Pacto: Wenclair [G!P]

Capítulo 1

Enid tinha apenas 12 anos quando sua mãe fora diagnosticada com uma pneumonia severa e assim correndo um sério risco de vida. Aquela notícia pegou toda a família de surpresa. Os médicos deixaram claro que apenas um milagre poderia salvar a vida de Esther. Salvá-la do seu destino. A morte. Enid todas as noites pedia aos céus para que sua mãe saísse daquele hospital, para que ela ficasse boa logo e pudesse voltar para casa, porém parecia não ser atendida, pois a cada dia que se passava a mulher adoecia mais. Então, Enid desistiu das orações e já sem esperanças decidiu voltar a escola na semana seguinte, mas, antes que as aulas começassem, ela decidiu ir para a biblioteca para se esconder. A garotinha loira não queria conversar ou ver ninguém conhecido. Contudo, ela se pegou interessada em uma conversa que dois dos seus amigos estavam tendo.

—O Tyler disse que fez um pacto com o diabo para ganhar um vídeo game novo e adivinha só? -Ajax perguntou.

—O que aconteceu? -Xavier perguntou com as sobrancelhas arqueadas em curiosidade.

—Dois dias depois os pais dele chegaram com o vídeo game! -Ajax disse e Xavier arregalou os olhos e Enid estava boquiaberta em sua mesa.

—Pode ser só uma coincidência... -Xavier abriu seu caderno assim que o susto inicial passou e ela começou a rabiscar um desenho.

—Eu estou te falando cara. Eu tenho certeza que foi o pacto que ele fez! -Ajax comentou. —E ele disse que o coisa ruim realiza qualquer desejo!

A garotinha loira arregalou os olhinhos azuis e mordeu seu lábio inferior enquanto se escondia atrás de uma prateleira. O diabo poderia curar sua mãe?

—Mas isso teve um preço, não? -Xavier perguntou. —Digo, pois o diabo iria querer algo em troca, não?

—Ele não quis entrar em detalhes, mas parece que foi uma coisa bem estúpida, cara. -Ajax comentou,

Enid se animou ao ouvir tais palavras, ela poderia salvar sua mãe e ainda pagar um preço baixo por isso. A lobinha saiu correndo da biblioteca, ela não ficou para as aulas do dia, estava mais interessada em chegar em casa logo e pesquisar sobre rituais para que ela conseguisse fazer o tal pacto. A manhã passou rapidamente em meio a pesquisas em vários fóruns e a jovem Sinclair decidiu seguir a postagem de um fórum de Quimbanda, pois havia muitos comentários "positivos". A loira seguiu todos os passos descrito no ritual. Ela desenhou um pentagrama no chão do quarto, colocou uma vela em cada ponta e uma em sua frente e então estava pronta para começar.

—Eu chamo o diabo para comigo negociar! -Enid disse com convicção e de repente a temperatura do quarto baixou drasticamente, a vela que estava em sua frente trepidou e uma forte dor de cabeça a atingiu. Ela deve admitir que ficou assustada, mas estava muito longe para pensar em parar agora. —E-Eu... Eu... chamo o... o diabo para comigo... comigo... negociar. -Sua visão estava ficando turva e por isso a garota gaguejou.

Depois de dizer tais palavras pela segunda vez a cabeça de Enid ficou ainda mais pesada e a loira caiu para trás, inconsciente. Sua respiração estava pesada, porém conseguiu normaliza-la e abrir os olhos e ficou ainda mais assustada ao perceber que não estava em seu quarto, mas, sim em um ambiente completamente escuro. A jovem conseguia ver suas mãos e seu corpo, mas nada além disso e, também, sentia uma presença naquele ambiente. Enid deu um giro 360° nos calcanhares e ao voltar ao ponto de partida deu de cara com uma garotinha pálida com duas tranças no cabelo, sardas no rosto, olhos e cabelos pretos como a noite.

—Você chamou? -A voz da garota era forte , mas ao mesmo tempo reconfortante.

—O diabo é uma mulher? -Perguntou.

—Não, eu sou uma das filhas de Lúcifer e vim responder ao seu chamado. -Respondeu. —Você me chamou?

—Eu... Eu... Eu... Sim! -Enid conseguiu dizer depois de muito gaguejar,