Capítulo 8

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Wednesday

Eu ficava bem fraca depois de usar meus poderes, porém precisava fazer uma visitinha a Esther e não havia horário melhor do que a noite. Contudo, não deixei de sentir de que havia alguma coisa errada naquela noite. Como dá última vez, esperei que a mulher dormisse e a fiz ter uma paralisia do sono e acordar sem conseguir se mexer.

Olá Esther.

— O que você quer comigo? – Ela perguntou.

Seu rosto está horrível. Presente do meu pai? – Esther havia sido atacada por um cachorro recentemente e por isso o seu rosto estava meio deformado. Sem contar o corpo que estava cheio de manchas, feridas fedorentas, e o melhor de tudo é que ela não poderia se coçar, pois havia perdido as mãos. Mas nada tira da minha cabeça que essa mulher merece sofrer ainda mais. — Está pronta para pedir perdão a Enid?

— Eu nunca pedirei perdão aquela bastarda. – Respondeu.

Ótimo, estou pensando no próximo castigo. – Me aproximei da mulher para ver o estrago. — Você está horrível, o que para você deveria ser um elogio. – Comentei. — Você devia pedir perdão para ela e se ver livre dessas desgraças, mas decide seguir no caminho mais difícil.

— Eu nunca vou desistir do caminho certo. – Esther tentou se mover.

Você não vai conseguir.

— Ela está condenada, assim como você, mas já tratei de cuidar da redenção da minha filha. – Comentou e frangi as minhas sobrancelhas. — Eu quero a minha menina de volta. Ela vai sofrer no início, mas vai superar você e aqueles filhotes malditos. – A mulher comentou.

Do que fala mulher?

— Você deveria vigiar melhor a sua bolinha de pelos. – Esther desafiou com um sorriso arrogante no rosto.

Me diga do que está falando ou farei questão de matá-la. – Meus olhos brilhavam em vermelho e eu já estava fraca.

— O padre Edgar já deve ter feito a parte dele. – Se forçou a dar outro sorriso.

O que esse homem tem a ver com a Enid?

— Eu mandei que ele a buscasse em seu apartamento. Pedi para que ele se livrasse desse mal, ele livrará a minha filha de você. – Disse.

O que você está tramando, Esther? – Coloquei uma mão em seu pescoço e a sufoquei.

— Eu... só... quero... dar... uma... segunda... chance... a... minha... filha... – Disse com dificuldades.

Eu devia matá-la agora mesmo!

— Você... deveria... ir... atrás... da... da... sua... bolinha.... de... pelos. – Soltei seu pescoço e ela tossiu algumas vezes antes de dar um sorriso.

Desgraçada!

Deixei aquela mulher acordar e voltei para o local que estava com rapidez e voltei correndo para o hotel, mas não encontrei a Enid. Nosso apartamento estava arrumado, não parecia que alguém esteve ali um dia. Corri para o quarto e ela não estava lá também, o que me deixou em pânico. Onde você está? Enid, onde você está?

Tentei me comunicar com ela pelos pensamentos, como fazíamos antigamente, mas parecia que minha voz acertava uma parede de tijolos.

Ele a levou, Wednesday. – Ouvi a voz do meu pai vindo de traz de mim e ao me virar, o vi parado ali.

Quem a levou?

— Edgar Bustamante. – Meu pai disse. — O padre.

— Quem é esse homem? – Perguntei.

Pacto: Wenclair [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora