um xale. Ela não queria olhar para seu reflexo, o vidro prateado mostrava a ela um estranho. A garota Hightower não desejava ver seu próprio rosto novamente até.... Até o que?

Ela fez uma pausa para descansar antes de voltar para a cama. Quem foi Alicent Hightower? Antigamente, ela teria respondido a tal pergunta sem hesitação – ela era a filha favorita de uma das famílias mais importantes de Porto Real, companheira de confiança da Princesa Rhaenyra, filha obediente da Mão do Rei. Mas essas coisas... eram descrições de sua posição, não de si mesma .

Quem era ela, realmente? Alicent ficou perturbada ao descobrir que ela não tinha uma resposta fácil. Ela cambaleou de volta para a cama e dormiu por um longo tempo.

A Libélula, Daemon e Rhaenyra Targaryen (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora